Entre o Essencial e o Supérfluo – O Silêncio Que Distrai
Epílogo: Entre o Essencial e o Supérfluo – O Silêncio Que Distrai
Este surge na tentativa de fazer uma varredura dos assuntos que mais dominaram as manchates dos jornais e sites nacionais e internacionais sobre Moçambique. Usando várias ferramentas de pesquisa online e sem exactamente recorrer a deep ou darkweb, os resultados mostraram algo, meio que estranho e quase com um tratamento moderado de algo que fosse delicado para abordar abertamente.
Curiosamente, o que resultaria no apanhado de: "MOÇAMBIQUE EM ALERTA? NÃO! Mas Continuam Dias de Tensão, Conflitos Silenciosos e Esperança Renovada no país", não menciona os temas que mais se destacaram nas redes sociais e televisões privadas: escândalos de figuras públicas, intrigas entre influencers, desafios virais e outras queiricorices que dominaram o discurso popular. Este contraste revela algo inquietante: muitos moçambicanos estão mais atentos ao entretenimento trivial do que às decisões que moldam o destino colectivo do país.
Esse fenómeno não é acidental. Os desinformadores, muitas vezes com ligações ao poder político e económico, incentivam a ideia de que “assuntos sérios” devem ser deixados aos dirigentes. Assim, o cidadão comum é empurrado para a margem, desacostumado a exigir explicações ou a participar criticamente na vida pública.
A cultura do silêncio e da distração tornou-se uma estratégia eficaz de controlo social.
A consequência? Uma democracia de fachada, onde o povo vota, mas não governa; opina, mas não decide; observa, mas não interfere. A transformação deste cenário exige mais do que protestos momentâneos — exige educação crítica, responsabilização colectiva e participação activa. Porque, em Moçambique, pensar tornou-se um acto de resistência.
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