SERÁ O RETROCESSO DA HUMANIDADE?

Porque Paramos de Sonhar com as Estrelas?

Em 1969, a humanidade alcançou o impossível: 

Neil Armstrong pisou na Lua, marcando um feito que ecoou como o ápice da engenhosidade humana. 

Apenas 66 anos separaram o primeiro voo dos irmãos Wright, em 1903, de um homem caminhando na superfície lunar. Esta é a essência da reflexão trazida por Massimo, num post no X, que contrapõe duas imagens icónicas: 

"O primeiro avião e o primeiro homem na Lua."

A reação de Elon Musk a este post, também no X, é um lamento pungente:

 "Apenas 66 anos do primeiro voo até à aterragem na Lua em 1969. Aqui estamos, 76 anos depois, e ainda não podemos regressar à Lua. Já devíamos estar em Marte a esta altura."

Estas palavras não são apenas uma crítica, mas um convite à introspecção: 

O que aconteceu com a ambição humana?

O argumento de Musk ressoa como um alerta. Entre 1903 e 1969, a humanidade superou barreiras tecnológicas, políticas e económicas para alcançar o espaço. Foram anos de guerras, crises e divisões, mas também de uma determinação feroz para explorar o desconhecido. 

O programa Apollo, impulsionado pela rivalidade da Guerra Fria, foi mais do que uma conquista técnica; foi a prova de que, quando unida por um propósito maior, a humanidade pode transcender limitações. Contudo, desde o último passo na Lua, em 1972, o progresso parece ter estagnado. Musk aponta para uma verdade incómoda:

76 anos após 1969, não só não regressámos à Lua de forma consistente, como o sonho de colonizar Marte permanece distante.

O que mudou? Parte da resposta reside na complacência. Após o sucesso do Apollo, o ímpeto exploratório dissipou-se. Os programas espaciais tornaram-se vítimas de cortes orçamentais, burocracia e falta de visão política. A NASA, outrora símbolo de ousadia, viu o seu orçamento encolher, enquanto as prioridades globais se voltaram para conflitos terrenos e consumismo desenfreado. Além disso, a ausência de uma "corrida" clara, como a da Guerra Fria, removeu a pressão para inovar. Como resultado, a humanidade trocou o desejo de explorar o cosmos por confortos imediatos.

No entanto, o lamento de Musk não é apenas uma crítica ao passado; é um desafio ao presente. Empresas como a SpaceX, liderada por ele próprio, estão a tentar reacender a chama da exploração espacial. A reutilização de foguetes, os planos para missões lunares e a visão de colonizar Marte mostram que o espírito pioneiro não morreu – apenas mudou de mãos. Mas a pergunta persiste:

Será suficiente?

A conquista do espaço exige mais do que o génio de um homem ou de uma empresa. Requer uma mobilização colectiva, um compromisso global para priorizar o futuro da humanidade acima das divisões mesquinhas do presente.

Reflectindo sobre as palavras de Musk e a comparação de Massimo, somos confrontados com uma dualidade: 

"A capacidade humana para o extraordinário e a tendência para a estagnação." diz Paulino Intepo, numa das suas reflexões sobre a conjuntura actual do mundo. 

Porém, em 66 anos, fomos de uma máquina rudimentar voadora a pisar outro corpo celeste. Em 76 anos desde então, parecemos ter esquecido como sonhar tão grande. Talvez o verdadeiro obstáculo não seja técnico, mas cultural: 

Perdemos a coragem de arriscar, de falhar, de perseguir o impossível. 

Para regressar à Lua, para chegar a Marte, precisamos de mais do que tecnologia. Precisamos de reacender a chama que nos levou às estrelas – e de não a deixar apagar novamente.

Nota: Moçambique da Frelimo, com tanta riqueza que temos, o medo é de ficarmos sem aqueles aeronaves alugadas, com sérios problemas técnicos e alguns aviões até sendo retirados da frota, vem Musk a se indignar sobre a não ida ao Marte, até então? Deixe-nos discutir sobre qual transportadora terrestres é acessível entre Nagi, SpaceLine, CityLink, Curula, etc. e viaturas protocolares de luxo em estradas esburacadas ou vias de lixo. 

O Retrocesso da Humanidade

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