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"CRIANÇAS CRIADAS POR PAÍS TÊM MAIS SUCESSO OU É APENAS UM MITO SOCIAL?"

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Disciplina, afecto, recursos e responsabilidade parental para além dos estereótipos das redes sociais. Este artigo analisa criticamente a ideia de que filhos criados por pais solteiros são mais bem-sucedidos do que aqueles criados por mães solteiras . Com base em estudos sociológicos , dados africanos e exemplos contemporâneos, o texto demonstra que factores como estabilidade económica , envolvimento emocional , apoio social e responsabilidade parental são mais determinantes do que o género do progenitor. Uma reflexão necessária sobre paternidade , maternidade , desigualdade e responsabilidade colectiva . O que realmente molda o sucesso das crianças? Não há como negar: a seguir pode se ver a imagem que ilustra um pai negro, cheio de tatuagens, sentado na cama a actar sapatilhas à criança de pele clara, enquanto ela o observa com admiração, provoca uma reacção imediata. É uma cena terna, de dedicação paternal, mas que, num contexto mais amplo, expõe uma ferida aberta na comunidade...

Os Efeitos da "Trilogia da Fundação" Passados 70 Anos

Como uma Série de Ficção Científica dos Anos 1950 Inspirou o Génio de Elon Musk

Por: Paulino INTEPO
Cidade de Cabo, SA.

Imagine um rapaz de 12 anos, sentado num canto da casa, com um livro nas mãos, perdido em mundos distantes, naves espaciais e ideias grandiosas sobre o futuro da humanidade. Esse rapaz era Elon Musk, e o livro que segurava era A Trilogia da Fundação, escrito por Isaac Asimov na década de 1950. 

Segundo o próprio Musk, esta série de ficção científica "moldou profundamente" a forma como ele enxerga a humanidade, o espaço e a civilização. Hoje, vemos esse impacto nas suas criações: foguetes que conquistam o céu, inteligência artificial que desafia limites, implantes cerebrais revolucionários e o sonho de colonizar Marte. 

Mas como é que uma obra escrita há mais de 70 anos conseguiu prever e inspirar o plano mestre de um dos homens mais brilhantes do nosso tempo?

A Trilogia da Fundação conta a história de um império galáctico em declínio e de um homem, Hari Seldon, que usa uma ciência chamada psico-história para prever o futuro e criar uma "Fundação" que preserve o conhecimento humano e evite uma era de trevas. 

Para Musk, esta ideia ressoou como um chamamento. Ele leu o livro numa idade em que muitos de nós ainda estamos a descobrir quem somos, e ali encontrou uma visão: a humanidade não pode ficar limitada à Terra. Tal como Seldon, Musk acredita que o futuro depende de preservar e expandir o que somos, levando a civilização para além do nosso planeta.

Os seus projectos, como a SpaceX, que constrói foguetes para nos levar ao espaço, ou a Neuralink, que explora a fusão entre mente humana e máquina, parecem ecos directos das páginas de Asimov.

Mas o que torna esta história ainda mais fascinante é o poder da leitura na vida de Musk. Aos 12 anos, ele não estava apenas a ler por diversão; estava a absorver ideias que, décadas depois, se tornariam realidade pelas suas mãos. Quando lhe perguntaram como aprendeu a construir foguetes, ele respondeu simplesmente: "Li livros." A Trilogia da Fundação não foi apenas entretenimento; foi uma semente que germinou em ambições extraordinárias. 

E se um livro pode transformar um menino curioso num homem que mudou o mundo, o que poderia a leitura fazer pelos nossos filhos?

Em Moçambique, onde o acesso à educação e à imaginação é um tesouro a ser cultivado, os pais e encarregados de educação têm um papel crucial. Elon Musk é a prova viva de que a leitura pode abrir portas para o desconhecido, despertar sonhos e moldar o futuro. Não precisamos de esperar que as crianças descubram sozinhas o poder dos livros. Podemos guiá-las, como um farol, para esse universo de possibilidades. 

Incentive os seus filhos a ler – não apenas manuais escolares, mas histórias que os levem a viajar pelo espaço, a questionar o mundo e a imaginar o impossível. Dê-lhes acesso a livros de ficção científica, como os de Asimov, ou a contos moçambicanos que falem da nossa rica cultura e os inspirem a criar.

Crie momentos especiais: leia com eles antes de dormir, visite uma biblioteca local ou troque histórias em família. Mostre-lhes que os livros não são apenas papel, mas chaves para descobrir o mundo e construir as suas próprias aspirações. 

Tal como Elon Musk, que aos 12 anos encontrou em A Trilogia da Fundação o mapa para o seu destino, os nossos filhos podem encontrar nos livros o combustível para os seus próprios sonhos. Quem sabe? Talvez o próximo grande inventor, cientista ou líder esteja agora mesmo à espera que lhe entreguemos o livro certo.

Além do Elon que está distante, que segundo as histórias por aí contadas, apontem ter nascido em África, actualmente também gerimos um Queniano e um zimbabueano com façanhas incríveis que desafiam actual sociedade científica. Infelizmente, terão que primeiro lutar com seus governantes e com o mundo para provar que merecem atenção, apoio e toda protecção para levar as suas criações aos africanos em primeiro e ao mundo, depois. Trata-se do David Gathu com seu primo Moses Kiuna e o Maxwell Sangulani Chikumbutso, respectivamente.

Trilogia da Fundação não foi apenas entretenimento; foi uma semente que germinou em ambições extraordinárias.


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