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Busquem o Poder, Mas Não Mexam na Bandeira – ISSO É DISTRAÇÃO BARATA!
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Enquanto o povo passar fome, mudar a bandeira não seria uma prioridade nacional!
Nessa nossa pérola do Índico, chamada Moçambique ou simplesmente "o Paraíso Fiscal" nos bastidores, onde o povo acorda todos os dias com a barriga vazia e o sonho de um futuro melhor, surge mais uma polémica que cheira a populismo puro: Venâncio Mondlane (VM7) e os seus apoiantes do partido ANAMOLA querem mexer na bandeira nacional. Alegam que a arma ali representada é um símbolo de violência — um argumento que, convenhamos, soa mais a sensacionalismo do que a reflexão séria.
Como muitos moçambicanos, eu repudio esta atitude. Processei a faz tempo, desde as manifestações e não há nada de errado. VM7 pode até tomar o poder, já que não quer que seja via armada — e que o faça então logo que puder, se for para o bem do país —, mas não mexa na bandeira. Primeiro, toma o poder e depois veremos o que retirar dela, porque há problemas urgentes que, na posição em que está, seria uma oportunidade de ouro para resolver. O povo precisa desesperadamente de um líder que actue, não de palhaçadas que distraiam da fome, do desemprego e da miséria que nos consomem.
Pensemos bem: a bandeira não é só um pano com cores e símbolos; é o testemunho vivo da nossa luta pela independência, da coragem dos que caíram para que pudéssemos erguer a cabeça. “Ter arma ou não desde que esse país seja bem interpretado”, como bem disse um cidadão nas ruas de Maputo. Mudar isso por capricho de um político, sem amplo consenso nacional, é receita para divisão.
Não podemos decidir isto baseando apenas em paixões. Este debate é claramente uma distração. A bandeira ficou intacta por décadas, resistindo a ventos e chuvas, e agora, num momento em que o país clama por unidade, VM7 e os seus belos filhos deste país querem rasgá-la para ganhar likes e aplausos fáceis? Isso é politiquice barata, jogo de poder disfarçado de revolução.
E enquanto isso, o que fazemos com o Chapo, o actual líder que, depois de roubos e manipulações eleitorais validadas pela CC, vagueia de país em país como um turista sem destino? A sua governação curta tem sido um festival de viagens intermináveis – mais aviões do que acções concretas. Quando pisa solo moçambicano, parece uma visita de cortesia, como se soubesse que o próximo mandato lhe escapa das mãos e quisesse aproveitar os últimos dias de glória.
Onde está o foco em conter custos, reduzir despesas e pagar salários aos funcionários públicos, incluindo membros das FDS que há meses esperam pelo seu? Em vez de liderar, foge para cimeiras internacionais, deixando o país a ferver com promessas vazias. Esta ausência crónica é uma oportunidade perdida para todos, mas especialmente para opositores como VM7.
Aqui vai um conselho directo ao Venâncio Mondlane: aproveita estes momentos de vazio presidencial para interagir directamente com o povo. Mobiliza as comunidades, arranja soluções pontuais para os problemas que o governo finge não ver. Vai às machambas secas no Niassa, conversa com os jovens desempregados em Nampula, senta-te à mesa com as mães que lutam contra a fome em Gaza. Mostra que és líder de acção, não de bandeiras agitadas ao vento.
O moçambicano comum não quer debates sobre símbolos; quer pão na mesa, escola para os filhos e água corrente nas torneiras.
O verdadeiro debate, o que nos une e nos move, devia ser este: como acabaremos com o desemprego que devora a juventude, mesmo com a falha das instituições? Como mataremos a fome que ceifa vidas todos os dias? Como levaremos o nosso país para o próximo degrau, com indústrias que gerem empregos e estradas que liguem sonhos a realidades? - militares para impor disciplina ao governo não temos. Mas temos a ti VM7 e sua rede de influências geniais que talvez podem tornar possível a resolução desses problemas todos, ainda que te neguem a presidência.
E mais: como levaremos escolas, água, energia e serviços básicos à população que ainda vive na escuridão do esquecimento? E como enfrentaremos a corrupção que rói as entranhas do Estado e a insegurança que alastra nas ruas?
O resto – estas bandeiras e bandeiras políticas – é populismo, politiquice e jogo de poder que só serve para entreter os que já se esqueceram do que custou conquistar esta nação.
VM7, o teu carisma é inegável, os teus votos provam isso mesmo após as fraudes. Mas usa-o para curar feridas reais, não para abrir novas. Toma o poder com as mãos limpas e o coração no povo e, aí, talvez, sentados à mesa da reconciliação, falemos da bandeira.
Até lá, deixa-a onde está: hasteada, orgulhosa, intocável.
Moçambique merece mais do que distracções; merece líderes que construam, não que desfaçam. Pressione o Governo com aquela sua genialidade para pagar salários e irmos pagar nossas cotas no ANAMOLA!
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Comentários


Esse senhor Venâncio quer nos distrair e entreter apenas. Mais um teatro pela frente.
ResponderEliminarObviamente. Não faz sentido discutir isso enquanto existem outros problemas urgentes e que lhe oferecem oportunidades incríveis para mobilizar recursos intelectuais face a resolução. Que é o que o povo precisa
EliminarOs assuntos políticos tornaram-se pessoais, mas bastam essas palavras para um bom samaritano, refiro me a todos eles...
ResponderEliminarVocê sabe muito bem morder e a soprar, típico de um bom rato.
ResponderEliminarGostei da explanação
😂😂😂😂 Obrigado pela atenção
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