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ELON MUSK QUER MATAR A SIRI

"I'm down" para Substituir pela Grok – Traição ou Salvação para a Apple?

No dia 18 de Novembro de 2025, o mundo da tecnologia acordou com uma bomba lançada por Elon Musk no X (antigo Twitter). Um utilizador sugeriu abertamente que a Apple devia fazer parceria com a xAI e substituir a Siri – essa assistente virtual que já parece uma relíquia do passado – pela Grok 4.1, a versão mais avançada e "superinteligente" do modelo da xAI. O post era directo e provocador: "É hora da Apple juntar-se à xAI e consertar de vez a Siri. Substituir essa assistente dolorosamente burra pela Grok 4.1. A Siri merece ser superinteligente. A Grok 4.1 está pronta HOJE".

E o que fez Elon Musk? Respondeu simplesmente: "I'm down". Em português claro: "Eu topo". Duas palavras que abalaram o Vale do Silício e fizeram milhões questionarem o futuro dos iPhones.

Vamos ser honestos: a Siri está moribunda há anos. Lançada em 2011 com pompa e circunstância, prometia revolucionar a interacção humana com os dispositivos. Hoje, em 2025, ela mal consegue entender comandos básicos sem cometer erros ridículos, enquanto concorrentes como o Google Assistant ou até o ChatGPT (integrado nalguns sistemas) deixam-na a comer pó. A Apple, obcecada com privacidade e controlos fechados, recusou-se a abraçar a revolução da IA generativa de forma agressiva. Escolheu parcerias tímidas, como com a OpenAI, mas nada que transforme a Siri numa assistente verdadeiramente inteligente. Resultado? Milhões de usuários de iPhone continuam frustrados, a gritar "Ei Siri" para ouvir respostas obsoletas ou erradas.

Agora imagine isto: Grok 4.1 no lugar da Siri. A Grok não é só mais um chatbot – é o modelo da xAI, projecto pessoal de Elon Musk, desenhado para ser útil ao máximo, divertido, sem os filtros moralistas que estrangulam outros sistemas como o Gemini ou o próprio ChatGPT. Grok responde com verdade crua, humor sarcástico e uma velocidade impressionante. Integração nativa no iOS significaria iPhones com uma assistente que entende contexto real, prevê necessidades, gera imagens, código, análises profundas – tudo em tempo real, sem depender de servidores distantes cheios de censura.

Mas aqui entra a polémica

Será que a Apple, essa fortaleza de Cupertino liderada por Tim Cook, aceitaria entregar o coração do seu ecossistema a Elon Musk? Musk, o homem que processou a OpenAI por traição aos ideais originais, que critica abertamente as big techs por hipocrisia na IA. Uma parceria Apple-xAI seria o maior plot twist da história da tecnologia: o rei dos carros eléctricos e foguetões a salvar o reino da maçã. Ou, visto de outro ângulo, Musk a infiltrar-se no bolso de bilhões de pessoas via iPhone, ganhando acesso a dados que fariam o Tesla Autopilot parecer brincadeira de criança.

Em Moçambique, onde muitos jovens usam iPhones como símbolo de estatuto e ferramenta de trabalho, esta possibilidade seria revolucionária. Imaginem empreendedores em cidades sonantes fora de Maputo, Beira ou Nampula e Quelimane ou Tete a pedir à "nova Siri" (agora Grok) para analisar mercados, gerar propostas em português changana ou até criar apps locais – tudo com uma inteligência que não trava por "preocupações éticas" ocidentais excessivas. A Grok, inspirada no Guia do Mochileiro das Galáxias, é desenhada para ser maximamente útil, não maximamente "correcta".

No entanto, o "I'm down" de Musk cheira a provocação. Ele sabe que a Apple nunca aceitaria perder controlo total da sua assistente. Seria admitir derrota pública: "Sim, a nossa IA caseira é uma porcaria". Tim Cook prefere morrer a dar esse gostinho a Musk, com quem já trocou farpas sobre tudo – desde trabalho infantil nas minas de cobalto até privacidade de dados.

Enfim, se a Apple recusar esta mão estendida, ficará para trás na corrida da superinteligência. Os Androids já integram Gemini e outros modelos avançados; os iPhones arriscam-se a tornar-se relíquias caras para hipsters nostálgicos. Elon Musk não está só a topar – está a desafiar o império da maçã a escolher: morrer devagar com uma Siri zombie ou renascer com Grok.

O futuro da IA nos telemóveis acabou de ficar muito mais interessante. E perigoso. Vamos ver quem pisca primeiro.



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