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FALHA O BOICOTE DO G20 - 'NOVA' ORDEM MUNDIAL SE FIRMA EM JOANESBURGO

Trump Tenta Afundar os Rivais ou Prepara o Naufrágio da 'NOVA' Ordem Mundial?

Por um Observador Geopolítico em Bluntyre, Malawi – 22 de Novembro de 2025

Numa reviravolta que cheira a thriller de conspiração, a Cimeira do G20 em Joanesburgo, na África do Sul, arrancou hoje sem a presença dos três maiores pesos-pesados do planeta: Donald Trump, Xi Jinping e Vladimir Putin. É como se o Titanic tivesse zarpado sem o seu dono, J.P. Morgan, que, segundo as teorias da conspiração clássicas, mudou de ideias no último minuto depois de garantir que todos os seus adversários embarcassem. Lembram-se? Morgan, o magnata por trás do navio, alegadamente planeou o afundamento para eliminar rivais financeiros como John Jacob Astor e Benjamin Guggenheim, que se opunham à criação do Federal Reserve. Ele cancelou a viagem, o iceberg fez o resto, e o mundo mudou. 

Agora, em 2025, será que estamos a ver uma versão moderna dessa trama, com Trump no papel de Morgan, e Xi e Putin como os que preferiram ficar em terra firme?

Vamos aos factos, misturados com especulações que não passam de hipóteses picantes para agitar o debate. O G20, que representa 80% da economia global, prosseguiu sem pestanejar. Os enviados aprovaram um rascunho da declaração final, focado em comércio, clima e segurança, provando que o mundo não para só porque Washington, Pequim e Moscovo decidiram gazetar. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, foi direto: "É perda deles. 

A política de boicote não funciona". Mas o boicote mais barulhento veio de Trump, que acusou o governo de Pretória de abusos contra fazendeiros brancos e afrikaners – uma bandeira que ecoa as suas narrativas de "perseguição" e "America First". Resultado? Os EUA mandaram uma delegação de baixo escalão, e a cimeira virou um palco para potências emergentes como Índia, Brasil e União Europeia tomarem as rédeas.

Enquanto isso, fora da cimeira, Trump rouba as luzes da ribalta com o seu plano de paz para a Ucrânia, um documento de 28 pontos que parece saído de um acordo imobiliário em Nova Iorque. Os destaques? Ucrânia mantém soberania, mas cede mais territórios no leste (além dos já ocupados pela Rússia), limita o tamanho do seu exército e assina um pacto de não-agressão com Moscovo e toda a Europa para "resolver ambiguidades dos últimos 30 anos". 

Ah, e pode entrar na UE, com 100 mil milhões de dólares de ativos russos congelados a financiarem a reconstrução. Putin chamou-lhe "base para um acordo final", mas na Europa e em Kiev, o cheiro é a capitulação: perdas territoriais, desmilitarização forçada e um "obrigado" por cima. Trump impôs prazo até ao Thanksgiving (28 de Novembro) para aprovação, posicionando-se como o xerife solitário que resolve guerras sem precisar de fóruns multilaterais.
Agora, entremos no território das especulações – aquelas que fazem lembrar o Titanic. Por que Xi e Putin também boicotaram? 

Oficialmente, agendas lotadas e representantes no lugar. Mas e se for medo de uma "armadilha" trumpiana? Imaginem: os três rivais num só lugar, na África do Sul, um país com infraestruturas que não permitem fugas rápidas como num jato privado de Washington ou Pequim. Trump, com o seu histórico de surpresas (lembram-se das tarifas à China ou das sanções à Rússia?), poderia "aprontar uma" – talvez uma revelação bombástica, uma operação cibernética ou até uma jogada diplomática que os isolasse.

Xi e Putin, mestres do xadrez geopolítico, preferiram ficar em casa, controlando o jogo à distância. Assim, enquanto Trump negoceia a Ucrânia bilateralmente, eles evitam o risco de um "naufrágio" coletivo no G20, onde agendas como direitos humanos ou comércio poderiam virar contra eles.
E há mais camadas nessa cebola conspiratória. Trump pode estar a gerir, em paralelo, a transição com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman (MBS). 

Depois de anos de gastos exorbitantes em guerras e dívidas internas a disparar nos EUA, um acordo com MBS – talvez envolvendo petróleo, investimentos ou alívio em sanções – seria uma vitória económica colossal. MBS, que tem andado a cortejar tanto Washington como Pequim, poderia ser o "bote salva-vidas" para a economia americana. Sem Xi e Putin no G20, Trump ganha espaço para manobras sem interferências, virando o boicote numa jogada de mestre. É especulação pura, claro, mas encaixa no puzzle: o G20 sem os "donos" vira um navio à deriva, enquanto Trump constrói alianças à parte.

Expandindo o raciocínio do post no X – "Estamos a assistir ao fim da dominância global dos EUA na nossa vida! É uma Nova Ordem Mundial" –, estes eventos gritam multipolaridade. Os EUA recuam do multilateralismo (Trump já saiu do Acordo de Paris e da OMS no primeiro mandato), abrindo portas para uma ordem fragmentada onde China, Rússia e blocos regionais ditam regras. A resiliência russa face a sanções, a "autonomia estratégica" europeia e a ascensão da Belt and Road chinesa aceleram isso. 

Mas cuidado: se Trump impuser o seu plano na Ucrânia, resolve um dreno financeiro para o Ocidente e reforça o músculo americano. O fim da dominância? Sim, mas não o fim do poder. É uma Nova Ordem Mundial, sim senhor – mais caótica, com vários capitães no leme, e o risco de colisões épicas.

Em resumo, o G20 de 2025 pode ser o iceberg que afunda a era unipolar. Ou, quem sabe, apenas mais um capítulo no manual de sobrevivência de Trump. Fiquem atentos: o jogo está longe de acabar.

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