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FALHA O BOICOTE DO G20 - 'NOVA' ORDEM MUNDIAL SE FIRMA EM JOANESBURGO

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Trump Tenta Afundar os Rivais ou Prepara o Naufrágio da 'NOVA' Ordem Mundial? Por um Observador Geopolítico em Bluntyre, Malawi – 22 de Novembro de 2025 Numa reviravolta que cheira a thriller de conspiração, a Cimeira do G20 em Joanesburgo , na África do Sul, arrancou hoje sem a presença dos três maiores pesos-pesados do planeta: Donald Trump , Xi Jinping e Vladimir Putin . É como se o Titanic tivesse zarpado sem o seu dono, J.P. Morgan , que, segundo as teorias da conspiração clássicas, mudou de ideias no último minuto depois de garantir que todos os seus adversários embarcassem. Lembram-se? Morgan, o magnata por trás do navio, alegadamente planeou o afundamento para eliminar rivais financeiros como John Jacob Astor e Benjamin Guggenheim , que se opunham à criação do Federal Reserve . Ele cancelou a viagem, o iceberg fez o resto, e o mundo mudou.  Agora, em 2025, será que estamos a ver uma versão moderna dessa trama, com Trump no papel de Morgan, e Xi e Putin como os que ...

E NÓS AINDA DISCUTIMOS SE A TERRA É PLANA?

Um Penhasco de 1000 Metros num Cometa a Quase Mil Milhões de Quilómetros.

Meu caro leitor, olha bem para esta imagem.👇🏾

Penhasco do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko

Um penhasco vertical, escarpado, com cerca de mil metros de altura – mais alto que muitos dos picos mais imponentes da Serra da Leoa ou dos planaltos de Manica. Uma parede rochosa que faria qualquer alpinista moçambicano tremer nas canelas. E onde fica isto? Não na Lua, não em Marte. Fica num cometa. Um pedaço de gelo sujo e rocha com uns meros 4 quilómetros de diâmetro, chamado 67P/Churyumov-Gerasimenko, que neste momento anda a passear-se a uns impressionantes 996 milhões de quilómetros da Terra.

Sim, leste bem: 996 480 038 km. Isso é mais de seis vezes a distância média ao Sol. É tão longe que a luz do Sol demora mais de uma hora a chegar lá. E mesmo assim, temos fotografias com detalhe suficiente para contar pedregulhos do tamanho de uma machimbombo.

Esta imagem não foi tirada por nenhum super-telescópio na Terra. Foi captada pela sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia, que em 2014 se pôs em órbita daquele pedregulho gelado, desceu até uns escassos 10-20 km da superfície e mandou um módulo de aterragem (o Philae) saltar lá para baixo como quem salta para uma praia deserta. A sonda tirou dezenas de milhares de fotos, mediu gases, poeiras, campos magnéticos. Viu até um pedaço daquele mesmo penhasco (chamado Aswan, em homenagem à barragem egípcia) desmoronar-se em 2015, cuspindo uma nuvem de material que a Rosetta registou ao vivo e a cores.

E agora vem a parte polémica, aquela que incomoda muita gente confortavelmente instalada na sua bolha de negacionismo: como é possível que em 2014-2016 tenhamos conseguido pôr uma máquina a orbitar, fotografar com resolução de centímetros e até aterrar num cometa a centenas de milhões de quilómetros... mas ainda haja quem jure a pés juntos que a Terra é plana, que as missões à Lua foram filmadas em Hollywood e que os satélites são balões de hélio?

Se fôssemos mesmo tão incompetentes ou mentirosos como os teóricos da conspiração gostam de pintar, como raio conseguíamos coordenar dezenas de países, milhares de cientistas, durante mais de 12 anos (a Rosetta foi lançada em 2004!), para fabricar milhares de fotografias falsas, vídeos, dados espectrais, amostras de poeira... tudo coerente, tudo verificável por observatórios independentes em todo o mundo, inclusive aqui em África?

A gravidade naquele cometa é tão ridiculamente fraca (um milésimo da terrestre) que se saltasses com força podias literalmente escapar para o espaço e nunca mais voltar. Um homem pesaria menos de 10 gramas lá. E mesmo assim, o Philae cravou os arpões, mediu, transmitiu dados. Tudo isto com tecnologia que cabe num autocarro.

Enquanto isso, na Terra, gastamos bilhões em guerras, em corrupção, em coisas que destroem... e bastou uma fracção disso para a humanidade tocar num pedaço do Sistema Solar que já cá andava desde antes do Sol nascer.

Esta imagem é uma bofetada na cara de quem prefere viver na Idade da Pedra mental. Prova que, quando queremos, conseguimos coisas que há 50 anos pareciam ficção científica. Prova que a ciência não é opinião, não é crença, não é “versão alternativa”. É facto brutal, frio e lindíssimo.

Então, da próxima vez que alguém te vier com a conversa da “Terra plana” ou que “a NASA é tudo mentira”, manda-lhe esta foto. E pergunta: se isto é falso, explica-me lá como é que conseguimos inventar um penhasco de mil metros num cometa a mil milhões de quilómetros... mas não conseguimos falsificar umas férias na, hem?

A humanidade já chegou aos cometas. Falta agora chegar à cabeça de alguns terráqueos.

Explora o Universo. Ele é muito maior – e muito mais real – do que qualquer teoria da conspiração.

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