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AS CASAS DE COLMO: UM SÍMBOLO DE HERANÇA CULTURAL E SUSTENTABILIDADE EM ÁFRICA

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Num mundo cada vez mais atento às questões ambientais e à preservação das identidades culturais, as casas tradicionais africanas com telhados de colmo surgem não como relíquias do passado, mas como modelos inspiradores de arquitectura sustentável e resiliente . Estas construções, feitas de barro e palha tecida à mão , representam séculos de sabedoria ancestral adaptada aos climas tropicais e às necessidades das comunidades. Em Moçambique , onde mais de 80 por cento das moradias rurais ainda recorrem à autoconstrução com materiais locais , estas casas não são apenas abrigos, mas expressões vivas de identidade e harmonia com a natureza. Porém, às vezes levantam-se questões de casos onde paira a dúvida, se se trata sobre pobreza ou cultura.  Este artigo inspira-se numa visão impactante partilhada por Yator Boss , um africano que, além de romantizar o que chamam de pobreza, ele inova a formar de preservar o legado da ancestralidade antes de entrar em confronto com o advento das ou...

A POSSIBILIDADE DE REGENERAÇÃO DENTÁRIA NOS HUMANOS

A Cura que Existe, Mas que o Mundo Ainda Não Quer Libertar

A saúde bocal em Moçambique continua a ser uma das áreas mais negligenciadas do sistema nacional de saúde. Apesar de a boca ser o ponto de entrada para inúmeras doenças, desde infecções silenciosas até complicações cardíacas e renais, o país mantém uma adesão muito baixa às consultas odontológicas, à prevenção e às rotinas de higiene bocal. A cultura da dor como único motivo de ida ao dentista permanece arraigada, e isso reflecte-se directamente em perdas dentárias precoces, desconforto crónico, baixa autoestima e limitações funcionais graves.

Para agravar a situação, os serviços de medicina dentária estão concentrados nas capitais provinciais e nas poucas clínicas privadas acessíveis apenas para quem pode pagar. Em muitos distritos, uma simples extracção ainda é feita como último recurso, por falta de recursos, equipamentos, profissionais e políticas públicas consistentes de promoção da saúde bocal. Há famílias inteiras que vivem anos com problemas dentários não assistidos, e crianças que crescem sem qualquer orientação mínima para prevenir cáries ou doenças periodontais.

É nesse cenário de fragilidade nacional — e de evidente desigualdade global — que surge uma das descobertas científicas mais impressionantes dos últimos tempos.

Cientistas sul-coreanos desenvolveram um micro-adesivo bioactivo capaz de regenerar dentes naturais, activando células-tronco adormecidas dentro da mandíbula. O processo, que promete substituir dentaduras e implantes, estimula a produção natural de esmalte, dentina e até a estrutura completa do dente, fazendo nascer um novo dente com sensibilidade e funcionalidade reais.

A aplicação é simples: o adesivo é colocado sobre o local onde o dente foi perdido, emitindo sinais bioquímicos que despertam a capacidade regenerativa que os seres humanos possuíam em eras biológicas remotas. Se os ensaios clínicos continuarem a resultar positivamente, esta tecnologia poderá mudar radicalmente a história da odontologia mundial — e dar esperança a milhões.

Aliás, imaginem os nossos país e avós com dentes renascidos! (😂😂) 

Mas aqui surge o paradoxo: embora a tecnologia exista, continua eternamente em “fase de testes”.

É difícil ignorar que, sempre que a ciência descobre algo realmente revolucionário — sobretudo curas definitivas — surgem entraves, adiamentos, exigências adicionais, falta de financiamento e um silêncio estratégico que atravessa fronteiras. Muitos avanços que poderiam democratizar a saúde global ficam parados na prateleira invisível dos interesses económicos. E ninguém que conheça minimamente a política global da indústria farmacêutica pode fingir surpresa.

Por isso, talvez o problema não seja precisar de mais testes, mas sim os donos do mundo ainda não terem definido como lucrar com a cura. Num planeta onde a doença é uma das maiores fontes de rendimento económico, a cura definitiva raramente é bem-vinda. E não é difícil imaginar porque é que um adesivo que faz crescer dentes naturais não encaixa bem num mercado construído sobre próteses, implantes e intervenções repetidas.

Moçambique, como tantos países africanos, seria dos mais beneficiados por esta tecnologia — exactamente por isso, é dos que mais tarda em vê-la chegar.

Enquanto isso, os testes continuam. Ou, pelo menos, é isso que dizem.

👉 O que acha desta descoberta? Acredita que estas curas demoram por falta de ciência ou por excesso de interesses?

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