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Literatura: Lamento poético sobre a opressão

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A Vida que eu Escolhi Ah, coisa da vida que eu tenho! Embaraçaram a minha sinfonia para não ver o futuro. Fecharam-me a boca com a cara de Samora. O sofrimento sucumbiu aos arrogantes. Já está se aproximando mais um tempo de sujar, injustamente, o meu dedo mentiroso. Lágrimas ecoaram na minha pele, como aquela mulher que nunca conheceu sua criação. Mas é assim, não é? Como quem diz que vive no quinto andar. Depois daqui, quero esperar os outros tomarem posse, para me alegrar com o que a minha boca não disse. O que seria? Meu dedo falou mais alto que a minha mente. Gritou como a morte sangrenta de madrugada. É assim que eu fico à espera do colono. Há comerciantes, médicos e professores cantando cantos de clamor: "Tenho fome, muita fome". O meu dedo ouviu os gritos como um antepassado, mas com medo de que me cortassem a língua com a cara do meu antepassado. Coisa vergonhosa é a minha postura: vendi a minha liberdade por mais cinco anos. A minha velhice nunca aprenderá a sofrer

O Ciclo Acelerado de Esperança e Decepção na Política Moçambicana

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Em Moçambique, é só uma questão de um par de meses para que algum dirigentes ou político te decepcione. Lino Isabel TEBULO.  Foi através de uma foto de família exibida nas redes sociais em prol do 2º dia da VI Sessão do Conselho Nacional da RENAMO, que começa se firmar algo que mudaria a narrativa habitual da política moçambicana. Talvez seja pelo advento das redes sociais, que facilmente se toma conhecimento de várias mazelas dos bastidores.  Que o ambiente político em Moçambique parece uma encenação teatral, estava ficando cada vez mais óbvio. Já com o ressurgimento de figuras novas na corrida eleitoral o cenário começa a mudar de forma e dessa vez muitos que preferiam se abster pelo menos tem uma opção nova fora das tradicionais. Se não for mais um motivo para se frustrar.  Foi por esta foto abaixo onde chegamos a lembrar da citação do Lino Isabel Mucuebo TEBULO, colaborador residente da Verbalyzador. Onde foi se notar ausência de algumas figuras o qual não se esperava que fosse ac

Será Moçambique Uma Nação à Beira do Colapso Institucional?

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Lições Globais e Caminhos para a Recuperação do Actual Cenário de Crise.  Estaríamos celebrando com a titularidade de campeão mundial da seleção de Tang Soo Do se a visão do cenário actual do país não vislumrasse uma crise, que trás incertezas e desespero de como tudo isso terminará. Pois, olhando pelo que a CNE quer intentar, gerir conflitos que podem advir não serão baratos.  Ou melhor, a actual situação de Moçambique apresenta um quadro alarmante de crises sobrepostas que ameaçam a estabilidade e o progresso do país. O cenário descrito revela uma nação à beira de um colapso institucional, com problemas graves afetando praticamente todos os sectores fundamentais do Estado:  Militares sem salários e suprimentos adequados, greves de profissionais essenciais como juízes e médicos, infraestrutura em deterioração, risco de fome para milhões de cidadãos e um clima político tenso às vésperas das eleições de 2024, compõem um quadro de extrema gravidade. Esta conjuntura, embora severa, não

Reflexões Sobre os 49 anos de Independência de Moçambique (25 de Junho de 2024)

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Dia de declaração solene da independência total e completa em Moçambique, 25 de Junho de 1975. Reflexão Crítica: 49 Anos de Independência em Moçambique. Introdução Em 2024, Moçambique completa 49 anos desde sua independência formal do colonialismo português. Este marco histórico nos convida a uma reflexão profunda sobre o significado real da independência e o estado actual da nação. Embora delicado debater sobre, mas há alguns aspectos que merecem ser observados e não meramente ignorados como se fossemos moribundos. O Conceito de Independência A noção de independência, em torno das diversas teorias revistas pelos académicos e autoridades acreditadas por competências científicas, vai além da mera separação política de uma potência colonial. Implica autonomia econômica, soberania sobre recursos naturais, e capacidade de autodeterminação nas esferas política, social e cultural. No caso de Moçambique, é crucial questionar se esses aspectos foram plenamente alcançados ao longo desses 49

Recados aos Viteranos até aos Leigos na Corrida Eleitoral Rumo à Um País Mais Justo, Autónomo e Resiliente

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Novo Rumo para Moçambique? Quais as Propostas que devem ser apresentadas para um país mais justo, autónomo e resiliente Para nós outros, estamos encarando com maior seriedade e preocupação as eufóricas apresentações e apoios incondicionais aos indivíduos dos partidos, organizações e coligações políticas para 9 de Outubro de 2024. É bom que surjam novas forças e dinâmicas políticas que tendam a reforma do que já vimos.  A preocupação recai às motivações que leva ao entusiasmo de se meter nessa aventura. Parece ser sonante que haja duas correntes básicas apenas: uma retirar a Frelimo no poder e a outra mantém-se renovar o mandato para dar continuidade ao vimos e sabemos.  Mas todas essas correntes são gritantes que pretendem desenvolver o país. Mas como farão, nenhum dos grupos ou mais indivíduos apresentam em concreto de modo a permitir uma análise dos seus programas de governação.  Talvez seja cedo ou precipitação demais questiona as intenções dos indivíduos é formações. Mas é o

Impostos sobre Big Techs: Uma solução para Internet acessível em Moçambique.

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Uma proposta viável para aliviar o sofrimento do povo e promover a inclusão digital Algumas Big Techs internacionais Na semana passada, concretamente na quinta-feira, 23 de Maio de 2024, a Europa submeteu seus candidatos num debate com mais de uma hora e meia, frente-a-frente, entre eles e com o público, especialmente aos novos eleitores, os que irão votar pela primeira vez. No qual, cada candidato teve oportunidade igual para apresentar o seu manifesto num determinado tempo, igual aos seus concorrentes e o resto do tempo devia responder algumas questões feitas ao vivo em diferentes cidades. Foi um exercício de demonstração da "democracia", que tanto eles promovem. Ademais, todos candidatos mostraram suas convicções e pontos fortes que levam em conta a sua candidatura à liderança da União Europeia. Foram levantados seis pontos dos quais:     1.Economia e emprego;     2.Defesa e segurança;     3.Clima e Ambiente;     4.Democracia e Liderança;     5.Migração e Fronteiras

O Poder Catalisador da Criatividade: Mais valia aos moçambicanos no contexto actual

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Desbloqueando o Potencial Humano em Moçambique.  Antes de mais, feliz ao 49º Aniversário da PRM. Que haja criatividade na gestão de conflitos e outros aspectos de segurança interna aos moçambicanos.  Alguma parte deste país, está encravada a chave da resolução de muitos problemas.  A criatividade é a centelha divina que acende o fogo da inovação, progresso e crescimento em qualquer sociedade. É a capacidade de transcender os limites convencionais, questionar o status quo e conceber soluções audaciosas para os desafios mais complexos.  Infelizmente, quando a criatividade é sufocada ou negligenciada, as consequências podem ser devastadoras, especialmente em sectores cruciais como a academia, a política e outras áreas especializadas. Na educação  Na arena acadêmica, a falta de criatividade pode resultar em uma estagnação intelectual. As universidades e centros de investigação correm o risco de se tornarem meros repositórios de conhecimento e indústria de produção de doutores inúte

A Arte como Ponte entre Imaginação e Realidade

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O que é a arte e porque falar dela num momento conturbado como estamos agora, em Moçambique!  Paiw: A Arte como Ponte entre Imaginação e Realidade.  A arte é verdadeiramente um fenômeno único na experiência humana. Ela nos permite transcender os limites do mundo físico e dar forma tangível às abstrações mais profundas de nossa mente. Como bem expressou o moçambicano Paulino Intepo em aventuras do Capitão Phingli: "A arte é uma tentativa de concretizar a nossa imaginação". A imaginação é um dom precioso que nos distingue como seres humanos. É a capacidade de visualizar possibilidades além do que é imediatamente perceptível, de criar mundos inteiros em nossa mente.  No entanto, a imaginação por si só é efêmera, uma centelha fugaz de inspiração que se dissipa tão rapidamente quanto surge. É aqui que a arte entra em cena, como uma ferramenta poderosa para dar vida à imaginação. Aliás, de referir que a arte nesta publicação é tida como uma expressão humana que transcende fr

Tudo fora de baralho - educação no país: Sancionados em Portugal, condenados em Moçambique.

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Não basta apenas o privilégio de respirar mais um dia em Moçambique, é preciso ainda desenvolver outras habilidades que, além da arte de sobreviver, envolvem a capacidade de ser resiliente aos fatores externos e internos. Quando tudo parece tranquilo, algo vem em alguma direção para mexer com a sensibilidade de algum setor. É a situação da educação, um dos sectores de extrema importância no desenvolvimento nacional e que deveria ser um dos objectos primordiais privilegiados, quando se trata de soberania. Porém, nada disso se vê. Circulam informações de que, em num país cuja língua oficial é o português, seremos sujeitos a um semestre 0 (zero) denominado propedêutico. Os Sancionados  Isso significa seis meses ou até um ano, se o caso for grave, reservados a um caráter introdutório, para preparar os "alunos" a estudar nas faculdades portuguesas. Pode parecer humilhante, mas não é. Será uma fase em que haverá a junção de preceitos ou conhecimentos básicos de uma disciplin

O Fardo do Passado: NINGUÉM QUER ABRIR SUA PRÓPRIA SEPULTURA .

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Hipotética Razão da Demora ou Paralisia na Sucessão Presidencial da Frelimo para Moçambique.  Aparentemente é delicado opinar sobre assuntos de género, uma vez que há pessoas preparadas e dedicadas a defender o que é óbvio para ser questionado. Mas com base nas informações e observações, é possível formular insights, reflexões que acomodem a ansiedade sobre o assunto. Afinal, o partido é de todos nós e está num país que directamente sacrificamos alguma coisa nas nossas vidas para construí-lo. Assim surge o seguinte argumento aprofundado e contundente, sobre a demora e a paralisia da indicação da figura de cartaz para o próximo pleito eleitoral.  A demora na escolha do candidato presidencial do partido Frelimo para as eleições de 2024, parece estar enraizada em um complexo emaranhado de receios e desconfianças internas. O principal factor subjacente é o histórico de possíveis actos criminosos cometidos por membros influentes do partido durante gestões anteriores.  A percepção de

Não é sinal do fim do Mundo, apenas é o país 🇲🇿 Erguendo o Véu da Verdade

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Moçambique: Erguendo o Véu da Verdade Está é uma reflexão que preferimos trazer ao mundo sobre a seguinte frase: O mundo não está piorando ou se tornando mais escuro. Apenas o véu que nos protege da “realidade” está se levantando.  Desconhecemos a autoria e antes de assumi-lá, gostaríamos de deixar ficar o seguinte, aos moçambicanos de Moçambique e ao mundo inteiro, especialmente aos africanos.  Particularmente aos moçambicanos, é hora de enfrentarmos a dura realidade que nos cerca . Por muito tempo, vivemos imersos em uma ilusão confortável, um véu que nos protegia da crua verdade sobre os desafios que assolam nossa nação. Mas esse véu agora se levanta, expondo as mazelas que tanto tentamos ignorar. Os eventos recentes de má governação, corrupção desenfreada e desvio de recursos públicos são apenas a ponta do iceberg . Eles revelam uma profunda falha sistêmica em nossas instituições e uma falta de responsabilidade por parte de nossos líderes e nós como povo, patrões deste país.

Um dos países no mundo onde o crime compensa: Moçambique

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Moçambique é um dos países no mundo onde o crime compensa, por seguintes razões...  Por: Lino Mucuebo ( linoisabelmucuebo@gmail.com ) As manchetes deste ano parecem esgotar o conjunto de problemas que este país já teve. Até que há quem ousa, em jeito humorístico, declarar que mesmo os que sofreram na era colonial ou antes da independência nacional, nunca viram algo do género.  Pois, de acordo com o Índice de Percepção de Corrupção de 2022, Moçambique ocupa a posição 150 entre 180 países, com uma pontuação de 24/100 em termos de percepção de corrupção no sector público. Enquanto o povo de forma isolada, individual e honesta tenta, no verdadeiro sentido, derradeiramente lutar contra a pobreza absoluta que afecta 46,1% da população, o governo e seus parceiros promovem uma cultura de impunidade e privilégio que perpetua as desigualdades. Afincadamente, sectores do governo travam uma guerra contra esforços individuais e colectivos de combate à pobreza que ameacem seus interesses, anu