O Ciclo Acelerado de Esperança e Decepção na Política Moçambicana
Em Moçambique, é só uma questão de um par de meses para que algum dirigentes ou político te decepcione. Lino Isabel TEBULO. |
Foi através de uma foto de família exibida nas redes sociais em prol do 2º dia da VI Sessão do Conselho Nacional da RENAMO, que começa se firmar algo que mudaria a narrativa habitual da política moçambicana. Talvez seja pelo advento das redes sociais, que facilmente se toma conhecimento de várias mazelas dos bastidores.
Que o ambiente político em Moçambique parece uma encenação teatral, estava ficando cada vez mais óbvio. Já com o ressurgimento de figuras novas na corrida eleitoral o cenário começa a mudar de forma e dessa vez muitos que preferiam se abster pelo menos tem uma opção nova fora das tradicionais. Se não for mais um motivo para se frustrar.
Foi por esta foto abaixo onde chegamos a lembrar da citação do Lino Isabel Mucuebo TEBULO, colaborador residente da Verbalyzador. Onde foi se notar ausência de algumas figuras o qual não se esperava que fosse acontecer. Porém, aconteceu e directo ou indirectamente está se ressentindo um efeito inesperado.
Pois, a citação do Lino Isabel Mucuebo Tebulo, reflecte uma realidade desafiadora da política em Moçambique, que aparentemente, felizmente já não é tão despercebida nos olhos de muita gente interessada no futuro deste país. Onde a confiança da população aos seus líderes parece ser frágil e facilmente abalada.
Em poucas semanas ou meses, é comum que os dirigentes políticos consigam decepcionar os cidadãos, gerando um ciclo acelerado de expectativas elevadas seguidas de rápido desencanto. Que é o que vivênciamos no turbulento mês de Abril de 2024, onde alguns podem ter se esquecido. Mas os seus efeitos já são as consequências visíveis nessa época da campanha.
Alguns candidatos a qualquer posição estão a ser rejeitados e automaticamente estão perder o respeito do público que tinham.
Essa dinâmica volátil sugere que o ambiente político moçambicano é extremamente complexo na actualidade, com diversos obstáculos estruturais, econômicos e sociais que dificultam a actuação efectiva não só dos governantes, até mesmo os proponentes a vagas que requerem a aceitação do povo.
A incapacidade dos líderes em atender às demandas e anseios da sociedade alimenta um sentimento de cepticismo e descrença generalizada e contagiosa do povo, prejudicando a credibilidade do sistema político. Os rumores, por exemplo, do hábito de venda de votos ou compra de resultados eleitorais, estão a colocar algumas formações em apuros nesse processo de caça ao voto.
Trata-se, portanto, a génese de uma cultura política marcada por constantes frustrações e falta de estabilidade. As promessas e acções dos dirigentes e candidatos, tanto os antigos quanto os da primeira viagem, parecem não conseguir acompanhar as expectativas da população, que rapidamente se volta contra eles quando suas esperanças não são concretizadas.
Preferindo optar por aqueles, que apesar de rotulados como sensacionalistas, trazem consigo as aspirações de confiança a cargos executivos. Assim, alguns que em determinadas situações aceitaram a derrota por um processo aparentemente fraudulento, tem menos oportunidades em relação aos que optaram em não reconhecer a vitória nas autárquicas.
Por outro lado, a troca de pertença de uma formação política ou partido para outros, assim como os neutros apoiando a quem criticavam e alguns viés mostrando algum favoritismo a uns e criação de obstáculos aos outros em termos de tempo de antena, mesmo se alegando questões comerciais, as televisões e rádios, até classe artística terá de saborear algum tipo de frustração do povo.
Esse ciclo acelerado de esperança e decepção revela os desafios profundos enfrentados pela governança em Moçambique. Aliás, voltamos ainda a questionar onde pára o engajamento da juventude nesses momentos e quais projecções podem estar embrenhadas nos cidadãos mais atentos, quando as expectativas das opções políticas falham.
Independentemente das figuras, grupos e condutas, a nossa proposta reside no compromisso de pensar Moçambique como moçambicanos sem precisar de apoio externo. Ou melhor, há que procurarmos promover perfis que inspirem os reias interesses do povo, numa altura onde vimos que maior parte das cabeças a nos dirigir ou mostrar algum interesse ao poder, parecem ter missões contrárias à vontade popular e salvaguardam apenas interesses de um punhado de cidadãos, como si o povo moçambicano fosse propriedade dos tais.
Mas não dissemos, que Deus/Allah abençoe Moçambique, "também" e Outubro chegue no momento exacto, que pelo menos, o povo moçambicano tenha algum alinhamento acertado. Mesmo que haja indícios de planeamento de fraudes e outros tipos de esquemas que mancharão o processo das eleições.
Abraços forte a todos moçambicanos de Moçambique e de todas as corres e crenças. E independentemente de onde estiverem lutem para o progresso deste país!
Verídico eu trago na minha humilde opinião desejos fortes aos Moçambicanos, tomara que haja reversão posteriormente. É o que torcemos dia pois dia.
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