Observações sobre a Campanha Eleitoral em Moçambique

Um Apelo à Governação Responsável e Participação Cidadã

Depois de ver os actos do edil de Chimoio antes das autárquicas de Outubro de 2023, felizmente na Frelimo há figuras de destaque e exemplares. É nessa vertente que se propõe uma ideia radical: excluir os partidos governantes das campanhas eleitorais. Por quê? 

Para que a sua governação seja a verdadeira campanha pela reeleição. Só isso!

A ideia não vem do planeta Marte nem de outras galáxias, é de um cidadão moçambicano de gema, também. E diz ainda que: 

"se o governo for realmente eficaz, nenhuma promessa dos opositores convencerá o eleitorado."

A realidade actual sugere que, nos últimos nove anos, há parlamentares que podem ter falhado com o povo. Terão passado este tempo apenas adulando o líder, em vez de trabalhar efectivamente? Na Assembleia da República, o foco parecia estar mais em debates sobre a oposição e elogios ao chefe do que em acções concretas para o país.

Eis o resultado! 

É desconcertante ouvir membros do partido governante falando agora sobre mudanças, esperança e combate à corrupção e ao terrorismo. Enquanto tudo isso foi o fruto dos mesmos que hoje pedem votos. Como entender esta aparente "lavagem cerebral" de alguns 'compatriotas'? Parece inútil reflectir em torno disso, mas é crucial. 

Vale lembrar que alguns candidatos da foram escolhido em circunstâncias controversas, após se ter limitado o direito constitucional dos membros de se candidatarem à presidência. Chega-se à conclusão de que, se um dia apresentasse um candidato completamente inesperado, os mesmos adjectivos elogiosos que ouvimos hoje seriam usados sem hesitação.

Por outra... 

Se houvesse justiça na distribuição de recursos, o mérito deveria ir para artistas como MC Trufafa e MC Bandeira. Estes são os verdadeiros talentos desta campanha, superando as produções de alta qualidade feitas para o fim da campanha de qualquer partido. É questionável a postura de certos músicos famosos que, após serem apoiados pelo povo durante anos, fazem campanha para lados opostos. A neutralidade seria uma posição mais adequada para estes artistas de renome.

Agora, uma reação aos comentários pomposos sobre maturidade, moderação ou ponderação, respeito, expressão daquilo que o povo realmente precisa e necessita, vamos também atribuir aos candidatos que realmente mercem. Pois o argumento de que este ou aquele traz discursos incendiários, pejorativos, etc, deviam ser vistos como reflexos que algumas entidades e instituições criaram nas deliberações antes deste processo de campanha começar.

Cortesia - Recorte TV Sucesso das 6 às 9 - Roberto Lamba - em observação ao 11º dia da campanha eleitoral. 

Por fim... 

Diante desse cenário, é crucial reflectir também, sobre como os cidadãos moçambicanos podem se envolver mais activamente no processo político, além do simples acto de votar. A participação cidadã é fundamental para fortalecer a democracia e garantir que os interesses do povo sejam verdadeiramente representados.

Como? 

Os cidadãos podem, por exemplo, engajar-se em associações comunitárias, participar de debates públicos e fóruns de discussão sobre questões políticas e sociais. É importante que acompanhem de perto o trabalho dos seus representantes eleitos, cobrando transparência e prestação de contas. O uso consciente das redes sociais e plataformas digitais pode amplificar vozes e demandas populares.

Além disso, os moçambicanos podem se envolver em iniciativas de monitoramento eleitoral, garantindo a integridade do processo. A educação política entre pares, especialmente para os jovens, é outra forma de fortalecer a participação cidadã. Os cidadãos também podem considerar a filiação a partidos políticos ou movimentos sociais alinhados com suas visões, contribuindo activamente para a formulação de políticas e programas.

A sociedade civil organizada tem um papel crucial nesse processo, actuando como ponte entre o povo e as instituições governamentais. O apoio a ONGs e organizações de base comunitária pode fortalecer essa ligação vital.

Por fim de verdade, é essencial que os cidadãos mantenham uma postura crítica e vigilante, não apenas durante as campanhas eleitorais, mas ao longo de todo o ciclo político. Só assim poderemos construir um Moçambique mais justo, transparente e verdadeiramente democrático, onde a governação eficaz seja a melhor campanha que qualquer partido possa oferecer.

Mas contudo, VAMOS TRABALHAR sabendo que PODEMOS fazer dessa campanha uma festa útil para o futuro de Moçambique. E, por isso dissemos: Gostaríamos tanto de apoiar os camaradas, mas o esquecimento da Província do Niassa, Gaza... Termine caro leitor e eleitor... Nos fazem ver que VM7 tem razão.


Comentários