A Ascensão do Transporte Marítimo Clandestino no Mundo

Observe o quão somos (🇲🇿) propensos a uma rede mundial de criminosos no mar

A ascensão do transporte marítimo clandestino tornou-se um desafio significativo para a segurança marítima global e a segurança ambiental. 

De acordo com o Lloyd's List, essa prática envolve embarcações que desativam intencionalmente seus Sistemas de Identificação Automática (AIS) para evitar a detecção, muitas vezes associada à evasão de sanções, contrabando e actividades de pesca ilegal.

Tácticas de Evasão de Sanções

A evasão de sanções é um dos principais motivadores do transporte clandestino, com embarcações frequentemente transportando petróleo de países sancionados, como Irã, Rússia e Venezuela. Tácticas-chave incluem a realização de transferências de navio para navio (STS) em águas internacionais para disfarçar as origens e destinos da carga. 

A prática cresceu significativamente, com a Frontline estimando que 23% da frota global de petroleiros está agora envolvida ou suspeita de participar de transações sancionadas. Isso inclui 17% dos transportadores de petróleo bruto de grande porte, 21% dos navios suezmax e 28% dos aframaxes/tanqueiros Long Range 2. O aumento das actividades de transporte clandestino foi ainda mais impulsionado pela maior aplicação de sanções à Rússia e pelo aumento dos volumes de exportação de petróleo do Irã.

Riscos Ambientais e de Segurança

Embarcações mais antigas e mal mantidas frequentemente formam a espinha dorsal das frotas clandestinas, representando riscos ambientais e de segurança significativos. Esses navios frequentemente carecem de cobertura de seguro adequada e navegam sob bandeiras de conveniência, aumentando o risco de acidentes, derramamentos de petróleo e poluição marinha. A recente explosão do petroleiro Pablo, construído em 1997, em águas da Malásia, destacou esses perigos, já que não havia seguro para cobrir os danos potenciais ou os custos de remoção dos destroços. 

Transferências arriscadas de navio para navio (STS) realizadas em alto-mar aumentam ainda mais a probabilidade de incidentes. A falta de supervisão e manutenção adequadas gera preocupações sobre possíveis eventos catastróficos, ameaçando ecossistemas marinhos, comunidades costeiras e a segurança geral das operações marítimas.

Desafios Regulatórios e Econômicos

Os marcos regulatórios enfrentam dificuldades para lidar efectivamente com o transporte clandestino devido a limitações jurisdicionais e ao princípio da liberdade de navegação em alto-mar. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS) e os regulamentos da Organização Marítima Internacional (IMO) enfrentam desafios de aplicação, especialmente em águas internacionais. 

Economicamente, o transporte clandestino prejudica os mercados legítimos ao permitir que mercadorias sancionadas entrem nas cadeias de suprimento globais, distorcendo preços e dinâmicas de mercado. A prática também apresenta preocupações significativas de segurança, facilitando o movimento de mercadorias potencialmente perigosas e possibilitando actividades ilegais, como tráfico de seres humanos e de drogas.

Esforços para Combater o Transporte Clandestino

Combater o transporte clandestino requer uma abordagem multifacetada que envolve tecnologias avançadas e cooperação internacional. Sistemas de rastreamento de espectro de rádio e inteligência espacial estão sendo desenvolvidos para detectar embarcações que tentam evadir métodos tradicionais de monitoramento. 

Algumas regiões implementaram regulamentações mais rígidas sobre transferências de navio para navio e aumentaram o escrutínio de embarcações suspeitas. No entanto, a aplicação continua sendo um desafio, exigindo maior colaboração entre nações para compartilhar inteligência e recursos para a interceptação eficaz de operações marítimas ilícitas.

Só reflectindo Especialmente para Moçambique

Se algum país no mundo não fosse chamado por Moçambique e tivesse mantido actualizada a tecnologia de Vigilância Marítima, bem como implantado mais meios ao longo da sua costa, alocado a Marinha de Guerra de Moçambique e a Polícia Lacustre e Fluvial com as demais instituições ao longo da consta com navios militares nacionais projectados até pelo menos a 50 milhas náuticas, então os moçambicanos não seriam tão generosos a estes navios. Por enquanto "façam de conta" que não acontece isso na nossa costa!

Original source: Perplexity


Comentários