Haja Respeito aos Mortos e Desenvolvimento Sustentável - Um Caminho para o Progresso

Será que os restos mortais são mais valiosos que os proprietários em vida? 

Recentemente, um incidente alarmante na província do Niassa chamou a atenção para uma prática perturbadora: o desenterro de restos mortais humanos. Este acto não só viola as leis, mas também transgride profundamente os valores éticos, morais e culturais que sustentam nossa sociedade. 

É imperativo que abordemos este problema de frente, não apenas condenando tais acções, mas também explorando as raízes socioeconômicas que podem levar indivíduos a cometer actos tão desesperados.

A Sacralidade da Vida e da Morte

Em quase todas as culturas, o respeito pelos mortos é um princípio fundamental. Este respeito não se baseia apenas em crenças religiosas ou superstições, mas na compreensão profunda do valor da vida humana e da dignidade que deve ser mantida mesmo após a morte. 

Perturbar o descanso dos falecidos não é apenas uma violação legal, mas uma afronta à nossa própria humanidade. Aliás, se em vida alguém não pude ser útil, não foi rico, não foi "valioso", serão os seus restos mortais valiosos assim? Superisticiosamente talvez faça parte de um dos ingredientes para tal tratamentos de enriquecimento. 

As Raízes da Superstição e da Pobreza

É crucial entender que práticas como o desenterro de ossadas, especialmente de albinos, para fins de "enriquecimento" através de rituais, são sintomas de problemas mais profundos em nossa sociedade. Tal como ouvimos nos tempos anteriores. 

Mas também a pobreza extrema, a falta de educação e o desespero podem levar as pessoas a acreditar em soluções rápidas e ilusórias para seus problemas. Sem querermos defender essa prática repugnante e contra moralidade da nossa sociedade. Há que se observar outras formas moderadas de enriquecer. 

Alternativas para o Desenvolvimento Sustentável

Nossas comunidades rurais, especialmente em províncias como Niassa, Zambezia e Tete, possuem um potencial imenso para o desenvolvimento sustentável. Em vez de recorrer a práticas nocivas e ilegais, devemos focar em:

1. Agricultura Sustentável - Aproveitar a fertilidade das terras para desenvolver práticas agrícolas modernas e eficientes.

2. Educação e Capacitação - Investir em escolas e programas concretos abrangentes e inclusivos de treinamento que equipem os jovens com habilidades relevantes para o mercado de trabalho.

3. Micro empreendedorismo - Fomentar pequenos negócios locais que aproveitem os recursos naturais de forma responsável. Pese embora haver relatos também que o governo beneficia mais aos estrangeiros que os nativos.

4. Infraestrutura - Melhorar estradas e outras formas e vias de comunicações para facilitar o acesso a mercados e serviços essenciais.

5. Preservação Cultural - Valorizar e promover as tradições locais de maneira que complementem o desenvolvimento econômico.

O Papel da Comunidade e das Autoridades

Numa reflexão produnda e com base nos preceitos popularmente conhecidos, podemos aferir que a responsabilidade para contornar esses casos e similares éde todos nós como parte da comunidade onde isso ocorre e as demais regiões - líderes comunitários, autoridades governamentais e cidadãos - trabalharmos juntos para:

- Educar sobre os perigos e a imoralidade de práticas como o desenterro de ossadas.

- Implementar e fazer cumprir leis que protejam os direitos humanos, incluindo o respeito pelos falecidos.

- Criar oportunidades econômicas que ofereçam alternativas reais à pobreza e ao desespero.

Conclusão

Prontos, como vimos, o caminho para o progresso e a prosperidade não passa pela violação de princípios éticos fundamentais. Pelo contrário, é através do respeito mútuo, do trabalho árduo e do desenvolvimento sustentável que podemos construir um futuro melhor para todos. Que o incidente em Niassa sirva não apenas como um alerta, mas como um catalisador para mudanças positivas em nossas comunidades. Bem como que as promessas nas campanhas eleitorais em cursos tenham alguma materialização possível e viável. Talvez assim reduzam ou eliminem esses vieses de enriquecimento fácil ou rápido.



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