Uma Visão Holística e Empática sobre a Jornada do Povo Moçambicano

Além das Sombras e Pódios nas Campanhas, de Baixo Lê-se um Povo Moçambicano que Tece sua Tapeçaria de Esperança

Entre ritmos e sons, promessas e danças - o teatro é toda orquestra e encenação que só se vê em ocasiões como a campanha eleitoral, onde uns ironizam que ao invés de ver alguns candidatos na barra da justiça e nas cadeias, pelo contrário, são as caras que figuram cartazes e estão atrás dos votos e aceitação. 

É nesse ambiente confuso que também podemos ver um povo moçambicano ao vivo ou nas telas e jornais, com uma rica tapeçaria de culturas, tradições e histórias que reflectem a diversidade e complexidade deste país do sudeste africano. Infelizmente, por limitações financeiras não podemos trazer artigos como estes em vídeos e áudios. 

Moçambique, com uma população de aproximadamente entre 31 a 33 milhões de habitantes, é um mosaico de mais de 40 grupos étnicos, cada um com suas próprias línguas, costumes e práticas culturais. Essa população perfaz um povo que dorme sobre uma enorme riqueza, mas infelizmente é conduzido por pouca ou nenhuma inteligência possível de usar racionalmente o que possui por baixo dos seus pés.

Entre a pacificidade e a vaga esperança de um futuro melhor e próspero através dos endossos plasmados nos manifestos, ainda que orais e sem indícios de serem viáveis e concretizáveis, esse povo aguarda serenamente por salvadores além da sua própria confiança e fé nas suas mãos, traduzidas em mudanças de mentalidade. O que se pode confundir com um ser de fácil submissão. 

Demografia e Línguas

Os grupos étnicos mais numerosos incluem os Makhuwa, Tsonga, Lomwe, Sena e Shona. Embora o português seja a língua oficial, usada na educação e administração, é falado como primeira língua por apenas cerca de 50% da população. Que também mal percebe e mal pode formular argumentos úteis nas negociações entre eles e o além. 

As línguas bantu são amplamente faladas, com o Makhuwa, Sena e Swahili sendo algumas das mais proeminentes. O que às vezes suicita para alguns entusiastas sugerir uma abordagem ousada em escolher uma delas para ser um mosaico oficial ensinado nas escolas de modo a ser alternativa do português. O que assusta aos que ostentam o poder político. 

História e Influências Culturais

A história do povo moçambicano é marcada por diversas influências. Os povos bantu foram os primeiros a se estabelecer na região, seguidos por comerciantes árabes e persas que trouxeram o Islã para a costa. 

A colonização portuguesa, iniciada no século XV, deixou marcas profundas na cultura, língua e religião. A luta pela independência, alcançada em 1975, e a subsequente guerra civil moldaram significativamente a identidade nacional moderna.

Subtilmente, acredita-se que, com o advento das redes sociais e a proliferação das caixas a cores (televisão), há uma massiva busca e tentiva "frustrada" em redifinir as narrativas e despertar a consciência de rever a identidade antes colonial e da invasão árabe, promovida por académicos, artistas e jovens nas plataformas digitais. 

Desejo que falha e encontra entraves significativos através de vários factores alheios a vontade do povo. Pois, algumas traumas da luta entre várias guerras passadas e desafios pós elas, estão enraizadas nesse povo. Assim trocam a autodeterminação em se firmar como autênticos pelas suas tradições e culturas, abrindo a mão à aceitação de outras numa tentativa de procurar aceitação e integração no mundo. 

Religião e Crenças

O povo moçambicano é diverso em suas crenças religiosas. O cristianismo (principalmente católico) e o Islã são as religiões mais praticadas, mas as crenças tradicionais africanas ainda desempenham um papel importante na vida cotidiana de muitos.

Frequentemente, há uma mistura sincrética dessas crenças. Vericando-se esquinas e a construção de vários templos onde marcam a presença de novas igrejas e denominações diversificadas caracterizadas como protestantes. O qual arrastam algumas massas significativas em busca da prosperidade espontânea. 

É comum entre indivíduos de todas etnias conferir que vivem a mistura das religiões e crenças importadas juntamente com as práticas tradicionais. Bem como alguns dos seus líderes em casas de cultos, aparentam apresentar alguma devoção supersticiosa propelada em realizações de milagres. 

O que é incrível no povo moçambicano, é pouca autocrítica e ausência do pensamento crítico sobre aspectos ligados à religião e crença. Optando apenas pela obediência e submissão, na expectativa de ser recompensado de não beijada pela posição de vítima.

Uma característica que tornou uma oportunidade de manifestação espiritual para conversão em tesouros, não apenas para os líderes religiosos, mas também dos políticos e comerciantes até traficantes, que têm o seio desse povo como o alvo predileto para suas acções.

Artes e Cultura

A expressão artística moçambicana é vibrante e diversificada. A música tradicional, como o timbila (reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial), e danças como a makwaela são parte integral da cultura. Mas em cada localidade ou zona há também outras predominâncias rítmicas que caracterizam. 

As artes visuais, incluindo esculturas Makonde e pinturas contemporâneas, são reconhecidas internacionalmente. Apesar de também o povo moçambicano ser receptivo aos outros géneros de artes e culturas forasteiras no seu quotidiano, seguindo as tendências actuais.

Apesar de pouca gente no seu seio lendo, há manifestações literárias pairando, além dos clássicos movidos pela libertação colonial, os actuais, dos mais destacados e estudados no estrangeiro como a Paulina Chiziane e Mia Couto, são sangue nato de orgulho para o povo moçambicano. Apesar de várias categorias merecem censura por possuir algum harém de despertar a consciência dos moçambicanos à acção colectiva. 

Culinária

A cozinha moçambicana reflecte sua localização costeira e influências culturais diversas. Pratos à base de peixe e frutos do mar são comuns, assim como o uso de mandioca, milho e amendoim. O prato nacional, chamado xima (uma massa de farinha de milho), é frequentemente servido com molhos e carnes, se não acompanhados de verduras - mathapas. 

As bebidas, ainda que de produção local e industrial, outras com teor tradicional e espiritual, são produtos de inspiração do povo moçambicano o qual são reservadas a ocasiões especiais e às vezes como cartão de visita antes ou depois das refeições. 

Há muito sobre a natureza que esse povo sabe e ensina para consumir, mesmo em casos de sobrevivência, desafio a desnutrição crónica que é politizada enquanto podia ter um terreno fértil para a minimização da fome, pelo menos.

Desafios Socioeconômicos

Apesar de seu rico patrimônio cultural, o povo moçambicano enfrenta desafios significativos. A pobreza ainda é generalizada, especialmente nas áreas rurais. O acesso à educação, saúde e infraestrutura básica continua sendo um desafio para muitos.
Às vezes sabesse lá se tem noção que está sofrer, porque os índices não são animadores como parecem as festas e os ambientes da abundante poluição sonora. 
Falta de acções concretas previstas nas políticas sobre a diversificação da economia, por parte das lideranças a todos níveis, deixa na penumbra o povo em explorar os recursos para o seu benefício. Facto que especula indignações sobre o favorestismo aos estrangeiros em relação aos nativos que encontram dificuldades sérias na exploração, sobre tudo dos minérios.

E é nesse quisto sócio-político-económico que por vezes o povo moçambicano se sente com pouca sorte de ter tido também pouca liderança visionária na sua frente para guiar os reais anseios e concretizar o desejo de bem-estar social nacional. 

Resiliência e Esperança

Uma característica notável do povo moçambicano para contornar às dificuldades impostas e as decorrentes da incapacidade das lideranças locais e nacionais, é sua resiliência. Porque mesmo após décadas de conflito e desafios econômicos, há um optimismo palpável e um desejo de progresso.

Isso se reflecte no rápido crescimento econômico do país nas últimas décadas, impulsionado por recursos naturais e turismo, segundo os informes. Porém, a apreciação global contrasta as tais realizações declaradas, mantendo o território ocupado por esse povo em 5º (quinto) lugar nos 10 mais pobres do mundo.

Tradições e Vida Familiar

As estruturas familiares tradicionais ainda são importantes, com famílias extensas comuns, especialmente nas áreas rurais. O respeito pelos idosos e a importância da comunidade são valores fundamentais e felizmente são ainda preservados. 

Rituais de passagem, casamentos e funerais são ocasiões de grande significado cultural e social. Ocasiões de grandes reencontros e às vezes de reconciliação. Infelizmente, tem também ocasionado discórdias e conflitos.

Sendo oportuno ou não, importa também referir que é um povo altamente hospitaleiro que sempre procurou mostrar o reflexo espontâneo de beatitude, talvez seja por isso que também é visto como fraco. Isso só porque gosta de paz e harmonia com todos, tradicionalmente.

Desafios Ambientais

O importante é que o povo moçambicano está cada vez mais consciente dos desafios ambientais que enfrenta. As mudanças climáticas, o desmatamento e a gestão de recursos naturais são questões prementes, especialmente para as comunidades costeiras e rurais.

Para fechar, o povo moçambicano é caracterizado por sua diversidade, resiliência e rico patrimônio cultural. Apesar dos desafios, há um espírito de optimismo e um desejo de preservar as tradições enquanto se abraça o progresso. A identidade moçambicana continua a evoluir, moldada por sua história complexa e pelas aspirações de seu povo para o futuro.

Queira-se ou não, só ou mal acompanhado, o povo moçambicano é parte deste universo e tem demonstrado a sua relevância no progresso universal e reivindica também o seu legado roubado ou alienado pelas circunstâncias da globalização.

O panorama em aglomerados, mostra que esse povo está sedento de algo que queira conquistar, mas sem no entanto algum sacrifício como o derramamento de sangue e queda de vidas. Porém, o que lhe falta são líderes alinhados às suas aspirações, para de forma abrupta catapultar desejo de sair nos 10 mais pobres do mundo.

Algures na Província de Tete, Distrito de Moatize, onde chegaram rumores da procura do cobre pelos chineses e tailandeses.

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