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Bases Sólidas: algo abstrato ou concreto

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Nesta, me baseio na pergunta feita pela CDD (Centro para Democracia e Direitos Humanos) na edição de 29 de Dezembro de 2023, para participar no debate, como um cidadão activo o qual se preocupa com este belo e rico país, porém pobre e conturbado por vários motivos. Na pergunta que pretendia saber o seguinte: "Moçambique criou bases sólidas para crescer nos anos que se seguem como um país competitivo, sustentável e inclusivo"? Sendo moçambicano quem acompanha o país no dia-a-dia como verdadeiro patriota, o qual não tem outra opção nem condições de abandonar este país, diria que, basicamente, talvez. Pois, i nfelizmente, tenho uma visão movida pelo pensamento crítico, diferente do resto dos cidadãos e isso me permite ter uma visão completa da situação econômica e política actual de Moçambique.  Porém, para fazer uma avaliação precisa, claro, precisaria acumular várias especialidades e não basear-se nas especulações econometricas dos que iludem a nossa liderança em dados

Recursos e o seu uso racional

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Uma perspectiva para o contexto atual de Moçambique: Recursos e o seu uso racional.  Muitas vezes em Moçambique, as pessoas têm acesso a recursos limitados, seja em termos de educação, saúde, oportunidades de emprego ou capital para iniciar um negócio.  No entanto, ter esses recursos não é suficiente se as pessoas não souberem como usá-los da melhor maneira. E como isso se manifesta em diferentes estratos nas comunidade moçambicanas?  Por exemplo, o governo pode investir em mais escolas e professores nas áreas rurais, mas se os professores não forem bem treinados e ter o entusiasmo, a paixão e envolvimento positivo na tarefa de lecionar ou se o currículo não for relevante, a educação não terá muito impacto.  Da mesma forma, pode haver clínicas de saúde disponíveis, mas se a população não souber quando procurar atendimento médico ou como seguir as recomendações dos profissionais de saúde, seu estado de saúde não melhorará.  Já individualmente, as pessoas podem receber microcrédit

LEÃO DE NACALA (traduzido) Sobre a exportação do Feijão Bóer

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 "LEÃO DE NACALA", _MOÇAMBIQUE_  Meu nome é Jignesh Bhansali e sou jornalista investigativo baseado em Mumbai. Ao longo do último ano, tenho observado uma história a evoluir entre Moçambique e a Índia. No início, tratava-se de soja geneticamente modificada que a Índia proibiu; e depois sobre os rumores de apreensões de colheitas de feijão bóer em Moçambique em 2022, segundo as quais as libertações só aconteciam com grandes somas de pagamento para contas bancárias offshore. Ao aprofundar, encontrei todas as investigações que conduziam a um grupo chamado Royal Plastic, com sede na cidade portuária de Nacala. O grupo é liderado pelo seu presidente Hasnain Mamadetaki. Tentei durante vários meses contactar o Sr. Hasnain para uma entrevista, mas não tive sucesso. A partir de 15 de Dezembro de 2023, a única pessoa a quem foi concedida permissão para exportar feijão bóer de Moçambique foi a Royal Plastics e os seus parceiros. Exportadores como o Export Trading Group (ETC), nor

Se não podemos ter vergonha ao menos respeitemos o povo

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Por Lino I. M. Tebulo Já era bastante tarde quando recebi o pedido de deixar ficar a minha opinião sobre essa declaração, do ministro. A minha primeira impressão a esse pronunciamento do mistério quando diz ser "de um partido que não tolera fraudes" foi a seguinte: Certamente não tolera, pois são quem a praticam e por outro turno não admitem que os concorrentes ousem usar os mesmo malabarismos que eles fazem; O outro pensamento foi de que ninguém se importa com a "verdade" em Moçambique, mas sim a satisfação da "vontade" dos que tudo podem por mais que ceife vidas da população. Por isso não há vergonha em dizer o contrário do que se vê ou aconteceu; Assim, dentre outros factos inadmissíveis noutros cantos do mundo, Moçambique prova que as vontades dos partidos políticos pesam mais do que as necessidades das soluções para problemas básicos, que humamente devem ser supridos no seio do povo ou dos moçambicanos.  Fora disso, estaria na situação de ter v

Um dos países no mundo onde o crime compensa: Moçambique

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Moçambique é um dos países no mundo onde o crime compensa, por seguintes razões...  Por: Lino Mucuebo ( linoisabelmucuebo@gmail.com ) As manchetes deste ano parecem esgotar o conjunto de problemas que este país já teve. Até que há quem ousa, em jeito humorístico, declarar que mesmo os que sofreram na era colonial ou antes da independência nacional, nunca viram algo do género.  Pois, de acordo com o Índice de Percepção de Corrupção de 2022, Moçambique ocupa a posição 150 entre 180 países, com uma pontuação de 24/100 em termos de percepção de corrupção no sector público. Enquanto o povo de forma isolada, individual e honesta tenta, no verdadeiro sentido, derradeiramente lutar contra a pobreza absoluta que afecta 46,1% da população, o governo e seus parceiros promovem uma cultura de impunidade e privilégio que perpetua as desigualdades. Afincadamente, sectores do governo travam uma guerra contra esforços individuais e colectivos de combate à pobreza que ameacem seus interesses, anu

Um dos maiores problemas da sociedade actual: IGNORÂNCIA ou a INDIFERENÇA?

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A IGNORÂNCIA ou a INDIFERENÇA Fazendo jus sobre este ponto, podemos nos dar conta que a ignorância e a indiferença são de facto grandes problemas subjacentes afetando muitas comunidades hoje em dia. A ignorância em relação a questões sociais, científicas ou éticas complexas, resulta em pessoas tomando decisões ou apoiando políticas que podem ter consequências negativas imprevistas. Combater isso com educação, pensamento crítico e maior exposição a perspectivas diversas é chave. Similarmente, a indiferença ou apatia em relação aos problemas ou sofrimentos dos outros, permite que injustiças e desigualdades continuem sem serem adequadamente abordadas. Construir maior empatia e compaixão pelas realidades e lutas enfrentadas pelos grupos menos privilegiados pode motivar as pessoas à acção compassiva. Estariamos absolutamente certos, ao concordar que a ignorância e a indiferença criam o terreno fértil, no qual muitos dos maiores problemas das sociedades modernas crescem e persiste

Moçambicano é um ser alienado e não pacífico.

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Moçambicano é um ser alienado e não pacífico. Por: Lino Mucuebo (linoisabelmucuebo@gmail.com)  Um convite à lucidez Os factos sobre a reflexão que dá conta que o povo moçambicano é alienado, vem desde as observações quotidianas avaliadas pelo comportamento geral e individual dos cidadãos de Moçambique, face à reacção sobre vários aspectos que deveriam ser de preocupação colectiva e até levantar sérias indignações, com tendências para revolta ou outro tipo de manifestação. Facto que resulta pela condição humana de um povo, que se dá por conformado e desleixa qualquer tentativa para contornar a situação. Vulgarmente, atribui-se a este fenómeno colectivo como sendo passividade ou um povo pacífico de mais e tolerante a tudo que é sujeito.  Algo que incomodaria qualquer ser que tenha alguma consciência sobre a realidade em detrimento de agir para mudar, prefere manter-se apático e indiferente ao seu sofrimento, bem como aos demais e das futuras gerações. Ser pacífico residiria em opt