Despertando as Mentes: Um Apelo à Razão e ao Pensamento Crítico para Moçambique, 2024

Abandonem as vossas igrejas e crenças, comecem com trabalho árduo, reflexões profundas e cultivar o pensamento crítico se quiserem resgatar Moçambique.

Moçambique, um país rico em história e diversidade cultural, enfrenta desafios profundos que exigem uma abordagem ousada e transformadora. Por muito tempo, nos agarramos a tradições e crenças que, embora tenham sido importantes na vida social, também são importadas para fins aliados a burlas ou extorsão pacífica no passado tanto no presente. Agora se tornaram grilhões que nos impedem de avançar.

Tantos cultos de prosperidade que até à família, à base da estrutura social e comunitária, só é usada para fins burocráticos que legítimam questões secundárias se o governo ou o Estado tiver interesses em relação aos indivíduos. Às vezes, simplesmente descartadas na formação dos homens, apesar de ser fundamental na formação destes até na transmissão e preservação dos valores que seriam a base do nosso desenvolvimento económico, intelectual, etc. 

Não é sobre Moçambique de ontem que era melhor, é sobre o amanhã no meio desses túmultos do primeiro trimestre de 2024, é sobre o agora como a hora de abandonarmos as nossas igrejas e crenças cegas, pois elas nos mantêm presos em um ciclo de ignorância e estagnação. Não estamos dizendo que devemos descartar completamente nossas raízes culturais, mas sim que precisamos filtrar essas tradições através da lente do pensamento crítico e da razão, mantendo a nossa identidade genuína e autêntica que nos caracterize como moçambicanos e africanos. 

O trabalho árduo e as reflexões profundas são os verdadeiros caminhos para o progresso. Devemos cultivar uma mentalidade questionadora, desafiando constantemente as narrativas estabelecidas e buscando respostas baseadas em evidências, não em dogmas. Só assim poderemos construir uma sociedade verdadeiramente justa, próspera e inclusiva.

Olhem ao nosso redor: a pobreza, a desigualdade e a corrupção assolam nossa nação. Esses males não serão erradicados pela fé cega, mas sim pelo conhecimento, pela educação e pelo empoderamento dos cidadãos. Precisamos investir em nossas escolas, universidades e centros de pesquisa, criando um ambiente fértil para o florescimento do pensamento crítico.

Pois os investimentos e esforços que empreendemos para as igrejas e outros centros de cultos, seriam mais úteis se os edifícios servissem de abrigo aos mendigos e alimentassem os esfomeados que não sabem por onde sobreviver. Aliás, esse seria o bom destino dos dízimos e outras colheitas de somas e bens oferecidos ao propósito de manifestação de fé ao qualquer divindade. 

Moçambique tem um potencial imenso, mas para desbloqueá-lo, devemos abraçar a razão e a ciência. Devemos confiar em nossas próprias capacidades intelectuais e nos livrarmos das amarras das crenças limitantes. Só assim poderemos construir um futuro brilhante para nós e para as gerações vindouras.

Não é uma tarefa fácil, mas é um caminho necessário. Juntos, podemos resgatar Moçambique do atraso e da estagnação, transformando-o em um farol de progresso e prosperidade na África e no mundo. A jornada começa agora, com cada um de nós despertando nossa mente e abraçando o poder transformador do pensamento crítico.

Por: Paulino Intepo



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