O colapso silencioso: Quando as instituições falham, a sociedade sofre
Até quando vamos acordar para a realidade?
Há um vídeo que não parece chocante, nos olhos dos moçambicanos, que circulou e circula nas redes sociais, mostrando um veículo em chamas diante das instalações dos bombeiros na cidade da Beira, em Sofala:
É apenas mais um exemplo gritante do impacto negativo causado pelo mau funcionamento das instituições do Estado moçambicano.
Como dissemos, não é grave aos olhos dos camaradas nem suscita vergonha, mas a cena surreal de um incêndio acidental, não tão descontrolado, apenas expõe o quanto os bombeiros aparentemente não dispunham de recursos adequados para combatê-lo. É só um símbolo perturbador da falência institucional que assola o país, nos olhos de quem sabe ver e ler o cenário.
Infelizmente, este incidente não é um caso isolado, podemos amanhecer a mencionar tantos outros. Este nos despertou a gravidade escondida de um problema que merece mais atenção, tal como tantos outros.
O mau funcionamento das instituições públicas em Moçambique é um problema crônico que permeia diversos setores, desde a educação e saúde até a segurança e infraestrutura.
Quando as instituições responsáveis por proteger e servir os cidadãos falham em suas funções básicas, é a sociedade como um todo que sofre as consequências. Lamentamos como não podemos fazer vídeos e áudios para fazer entender aos demais quão mau é: não ter instituições existentes para responder e satisfazer a intenção da sua existência.
Os factores são bem antigos e conhecidos
A falta de investimentos, má gestão de recursos, corrupção endêmica e a ausência de responsabilização, são alguns dos factores que contribuem para o colapso dessas instituições essenciais.
Consequentemente, os moçambicanos são privados de serviços públicos básicos, como segurança altura, saúde de qualidade e infraestrutura adequada, comprometendo seu bem-estar e desenvolvimento.
É hora de reconhecer que esse ciclo vicioso de falhas institucionais não pode continuar. Os moçambicanos merecem instituições fortes, eficientes e comprometidas com o interesse público. Porém é necessário um esforço colectivo para exigir reformas profundas, transparência e responsabilização dos líderes e funcionários públicos.
Opinião Pessoal
Meus compatriotas moçambicanos, chega de aceitar o inaceitável. Levantemo-nos e exijamos mudanças reais. Façamos nossa voz ser ouvida, pressionando por melhorias nas instituições que deveriam nos servir. Antes que seja necessário carregarmos tantos burros para não explodirem o campo minado.
Só assim poderemos construir um país onde a dignidade e o bem-estar de todos sejam priorizados. Juntos, podemos quebrar esse ciclo de falhas institucionais e construir um futuro mais promissor para Moçambique.
Aliás, as situações calamitosas não seriam um pesadelo para o povo e oportunidades para os dirigentes. Se superarmos o desafio de ter instituições que funcionem como deve ser.
Mera sugestões
É de ciência comum que com engajamento cívico, fiscalização da sociedade e cobrança por melhorias, é possível reverter esse cenário e reconstruir instituições moçambicanas fortes a serviço do povo.
Pois, instituições públicas sólidas e eficientes são a base para um país se desenvolver de forma saudável e equitativa. Quando elas falham, prejudicam a prestação de serviços essenciais, minam a confiança da população e abrem espaço para más práticas como a corrupção.
O Verbalyzador® 2024
Boa observação compatriota
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