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CHINA BANE DRAMAS DE CEOs RICOS

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Lição para África ou Ilusão de Controlos Cultural?  A China apertou a regulação sobre micro-dramas que romantizam relações entre CEOs milionários e mulheres pobres. O objectivo oficial é conter o materialismo, a hipergamia e as expectativas irreais criadas entre jovens, sobretudo raparigas, que passam a ver o casamento com um homem rico como via principal de ascensão social. Estas narrativas — populares também nos K-dramas — difundem a figura do “homem poderoso que salva a mulher humilde”, um enredo sedutor, mas profundamente enganador. Para Pequim, trata-se de uma ameaça ideológica aos valores de esforço individual, ambição profissional e independência económica. África: o mesmo sonho, outras raízes Em África, o fenómeno não é novo. Novelas brasileiras, mexicanas e turcas moldaram durante décadas imaginários românticos em países como Moçambique , Angola e Nigéria. Hoje, os K-dramas ocupam esse espaço, amplificados por plataformas digitais . O problema é que estas histórias r...

Do pequeno torce o pepino: O Estágio actual da censura em Moçambique 🇲🇿

Uma Reflexão sobre Censura e Liberdade de Expressão em Moçambique

Há um vídeo que circula nas redes sociais, mostrando crianças em uma escola inundada, pedindo ajuda ao Presidente Nyusi. O vídeo, que retiramos como estrato para a capa desta publicação, destacou uma situação preocupante, em nós e aos mais atentos.

Pois, enquanto a maioria das crianças clamava por assistência, uma delas insistia em dizer que o Presidente não iria ajudá-las, sendo repudiada e até proibida de participar da filmagem. Por ironia, tinha uma camisola azul (risos). Esse episódio suscita uma reflexão profunda sobre a censura e a liberdade de expressão em Moçambique.

Embora a reação das outras crianças possa ser compreensível, dado o desespero da situação, silenciar uma voz dissidente é um gesto perigoso. A liberdade de expressão é um pilar fundamental de uma sociedade democrática e saudável. 

Quando vozes são suprimidas, abrem-se precedentes para que a censura se torne norma, e isso pode levar a um caminho sombrio de repressão e violação dos direitos humanos.

É crucial lembrar que a censura raramente se limita a um único caso isolado. Ela tende a se espalhar como uma mancha de óleo, sufocando gradualmente a diversidade de opiniões e perspectivas. 

Uma sociedade que não permite o dissenso e o debate aberto corre o risco de se tornar estagnada e incapaz de enfrentar desafios complexos.

Além disso, a censura frequentemente é um sintoma de problemas mais profundos. Quando uma voz é silenciada, geralmente é porque ela toca em feridas abertas ou questões incômodas que aqueles no poder preferem evitar. 

Em vez de censurar, seria mais saudável para a sociedade moçambicana enfrentar essas questões de forma aberta e honesta, buscando soluções construtivas através do diálogo e do engajamento cívico.

É claro que a liberdade de expressão não é absoluta e deve ser equilibrada com outras preocupações legítimas, como a segurança pública e a proteção contra discursos de ódio. 

No entanto, essa ponderação deve ser feita com extremo cuidado e transparência, para evitar que a censura se torne uma ferramenta de opressão política.

Em última análise, o episódio das crianças na escola inundada é um lembrete poderoso de que a liberdade de expressão é um direito fundamental que deve ser protegido e valorizado em Moçambique. Que por ventura se o custo da Internet for alto, manifestações como estas, podem não ter repercussões. 

Ao abraçar a diversidade de vozes e perspectivas, em vez de as sufocar, o país estará construindo uma sociedade mais forte, resiliente e capaz de enfrentar os desafios do futuro. Por conseguinte é importante que desde a tenra idade, as crianças sejam ensinadas a ter e assumir uma cultura de pensamento crítico.

Por: Evaristo Pereira dos Santos!

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