E agora no Maputo: O que fará o Campeão?

Profetas, INGD e Banca de Seguros, brilhem e humilhem essas intempéries.

Cheia, algures em Boane. M. Mucopote

Por: Crontch Briston

Terminou a semana passada com muitos factos por apontar, tanto positivos quanto negativos. Mas quem se importa com factos neste país? Nós somos mais para reclamações e atirar a culpa aos outros, nunca em nós mesmos. Aliás, excepto à Deus; aos sul-africanos; aos norte-americanos, suas corporações e aos seus aliados os nossos velhos colonos, a estes venerarremos sempre. Como santos apesar… 

Devido às mudanças climáticas que mal não foram efectivamente previstas ou ignoradas, que vieram como punição é como se fosse azar demais, as situações de emergência que acontecem neste país. Mas devíamos julgar como a prova das nossas teorias. Cheias no Maputo, antes mesmo de termos dado por terminado a vergonha da federação de futebol junto da secretaria do Estado nessa área e as mentiras ou bajulanços descabidos de propriedade ao indivinizado ou enDeusado génio, o PR. 

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Bênção ou maldição

Será que seria a resposta à medida da existência exagerada dos falsos profetas no Maputo, ou não tardaria a resposta sobre atribuição sagrada indevida nem merecida que o partido no poder faz ao seu actual comandante? Duas figuras públicas que me remeto, um PR e uma atleta de boxe: uma é realmente o que se diz ser no verdadeiro sentido do termo campeão. Outra só os meus ilustres camaradas sabem como intelectualmente sem vergonha encaixam na figura do PR. 

Alcinda Panguana, orgulho nacional - parabéns. Porém o gestor da federação na área onde está, mancha o resto dos atributos pelo que à quem representa governamentalmente. Doutro lado temos o aniversariante do mês dos namorados, que a sua festa mesmo com recalques e esforços de elogios na comunicação social e parabéns entoando publicamente em francês, não foi possível bater o evento dos 80 anos do ex-PR. 

Pois as enchuradas no Maputo ofuscaram a vinda do gestor suíço para credibilizar o nosso Campeão em gestão de desastres naturais. Não só, muitos e tantos outros distritos do norte e centro do país já estão nessa situação, passam semanas. Vivem assoladas das intempéries e isoladas doutras sedes e regiões do país por via rodoviária. As falsas estradas, aliaram-se aos falsos profetas e falsos atributos do título de campeão ao PR, juntamente com falsas acusações aos mambas seniores e aos falsos feitos que precisamos de forçarmo-nos para ver ou sentir, se não entender ou fazer de conta que entendemos que há avanços. 

Agora a situação no Maputo é desastrosa mesmo. Primeiro ataque sul-africano, que foi de menos e a ministra do Interior foi pedir desculpas ao invés de exigir alguma postura aos nossos cunhados. Ao invés do PR ir falar do DDR em Cabo Delegado, devia estar à par das enchuradas no Maputo, já que a área de desastres naturais é sua área e competência devida. Realmente sinto muito pelos turcos e sírios, não pelo que aos moçambicanos estou sóbrio ou insensível. Mas pelas quantidades do número das vítimas. E mesmo assim o Campeão da gestão não está com eles.

Há cheias no Brasil, deslizamento de terra no Peru, questões propositadas na Europa que podem abrir a terceira guerra mundial, "se o Biden se destrair" e ouvirem mais o Zelensky, crise de energia na vizinha África do Sul, dentre tantas outras crises. Algumas causadas puramente pela natureza e outras meros produto do egoísmo e altruísmo humano. 

Onde é que se pode dizer que está tudo mil maravilhas? Só os magnatas que viajam sempre sabem. Agora seria necessário comprarem barcos num "piscar dos olhos com as isenções que se tem, para ajudar em travessias e resgates, e não só meter viaturas de luxo.

Mas que infortúnio é uma prova às entidades públicas.

Prontos. Governar não é para os bons. "As pessoas boas negam governar" e os poucos que arriscam aceitar, são odiados até dentro do seu partido. Parabéns ao Edil de Chimoio, pelos camiões e os outros edis pela qualidade do seu trabalho e por servir o povo sem precisar de serem necessariamente bajulados. O povo moçambicano vai sentir vossa falta quando tão cedo vocês sairem por incongruências nossas no poder e virem abutres diante deles nos vossos lugares.

É agora que o mundo, a África e as entidades citadas ao longo do processo de apuramento na gestão de emergências vão querer ver como é que se alcançou o título de campeão. Pois a memória curta é generalizada na mente de muitos, hoje em dia. Já em Fevereiro de 2023 esquecemos parcialmente as promessas feitas aquando da frustração tida nas greves sem sucessos (médicos, professores e polícias). 

Só à natureza para provar que as nossas declarações políticas são alucinações perante ao povo e ilusões na mente dos cidadãos destraidos. Ainda está a milhas do futuro as soluções para gerir calamidades e desastres, quando não há seriedade na planificação. Ao longo dos anos, com o crescimento populacional nos centros urbanos, as mobilizações de construção de drenagem, como medida preventiva, são ignoradas pelas autoridades e autárquicas. 

Aos salvadores (profetas) e aos apoiantes do campeão (reitores, INGD e a BS) 

Que mostrem os religiosos e milagrosos enviados de Deus, profetas de Moçambique, quem sois realmente diante da ira de quem vocês servem. E um conselho: ao trabalharem no sentido de parar com as cheias no Maputo e noutras províncias, convidem o campeão em gestão de desastres, o superman nessa área para que ajudem a Capital e se recompor rapidamente, enquanto as aulas arrancam com vela nomeada de milho. 

Depois de todo ano passado vermos o sector da educação desmoronado e os seus quadros insensíveis aos professores até mesmo aos erros graves e pouco interesse no investimentos em infraestruturas para melhorar o ambiente e as condições do ensino no país. Mas tudo é passageiro e bons tempos virão apesar das nuvens, incertezas e falta de boas alternativas políticas no país. 

Porém não tardou depois de ignorarem o sofrimento das outras províncias que vivem com calor intenso, que outro problema habitual dos moçambicanos fora do Maputo vivem e o governo não dá conta do recado, que a factura chegasse aos moçambicanos de Maputo. Felizmente, não precisará de rios de dinheiro do povo, drenados em viagens dos ministros e seus acessores para longe da capital em missão de serviço só para ir falar à imprensa, no terreno que estão a par da situação. 

Desta vez é mesmo na vossa varanda e podem se deslocar à pé ou de bicicleta ao terreno, para reduzir a emissão de carbono e outros poluentes. Ponham a mão na massa e salvem o Maputo. Que outros locais do país estão habituados nessas épocas viver essas situações e façam de Maputo o exemplo de boa planificação sobre a gestão das zonas propensas aos riscos de desastres e calamidades.

Nota final 

Sem mais saudações e feliz a semana de namorados apesar das mortes pelos fenómenos naturais. Eu, conscientemente me escuso a celebrar esse satanismo de vermelho e branco enquanto uns passam a fome e desespero pelos desastres naturais em todo o mundo. 

Ao invés disso, estarei procurando os movimentos de apoio e ações humanitárias para as vidas e vítimas que realmente precisam de atenção e dar o meu máximo. Felizmente, farei de coração, por isso não trarei fotos nem vídeos dessas acções, não quero estar nas minhas próprias manchates nem dos outros. 

Infelizmente, quando há situações de gênero é crise para as vítimas mas é oportunidade para outros ditos abençoados e visionários. Os maus que vão se fazer passar por agentes, activistas, entidades, órgãos e instituições de caridade, recolher apoios e ajudas, bens e valores destinados a assistências das vítimas, para o benefício pessoal. Desviando tudo e menos nada que for útil. No fim da cena, serão os mocinhos e ovacionados no meio de muita tristeza e dor.


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