Mais aplausos ao PR. Filipe Jacinto Nyusi - doa à quem doer.

Mais aplausos ao PR. Filipe Jacinto Nyusi - doa à quem doer. 

@foto: rm.co.mz

Por: Crontch Briston

Nestes dias, parece haver competição de lambe-botas de todas classes a desfilarem nos eventos desnecessários em detrimento de trabalhar, trabalhar ...: o que estará por vir?

Decorreu mais uma sessão de reconhecimento que atribuía ao PR um prémio nacional alusivo a gestão de riscos de desastres, ambiente e mudanças climáticas. Foi no Maputo num dos hotéis onde estava reunidos quadros que mesmo com atrasos de pagamentos de salários, redução ou mesmo incertezas e incoerências não lhes afecta. Ao contrário do resto do povo que, talvez se irrite ao assistir os aplausos dos que não passam fome, cede, nem calor sentem, se não for por vontade própria. O qual também não tem a sensibilidade do resto dos moçambicanos que sofrem.

Nos discursos de abertura, as intervenções iniciais, senti terem uma tendência instigante face ao anterior evento, em homenagem ao ex-PR Armando Emílio Guebuza, na celebração dos 80 anos. Pensei, porém, que se tratava de uma resposta directa aos recados deixados pelos apoiantes do Guebuza, onde ele também, lançou farpa aos camaradas. Foram discursos beligerantes típicos das batalhas de rappers nas ruas. Apesar de muito polidez.

Confesso que fui uma das vítimas atingidas quando um bando de letrados, altamente instruídos e reconhecidos por instituições de ensino de alto gabarito, que lhes atribui altos graus académicos, discursavam sobre realizações que ao meu, ver foram um fracasso ou não tiveram efeito sobre a população, ao povo, que devia ser o destinatário ou o beneficente central de todas atenções desta governação em ações e implementações por eles parafraseadas nos seus discursos. Conforme o manifesto eleitoral antepassado e passado. 

Além de não ter visto algo como eles mencionavam, achei pobre o vídeo que sustentava as razões de atribuição do prémio, assim como achei vazias as menções que justificavam o acto. Mencionada muitas vezes a UEM, vergonhosamente, não consegui perceber o cunho científico evocado nos discursos dos ilustres convidados. Não estou usando qualquer parâmetros nem tenho autorização legal para classificar a qualidade do evento. Mas sou tal patrão e exijo o meu direito de satisfação como eleitor e parte do povo desta nação que gostaria de ver os fundos e meios destinados aos tais desastres chegarem ao destino final - ao povo - vitimas concretas.

Conclui que foi mais um desfile de bajuladores arredores do PR, que se calhar o cegam com elogios esfarrapados, ao invés de irem ao terreno, produzir soluções de problemas realmente desastrosos e catastróficos; irem conduzir técnicos e estudantes a produzirem mecanismos reais e concretos para ações que produzam factos sensíveis e visíveis à olho nu, em benefício do povo. Que no meu entender, seria a tal dita e famigerada "Iniciativas Presidenciais". 

Alegações preliminares do perfil dos intervenientes

O que vejo é a sabotagem sucessiva, massiva e ininterrupta de todas iniciativas investidas pelo PR ao bem do povo moçambicano, em detrimento de enriquecer e aumentar mordomias aos que lhe são próximos. Aliás, o sector privado em Moçambique, é composto por empresários que no seu duvidoso percurso, não tem histórico palpável na sua trajetória da tal carreira empresarial. São mais lobistas que o que se diz que são.


Parece mais um bando de interesseiros, que se beneficiam com comissões, actos de corrupção, subfacturação, desvio de fundos e tantas outras condutas condenáveis que realmente interpõem o desenvolvimento do país. O PR fala muitas vezes de atrapalhar, no fundo enquanto o povo espera trabalho de quem é de direito, quando por acidente ou distração dos chefes e delegados dessa nação chega algum apoio às vítimas de qualquer coisas, quem realmente atrapalha o processo, diga-se que é o pessoal do governo.

Facto é que é vergonhoso ver acadêmicos bajuladores. E lá estavam eles. Doravante deu para perceber que não haverá avanços no ensino superior e que a educação de qualidade ainda não conhecerá alguma data para a sua existência. Também acho que a agenda internacional é atribuir títulos científicos aos idiotas para afundarem seus países enquanto ainda dependemos dos estrangeiros para aprovação da nossa autoridade intelectual.


Louvável foi o discurso do PR em pessoa. E acredito assim como estou convencido de forma invicta, até que me provem o contrário, que o discurso proferido por ele, foi cuidadosamente censurado, por ele mesmo. Foi um discurso bonito e a parte mais importante para mim, foi por não ter achado, nenhuma sombra de rancor em relação ao evento de celebração dos 80 anos do Armando Guebuza. Diferentemente dos outros discursos anteriores à sua intervenção. Apesar de ainda parecer mais uma manobra, desnecessária, propagandista simplesmente. 

Observação final

Pensei que fosse um evento que retalia-se o dos pro-Guebuzas. Aliás, pelas primeiras apresentações tinha essa tendência, mas o dono da noite, inteligentemente não cooperou com as provocações. Ou ainda pode ter sido uma estratégia, sei lá, mas não foi na onda dos seus bajuladores. E espero que desta feita, nesses escassos meses que sobram para o próximo pleito eleitoral, S.Excia tenha mais sensibilidade às dificuldades do seu povo, do seu patrão que anda desmoralizado, desiludido, sem esperança com pesadelos e incertezas, diferentemente do que dizem os relatórios oficiais que lhe chegam ao gabinete. 

Não estou desacreditando a máquina que constitui o elenco da sua governação, não tenho cientificidade autoria para tal. Mas especulando apenas, que há uma escória no seu elenco que não estão em conexão com a realidade de como vivem os que à quem dizem que servem. Muitas das iniciativas proferidas por S.Excia, não tiveram sucesso esperado e efeitos positivos desejados como na projeção feita. Como dizem ou a expectativa do povo foi exagerada de mais. Falando concretamente da gestão de riscos de desastres, tanto nos bastidores quanto a luz de dia é uma pena e resumidamente uma vergonha do jeito como os técnicos lidam com algumas situações no terreno. 

E prontos, espero que o juntar na gala tenha sido bom, que felizmente, também terminou com condecorações. Obrigado sr. PR por não ter compactuado com as provocações que os seus amigos queriam instigar. Pois ficaria-se confuso ter-se uma abordagem clara sobre os conflitos internos dentro do mesmo partido, como nos tem parecido quando evidentemente revelam-se subterfugiadamente a existência de grupos desde os pro-Chissanos, pro-Guebuzas e a sua actual turma. Aliás, sem contar com os neutros que aumentam o número de palmas mesmo com os corações partidos. 


Bem espero como sempre, que o seguro promovido pela tal entidade que visa garantir e promover os incentivos corretivos ou o tal seguro de riscos contra desastres, responda de forma equitativa e justa aos que aderirem. Ja que muitas ideias são boas, mas também, é habito fazer-se do sofrimento do povo e o desespero das populações, como uma oportunidade de enriquecer as elites e aumentar argumentos para angariação de fundos para financiar projetos privados e pessoais, pagar ferias, lazeres e mais luxo aos dirigentes e seus familiares em detrimento de cumprir com os manifestos para o bem comum nacional. E depois rir aos pobres eleitores dizendo que estes não se esforçam, não tem visão, reclamam muito e so atrapalham as soluções, etc.

Saudações e votos sinceros de óptima governação, desde que ciente que em muitos aspetos não estamos bem e a vida de luxo ostentada pelos/dos nossos dirigentes tem seus efeitos negativos na vida dos colaboradores!

Um abraço aos professores, médicos e polícias. Anjos dos nossos dias nos bons e maus momentos, principalmente! 

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