Praticando o método Socrático no dia-a-dia!

Praticando o método Socrático no dia-a-dia!

Opinião Pessoal 26:
Paulino Intepo
intepo1607@outlook.com

Parto do princípio que os colegas que frequentam a universidade, os que já graduaram, os que estão trabalhando ou procurando por algum emprego, oportunidades de emprego, aumentar os níveis etc, comecem deradeira e arduamente a trabalhar de forma voluntária, nos lares onde pertencem, nas comunidades onde vivem, comecem a ensinar as pessoas sobre os seus cursos.

Dizer ao povo o porque da importância daquilo que estudaram, estudam e fazem no seu quotidiano, o que aprendem e buscam aperfeiçoar. Arranjar mecanismos de criar necessidades para fornecerem soluções. Ou levantem os problemas e busquem as soluções. Só para me fazer entender, não quero insinuar que os académicos critiquem as falcatruas dos seus governantes, mas que busquem nos erros destes, oportunidades para elas explorarem resolvendo o que os governantes não estão fazendo.

Por isso, achei necessário trazer a si, meu caro leitor, essa matéria maiêutica, para lembrar, dar a conhecer, reforçar ou actualizar o background do amado leitor, como é que o conhecimento faz-nos nascer de novo e viver esclarecido não pode ser empecilho de convivência pacífica e harmoniosa. Como explica o praticante da filosofia Alessandro Vieira Dos Reis, que começa por dizer que, a mãe de Sócrates era parteira. Ele dizia que seu método era inspirado nessa arte, porque o papel dele era ajudar os outros a parirem ideias.


Uma ilustração disso está no livro “Ménon”, no qual Sócrates, demonstra que escravos também são seres humanos racionais, ensinando a um deles alguns teoremas de Geometria.

Essa ilustração é perfeita pelo seguinte:

1. Sócrates parte do pressuposto que o escravo já sabe o teorema, pois aprendeu no mundo das ideias, antes do nascimento. Logo, só precisa lembrá-lo. O que é fácil: ele só precisa receber uma ajudinha. 

LIÇÃO: confiar na capacidade racional do outro;

2. Sócrates orienta o escravo, passo a passo, no que ele deve fazer para deduzir o teorema. 

LIÇÃO: instruir via exercícios é mais importante que ensinar algo pronto;

3. Mas em alguns momento ele, confiando no raciocínio do escravo, pede pra ele deduzir por conta própria alguma ideia composta a partir de ideias básicas que o escravo já sabia.

LIÇÃO: é o outro que cria o conhecimento, então não enuncie conceitos prontos, só dê ideias e sugira como elas podem ser ligadas;

4. De dedução em dedução, o escravo chega ao teorema e diz que entende porque esse teorema é verdadeiro, por isso o aceita como verdade, e não por confiar na palavra de Sócrates. 

LIÇÃO: o método socrático tem por objetivo fazer o outro ter um encontro íntimo e pessoal com a verdade, e não em fazer uma persuasão ou impor a autoridade de um sobre o outro.


Usando estes quatro princípios, gostava de convidar caro leitor a partilhar este artigo ao máximo número de contactos possível na sua lista, com seguintes intuitos:

1. Ao partilharmos informações sobre cultura geral, daquilo que soubemos por ter aprendido no ensino primário, secundário e superior, estamos praticando a educação do nosso povo. O conhecimento que transmitimos terá efeito e tem algum valor quanto maior número de pessoas sabe sobre ele. 

Dizia o saudoso Samora Machel: Estudemos e façamos dos nossos conhecimentos, um instrumento para libertar o nosso povo do sofrimento. Argumento parafraseado numa exposição musical que pode ter acesso clicando aqui;

2. Através da explicação do que sabemos por experiência, por formação profissional e por outras ocasiões, demonstra até onde temos domínio do que somos detentores. Essa técnica eu usei, por exemplo, pra memorizar muitos conteúdos sobre a Marinha, na medida que sempre ia explicando as matérias aos colegas, familiares e conhecidos, a minha volta;

3. Ao traduzir os manuais escolares para a compreensão de quem nunca escolou, estamos praticando um exercício que aumenta a nossa capacidade de expressão e exposição dos assuntos. É extremamente vantajoso. E é uma bênção dar a luz aos que vivem na escuridão. 

Todos nós temos por obrigação de despertar o próximo. Uma vez que na minha agnoscencia acredito que há um Jesus, Maomé, Krishna, Buddha, etc dentro de nós que precisa ser liberto e só ganha vida quando ensinamos as pessoas o que sabemos e não dando vida à fofocas e especulações infundadas;

Eu até acho, que um dos factores da falência de algumas empresas é o facto de não ensinarem os produtos às pessoas. Imagine uma empresa ou operadora de telefonia móvel que não ensine os seus usuários como e quando usar os serviços de MMS. Como irá vender pacotes, crédito ou dados que suportem carácteres em formato MMS aos seus clientes? Incluir no pacote ou crédito que tem tantas MMS, torna-se irrelevante para o cliente, que na prática só sabe sobre o uso de SMS.

Ou por outra, o que vale ou adianta reclamar que as pessoas não procuram por dentistas, advogados e outros sectores de extrema importância vital, se os técnicos dessas áreas não fazem chegar à população as vantagens dos seus serviços e qual é o impacto de não ter acesso à esses serviços na vida de um indivíduo? Quer dizer que devemos fazer exposição das informações, para depois as pessoas despertarem sobre a necessidade de nos procurarem.

Aliás, o nosso povo(🇲🇿) precisa de ser aliciado, sensibilizado para tomar a consciência da necessidade de melhoraria de qualidade de vida e do exercício da cidadania plena, bem como para saber reivindicar os seus direitos, para saber separar entre o poder político e económico, as influências da economia ou mercados na governação, a diferença entre o partido, governo e Estado etc. Para entenderem que não é favor ter saúde digna, ter estradas e outros serviços de qualidade, e que, não é o dever de curvar-se aos políticos eleitos, pois eles se pre-disposeram a trabalhar para o nosso bem.

Vou mais ao fundo dizendo que nenhum governo gostaria que o seu povo atingisse a liberdade financeira ou económica, bem como tantas outras liberdades. Isso implicaria a dissolução desse governo. Ignore isso se foi forte. Então antes que reclame-mos ser escravos, é preciso que ensinemos aos outros que saber trabalhar a terra, o mar, os rios e lagos, a madeira que é abundante no nosso país, é melhor que gastar dinheiro para arrumar um certificado e diploma que vai te causar dores de cabeça a procura de emprego onde só precisa-se quem saiba fazer um aro, porta ou montar fechaduras.

No final das contas, os lavadores de viaturas nas ruas, facturam no final do mês, um líquido que supera dois jovens licenciados empregados no Aparelho do Estado por suborno que lhes custou a cinco ou mais salários de nível superior na mesma instituição.

Reconheço a infelicidade do meu discernimento, mas é minha luta árdua que as pessoas descubram que o sucesso da vida delas não depende da boa vontade do partido, governo nem dos imperialistas ou “brancos”. A chave do sucesso está nas nossas mãos e não tenhamos medo de abandonar o local de conforto em busca de novos desafios e oportunidades. Vamos explorar os recursos que temos para libertar-se do sofrimento imposto pelos preguiçosos, criminosos e malignos quadros obtusos que demonizam a transparência.

Obrigado! E o convido a vaguear pelo blogue acesse os nossos conteúdos e partilhe, espero que goste deste e dos outros conteúdos que pode encontrar seguindo esta ligação

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