Entre Fraudes Eleitoral e Narrativas de Desestabilização
Operações de "Falsa Bandeira" no Contexto Eleitoral Moçambicano
O cenário político moçambicano tem sido marcado por complexidades e controvérsias, especialmente em períodos eleitorais. Desta vez o cenário não mudou muito além de trazer um novo elemento na cena: um tal de "fenómeno político".
Um fenômeno que tem ganhado destaque neste contexto é o uso de tácticas conhecidas como operações de "falsa bandeira". Este artigo busca explorar esse conceito, sua aplicação no cenário político de Moçambique e suas implicações para o processo democrático do país.
O que são Operações de "Falsa Bandeira"?
Operações de "falsa bandeira" são acções clandestinas projectadas para parecer que foram realizadas por indivíduos, grupos ou nações diferentes dos verdadeiros responsáveis.
No contexto político, essas operações são frequentemente utilizadas para manipular a opinião pública, justificar acções repressivas ou influenciar resultados eleitorais, como e ou sera o caso desta vez.
O Cenário Eleitoral em Moçambique
Contexto Actual
As recentes eleições em Moçambique têm sido marcadas por acusações de fraude, manipulação de resultados e irregularidades no processo de votação. A Frelimo, partido no poder, tem sido acusada de utilizar várias estratégias para manter sua posição dominante.
Diante desse enredo, tal como esperava-se, já começaram especulações sobre narrativas que sustentarão a fraude e legitimar o excesso de zelo até, se possível desencadear perseguições de indivíduos e grupos em nome da instabilidade, paz e qualquer outra coisa que a quem tem o poder sobre as forças e instituições do Estado lhe convir e usar contra o próprio povo.
O engraçado são as caras das fontes por onde essa operação é vinculada. Com advento das redes sociais, Moçambique nunca conheceu uma explosão de empresas ou entidades que se fazem passar de Mídias ou fontes de informação a sociedade como nunca antes.
A característica comum destas todas é na razão de serem fontes de conteúdos duvidosos ou tendenciosos, dispostos e empenhados a contradizer até aquilo que é obvio e tentar de forma esfarrapada justificar todas ou algumas gaffes que passem despercebidas dos seus autores e actores, entre mandatários e dirigentes, altos escalões da parte que pretendem afincadamente defender.
Narrativas de Intervenção Estrangeira
Trata-se de certo modo, um exemplo, a seguinte informação que está-se forçosamente tentar viralizar por um grupo que dá contas que: OS AMERICANOS DISTRIBUEM DINHEIRO PARA FOMENTAR CAOS EM MOCAMBIQUE.
Olhando pelo actual cenário, este de contagem e apuramento dos dados preliminares, vemos que estamos diante de uma das tácticas observadas que se traduz em disseminação de informações sobre uma suposta intervenção estrangeira, particularmente dos Estados Unidos, visando desestabilizar o país através de manifestações violentas contra os resultados eleitorais.
Será verdade? E se for verdade, seria então do direito das FDS entrarem em acção. Mas há um arem tendencioso que pode parecer despercebido nessa informação e que pelos cálculos é como se premeditasse o que haverá depois da divulgação dos resultados. E por/com medo de elevar ânimos e trazer situações fora do controlo das autoridades, que se traduzam em caos pelo teor da pratica não ser da vontade popular, procurar coagir o maior numero de moçambicanos a olharem em qualquer acto que repudie fraudes como vilões e não como quem tem o direito a manifestação.
Análise das Operações de "Falsa Bandeira" no Contexto Moçambicano
Criação de Narrativas Preventivas
Tem se tido em conta também a logística e organização básico dos tais indivíduos ávidos de desviar a lucidez da população, mantendo os longe da verdade. Assim sendo, geralmente começam por:
1. Antecipação de Protestos - onde podemos conferir a divulgação de informações sobre possíveis manifestações violentas patrocinadas por estrangeiros, isso serve como uma narrativa preventiva. e depois; e,
2. Justificativa para Repressão essa narrativa pode ser usada para justificar medidas repressivas contra protestos legítimos, rotulando-os como acções estrangeiras hostis. Segue sutilmente a:
Deslegitimação da Oposição
1. Associação com Interesses Estrangeiros, que faz-se de tudo para vincular protestos ou contestações eleitorais a intervenções estrangeiras, busca-se deslegitimar as reivindicações da oposição. Dai embrea-se ao proximo passo que é:
2. Apelo ao Nacionalismo - esta táctica explora sentimentos nacionalistas para desacreditar críticos do governo.
Manipulação da Percepção Pública
1. Desvio de Atenção, foca-se na suposta ameaça externa para desviar a atenção de problemas internos e irregularidades eleitorais.
2. Criação de Falsos Dilemas, aqui apresenta-se uma escolha entre aceitar os resultados eleitorais ou arriscar a estabilidade nacional.
Implicações para a Democracia Moçambicana
Erosão da Confiança Institucional
- A utilização de tácticas de "falsa bandeira" pode minar ainda mais a confiança já fragilizada nas instituições eleitorais e governamentais.
Supressão do Debate Público
- O medo de ser rotulado como agente de interesses estrangeiros pode inibir o debate público e a participação cívica.
Legitimação de Resultados Contestados: Objectivo Central.
- Essas narrativas podem ser usadas para legitimar resultados eleitorais controversos, dificultando contestações legítimas.
Contrastando com Outros Contextos
O Caso da Líbia
Diferentemente da situação na Líbia sob Gaddafi, onde havia alegações de bem-estar social apesar do regime autoritário, Moçambique enfrenta desafios significativos de desigualdade e má gestão de recursos. Fingir que o povo hoje em dia não tem noção disso, leva-nos a erros graves e por Venâncio Mondlane levou a melhor até em situações em que os enchimentos não puderam superar a realidade, se não ao número de eleitores, previstos e registados.
Aliás, em 2011 o governo do dia apelava ao lider líbio a recuar e submeter-se ao jugo ocidental e não o contrário. Só depois se alguns anos para cá, é que viemos a dizer que Ocidente assassinou Kadaff por ele ter feito o que era ideal para o povo líbio.
Prontos, Concluindo...
As operações de "falsa bandeira" no contexto eleitoral moçambicano representam uma ameaça significativa à integridade democrática do país. Elas não apenas distorcem o debate público, mas também podem ser usadas para justificar acções que minam os princípios democráticos fundamentais.
É crucial que cidadãos, jornalistas e observadores internacionais estejam atentos a essas tácticas e trabalhem para promover um discurso político baseado em factos e transparência. Embora difícil e pior ainda quando os observadores, desta vez, não tenham tido dito o que nos casos iguais posicionaram-se a favor do povo.
A construção de uma democracia robusta em Moçambique requer um esforço colectivo para desmantelar essas narrativas falsas e promover um diálogo genuíno sobre os desafios e as aspirações do país. Somente através de um processo eleitoral verdadeiramente livre e justo, e de um debate público aberto e honesto, Moçambique poderá avançar em direção a um futuro mais democrático e próspero para todos os seus cidadãos.
Palhaçada isso. Se têm a verdade que tragam provas de que prenderam essas pessoas e que tragam a público a pista das pessoas que receberam esse dinheiro. Somos um povo bem letrado e não bastam palavras vazias, queremos provas concretas e tangíveis.
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