Ter um único parceiro ou viver em relações múltiplas?
Monogamia vs Poligamia: Imposição Social ou Escolha Natural?
Gira nas redes sociais uma imagem de um homem saudita casado com uma estudante, professora, supervisora e diretora da mesma escola, desperta questionamentos sobre a natureza das relações humanas e a validade da monogamia e da poligamia. Afinal, o que é mais natural para o ser humano: ter um único parceiro ou viver em relações múltiplas? Essa questão tem sido debatida há séculos, envolvendo argumentos biológicos, históricos e culturais. Sei que isso mexe com meus amigos afrocentristas e ocidentais. Mas vamos aos meio termo que é o que o mundo precisa.
A Favor da Poligamia
A ideia de que a poligamia é um traço natural da espécie humana encontra respaldo em estudos da antropologia e biologia evolucionista. Em sociedades ancestrais, a poligamia era uma estratégia reprodutiva comum, permitindo que indivíduos maximizassem sua descendência e fortalecessem laços sociais entre grupos. Muitos primatas, nossos parentes biológicos mais próximos, também praticam relações não monogâmicas, sugerindo que a exclusividade sexual pode não ser a regra fundamental da natureza.
Historicamente, a poligamia foi amplamente aceita em diversas culturas. Civilizações africanas, asiáticas e do Oriente Médio adotaram a prática, e em algumas delas, ela permanece socialmente válida. A monogamia, por sua vez, não é universal e pode ser vista como uma construção sociocultural.
A imposição da monogamia pode ser explicada por fatores econômicos e sociais. O surgimento de sociedades organizadas trouxe a necessidade de garantir heranças e evitar disputas entre descendentes. Religiões abraâmicas, como o cristianismo e o islamismo, consolidaram a monogamia como um ideal moral e espiritual, influenciando a estrutura das famílias ao longo dos séculos.
A Favor da Monogamia
Por outro lado, a monogamia pode ser vista não como uma imposição artificial, mas como uma escolha funcional para a vida em sociedade. Estudos em neurociência indicam que sentimentos como o amor romântico e a fidelidade estão associados à liberação de substâncias químicas no cérebro, como a oxitocina e a vasopressina, que reforçam a conexão entre parceiros. Esse fator biológico sugere que os seres humanos possuem mecanismos naturais para formar laços duradouros.
Além disso, a monogamia proporciona estabilidade emocional e social. Relações monogâmicas tendem a ser mais previsíveis, permitindo maior investimento mútuo entre os parceiros e oferecendo um ambiente seguro para a criação dos filhos. Em sociedades modernas, muitas pessoas escolhem a monogamia não por imposição cultural, mas por preferência pessoal, considerando-a uma forma mais equilibrada de relacionamento.
No Final das Contas...
O debate entre monogamia e poligamia não tem uma resposta definitiva, pois o comportamento humano é complexo e influenciado tanto por fatores biológicos quanto culturais. O que parece evidente é que o ser humano possui uma capacidade adaptativa, podendo viver em diferentes formas de relacionamento conforme o contexto social e histórico. A monogamia pode ter sido incentivada por razões práticas, mas também encontrou bases psicológicas e emocionais para se manter ao longo do tempo.
No fim das contas, a questão talvez não seja qual das formas é mais "natural", mas sim qual delas melhor se adapta às necessidades e valores de cada indivíduo e sociedade.
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Ter um único parceiro ou viver em relações múltiplas? |
O Homem (machos e fêmeas) é por narureza polígamo, mas há de facto um exercício mental que ocorre no qual ele desliga a necessidade de ter mais de um parceiro ou até mesmo de apaixonar-se ou apreciar, sentir atração alguma por pessoa segunda. A fusão entre a os aspectos neurológicos e fisiológicos dependendo daquilo que o Homem (macho ou fêmea) decidi desenvolver e activar comandos em seu próprio corpo. A neurologia é uma quase magia. Há muita coisa que o Homem (fêmeas e macho) é por natureza no entanto é possível desconstruir um mapa mental e introduzir uma nova tendência ou pensamento.
ResponderEliminarAguardo ansioso pelo próximo debate.
Outro, sim, a própria necessidade sexual pode ser absolutamente desactivada. Tem pessoas que não desenvolvem esta necessidade a 100%. Bloqueios neurológicos naturais ou adquiridos podem induzir ao "desapego por relações sexuais). É interessante como os estudos e experiências científicas são dinâmicas. É um debate aceso e interminável.
ResponderEliminarTantas são as evidências biológicas que atestam a tendência natural dos animais, incluindo o homem, de serem polígamos por sua natureza. Porém, é o psicológico humano que serve de regulador dessa tendência natural da pessoa humana, desafiando sua essência, o que não acontece com os outros animais por serem mais naturais possíveis.
ResponderEliminarO equívoco ocorre no não entendimento do que é realmente poligamia, trazendo assim um entendimento erróneo e pejorativo sobre a prática da poligamia. Devemos entender que ter várias relações amorosas (homem com mais de uma mulher) não é propriamente poligamia, aliás, esta tem seus princípios próprios e para que seja considerada como tal devem estar presentes estes princípios que a definem.