Um pingo motivational

O que parece comum à sua volta e diferente noutras realidades?

Enquanto terminava de partilhar as seis merdas que cometemos por falta de inteligência financeira, recebia um feedback positivo de alguém muito especial e que por sinal é produtor musical também. Bom, não é de coisas boas apenas que evoluímos, mas ouvi-las de um amigo, no meio do círculo de conhecidos que me rodeio, é coisa rara, e ter apoio deles nas partilhas e um simples elogios, acho ser coisa de outro mundo.

Então, me veio à cabeça um assunto ligado a razão do sucesso e fracasso de muitas iniciativas ao redor do mundo, na seguinte situação, conforme essa imagem acima emprestada do Eli Angelo: fácil aplaudir os grandes e difícil apoiar os pequenos. Pois no nosso círculo de trabalho, amizades, conhecidos até familiares nem todos nos querem ver a evoluir. 

Quanto para alguns, querem que gente continue se atrelando à autopiedade de nós mesmos ou se queixando de ser vítimas. Enquanto acomodados a sombra das custas deles, sempre dependentes ou através do nosso desespero conseguirem tirar vantagens.

E lembrava-me o episódio do desafio que senti quando pensei em compor e fazer apresentações ao vivo. Onde logo de seguida ao invés do pessoal da minha zona, torcer para mim, viraram e começaram também a fazer igual ao que eu fazia. Tinha orgulho e perplexidade ao mesmo tempo.

Assim, perdia a graça do que devia desenvolver porque havia muitos artistas e ninguém sobrava como plateia. Todos estavam e queriam estar na pista nenhum outro queria ser narrador, jornalista, fotógrafo, blogueiro, pesquisador de talentos ou promotor, etc, ser algo que levasse o artista a evoluir com eles para criar algo maior. Ao invés disso, tornaram-se sabotadores. Graças a Deus alguns já são proeminentes pude vê-los em TV e até obrigado a escutá-los e aplaudi-los (😂). Parabéns! 

Então, as palavras do André Villas-Bôas resurgiram na minha cabeça enquanto via a mensagem do "meu amigo" elogiando a redacção que eu fizera sobre Finanças Pessoais, na seguinte maneira, consoladora e exclarecedora: 

"É difícil aplaudir, reconhecer, elogiar, concordar, torcer de coração e desejar um parabéns com sinceridade. É difícil interagir com a inteligência, quando a genialidade é proferida por outras mentes. É quase impossível vibrar com a vitória alheia. A egolatria não permite, e a inveja existe por mais que seja negada a todo momento."

Como evoluir no meio de preconceitos e sendo subestimado por quem te devia apoiar? É neste contexto que se aconselha a abandonar o bairro e alguns preferem se mudar para um outro local, para emplementar projecções que naquele espaço não são coerentes para aquelas mentes. Vão em busca de quem lhes dê apoio. 

Enquanto outros preferem ou descobrem que tem a oportunidade de moldar aquelas mesmas mentes para outra realidade. Oportunidades são questões ligadas a níveis de criatividade e coragem de pôr em prática o que nos vem à cabeça. 

Sei que para nós a indústria televisiva e crença das redes sociais nos obriga a se prostituir ou tornar-se zumbis em comédias, palhaçadas e outras zombarias que dão lugar a quebra e rotura dos valores morais e éticos que devíamos proteger e preservar, por uma necessidade extrema de educação social. 

Mas infelizmente, hoje ser muito contundente e crítico é o processo certo para fracassares na vida. Dá-se mais ouvido e atenção a prostituição, ao humor vazio, a exposição de barbaridade e outras violações de privacidade e imoralidade comunal como coisas normais. 

Quem vem abordando conselhos e ideias sobre abandono da zona de conforto, a valorização do produto local, etc é vaiado. As alternativas e conselhos só podem vir de longe, de alguém superiormente estranho e doutra realidade que o pessoal não conheça.

Dizia ainda o André Villas-Bôas que "por outro lado, é fácil entender que o progresso de alguém só pode incomodar o acomodado. É fácil perceber que a felicidade ao redor só vai fazer mal, se você estiver de braços dados com a infelicidade." 

Mas "é totalmente possível alterar o mindset egocêntrico por aquele sentimento legítimo de admiração. A egomania pode ser rechaçada, e a avidez vai inexistir se for negada a todo momento."

Prontos, por hoje esse papo motivational fica por aqui deixando o as seguintes dicas:

1. É preciso as vezes visitar o museu ou cemitério dos derrotados. Os" mortos", pese embora fracassados não são mudos. As tantas o que lhes levou a não triunfar pode ser o passo que teremos que evitar para não acabar como eles. Ensinamentos existem em ambas posições dos resultados bons e ruins;
2. Os números não mentem, mas as fórmulas, as fórmulas que fazem as equações, podem não ser certas para nossa realidade. Temos o poder de acertar ou criar as nossas próprias fórmulas para resolver o nosso problema;
3. Modelos econométricos são truques e os oráculos que fazem as previsões têm a sorte na nossa distracção em condições normais deviam ser cobrados quando as probabilidades falhassem. Assim teríamos menos profetas também;
4. Mesmo o que se achou ser sagrado foi discurtinado e o ceu deixou de ser o limite. Einstein não provou o limite do universo, mas o limite da estupidez humana ele teve a certeza que não tem limites. Vá até onde poder e realize seus sonhos;
5. Hoje em dia não se pode mais prezar em trabalho árduo mas sim trabalhe com alegria e a energia virá sem nunca ter sinal de esgotamento. O resultado do trabalho árduo quando negativo é frustrante e quando é com alegria é um aprendizado valioso; e, por ultimo,
6. Não dependa nem espere aprovação dos outros. Nem todos ficamos comovidos com o sucesso dos outros. Os próximos do governo podem até articular regularmente e leis para quebrarem seu negócio, os pastores, curandeiros, etc podem tirar proveito do que só você sozinho conseguiu. Porém, partilhar é importante que viralizar palavras bíblicas que não praticamos.

Saudações e votos sinceros de sucesso em cheio em tudo que abraçamos. E se a desocupação bate a porta, aprendamos uma língua estrangeira, quem traduz para ti pode ter segundas intenções ou não dizer o que seria necessário para agirmos correctamente.

Delegação moçambicana enviada pela ocasião da candidatura de Moçambique à Membro não Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas à partir de 2023.