A juventude como a força motriz dos estragos de uma nação.

Perfil do autor(Esmael Arcanjo Intepo)

Paulino Intepo
intepo1607@outloo.com

Calma, nada de pânico. Apenas é uma versão contraria dos palestrantes da velha guarda e críticos que apontam para o despreparo da juventude actual na prossecução dos ideias dos mais velhos. Digamos que é uma versão contraria dos discursos que culpam os jovens sobre todos ou a maioria dos problemas políticos, sociais e económicos, resignando-se que o tempo deles já se foi e a situação era melhor antes que actualmente.

O que não é verdade. Porque cada época tens seus problemas, assim como alguns ousam usá-la como meio de manipulação politica para influenciar as de mais idades e promover desordem ou revoluções em diversos âmbitos da nossa sociedade, outros usaram-na para construir o seu desenvolvimento e constituir a garantia dos desdobramentos da solidificação ideal para o empoderamento das suas nações.

Enquanto olharmos num perspectiva diferente, podemos notar que é importante esclarecer que a juventude não é uma força motriz dos estragos. Na verdade, a juventude é uma fase da vida em que as pessoas estão descobrindo quem são e construindo seu lugar no mundo. De facto, constitui verdade sim, que os jovens podem tomar decisões imprudentes ou impulsivas às vezes, mas isso não significa que a juventude seja a causa de todos os estragos.

Muitos jovens estão fazendo coisas incríveis e positivas em suas comunidades e no mundo em geral. Liderando movimentos de justiça social, criando empresas inovadoras e desenvolvendo tecnologias que melhoram a vida das pessoas. Também é importante lembrar que os problemas que vemos na sociedade não são causados ​​apenas pelos jovens, mas sim por sistemas complexos e estruturas que afetam todas as gerações.

Em vez de culpar a juventude pelos estragos, é importante trabalhar com eles e investir em seu potencial para que possam contribuir de maneira significativa para a sociedade. E visionários argumentam que quando damos aos jovens as ferramentas e oportunidades necessárias para crescer e se desenvolver, podemos colher os benefícios de suas habilidades, criatividade e energia.

E quem é o culpado dos estragos na sociedade?

Na actualidade com a existência de tanta partilha de informação e tecnologia, podemos aferir que não há uma única resposta para uma pergunta dessas. Uma vez que os estragos na sociedade são causados ​​por uma combinação de fatores e sistemas complexos. Em geral, podemos dizer que muitos dos problemas que enfrentamos em nossa sociedade têm raízes em desigualdades estruturais, injustiças sociais e econômicas e sistemas políticos que não são capazes de atender às necessidades de todos os membros da sociedade.

Visto que em muitos casos, as ações individuais também podem contribuir para os estragos na sociedade, como comportamentos irresponsáveis, corrupção, violência e negligência. No entanto, é importante lembrar que esses comportamentos são frequentemente influenciados por factores sociais mais amplos, como pobreza, falta de acesso à educação, oportunidades limitadas bem como o que defendia o Ex-PR Armando Guebuza, a mentalidade.

Portanto, em vez de apontar um único grupo ou indivíduo como responsável pelos estragos na sociedade, devemos trabalhar juntos para abordar as raízes desses problemas e criar um sistema mais justo e igualitário para todos. Isso requer uma abordagem holística que envolva todos os membros da sociedade, incluindo jovens, adultos e líderes políticos e empresariais.

A abordagem holística que nos referimos são concernentes as necessidades de colaboração e a participação activa de todos os membros da sociedade. Algumas abordagens que podem ser adotadas incluem: o investimento na educação; o empoderamento económico; promoção da justiça social; desenvolvimento social e entre outros aspectos.

1. Investimento em educação: fornecer educação de qualidade para todos os membros da sociedade, desde a infância até a idade adulta, é uma das maneiras mais eficazes de abordar desigualdades e injustiças sociais. A educação não apenas fornece às pessoas as habilidades e ferramentas necessárias para ter sucesso em suas vidas, mas também ajuda a criar uma sociedade mais informada, engajada e consciente.

2. Empoderamento econômico: promover a igualdade econômica é fundamental para reduzir as desigualdades sociais e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Isso pode ser feito através do investimento em infraestrutura, empregos de qualidade e políticas que ajudem a aumentar a renda e a capacidade de poupança das pessoas.

3. Promoção da justiça social: é importante trabalhar para combater a discriminação e o preconceito em todas as suas formas, seja com base na raça, gênero, orientação sexual ou qualquer outra característica. Isso requer a criação de políticas que promovam a igualdade de oportunidades e a inclusão em todos os níveis da sociedade.

4. Desenvolvimento sustentável: proteger o meio ambiente e garantir o uso sustentável dos recursos naturais é essencial para a sustentabilidade a longo prazo da sociedade. Isso pode ser feito através da adoção de práticas sustentáveis ​​em todos os setores da economia, incluindo a agricultura, a indústria e o transporte.

Essas são apenas algumas das abordagens holísticas que podem ser adotadas para abordar os estragos na sociedade e não acusando os jovens de serem culpados pelos estragos de uma nação. É importante lembrar que a mudança real requer um esforço coletivo e comprometido de todos os membros da sociedade (todas as idades). Pelo que, se pôr de lado não faz parte da solução e nem sempre cada um fazer sua parte podemos alcançar objectivos satisfatórios de bem-estar colectivo.

O resto tratemos apenas de rever as crenças que seguimos acreditando. Por que analisando de forma lúcida, veremos que algumas ideologias não nos estão ajudar para resolver os problemas que não são de longe, apenas falta-nos coragem e atitude para encarrar os factos e implementar acções concretas e mudar o curso da situação actual para o melhor com uma perspectiva próspera sem ilusão nem fantasias.

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