É possível ser um cidadão exemplar em Moçambique?
Recorte de um vídeo em que "um cidadão carregado em condições desumanas para ser apresentado numa Esquadra da polícia. Algures em Mocambique." |
A luz dos meus devaneios e pesadelos, conjugados com má gestão da ansiedade e incertezas sobre o futuro deste país nos próximos momentos, me pus a pensar acerca da possibilidade de se ser um cidadão exemplar na presente realidade do país.
Depois de ver tantos outros moçambicanos que eram honestos enquanto pobres e depois de alguma promoção ou ascensão na vida, tornaram-se arrogantes e perderam a humildade. Passar do ser boa pessoa para um indivíduo com limitações e receio de fazer o bem, por se sujeitar ao complexo de superioridade exagerado.
Sem rodeios, digamos que ser um cidadão exemplar em primeira instância e impressão, significa ter um comportamento ético, respeitoso, solidário e responsável em relação às leis, às normas sociais e às outras pessoas ao nosso redor.
Aparentemente um conceito utópico, mas seria este o conceito do tipo de pessoa que me refiro e me questiono se é possível ser-se assim, ostentar este perfil num país como este e nestas situações em que vivemos. Não que seja um país caótico tanto quanto os outros e que toda sua população seja desviada de qualquer bom senso, valores e princípios.
Apenas queremos aferir até que ponto é possível se fazer passar por este tipo de perfil, caso não seja por natureza alguma, intencional para um fim lucrativamente material que espiritual. Para mim é uma intuição recreativa reflectir sobre isso, não sendo necessariamente uma visão pessimista da postura intelectual e cultural dos moçambicanos.
Muito menos apresentar alguma opinião que seja pejorativa ao ponto de ferir alguma sensibilidade. Mas dar-se luxo de pensar acerca disso é uma questão necessária sim, pois ajudará de certa forma alinhar parte da mentalidade da sociedade que menos se importa com a educação geral e outros aspectos que seriam pilares para uma convivência espetacular e construção da consciência colectiva zeladora do bem para todos.
O qual envolve se preocupar não só com a educação como processo de ensino e aprendizagem, também se preocupa com o meio ambiente, com a cultura, e que busca se manter informado e consciente sobre os assuntos relevantes da sociedade em que vive.
Diríamos mais, que um cidadão exemplar é ser alguém que se preocupa com o bem-estar da sociedade em que vive e que procura contribuir positivamente para melhorá-la, seja por meio de acções voluntárias, seja pelo respeito às regras e normas estabelecidas.
Além disso, o cidadão exemplar é um modelo para os outros, mostrando que é possível viver de forma justa e responsável, respeitando as diferenças e promovendo a harmonia social, sendo honesto acima de tudo, digno de partencer a pátria moçambicana.
Sem que necessariamente evoque alguma deidade nem amedronte reencaminhar maldição ou ostente intimidação em casos de desrespeito pelo que acredita. Mas sim, expressa de forma cordial a compaixão e tolerância plena, sem se gabar por isso.
Com este zelo de condições acima patente, caro leitor, acha que com base na nossa realidade moçambicana, é possível ser um cidadão exemplar ou não, sem precisar ser coagido ou ameaçado, longe dos holofotes e sensacionalismos vazio?
Se sim, gostaria de colher mais sensibilidades do assunto nos comentários e se preferir ainda apenas seguir como um conselho, estas condições que apostamos que descrevem um cidadão exemplar, convencemo-nos que concorda e agradecemos que partilhe o raciocínio.
Pois a intenção é meramente trazer uma abordagem critica no sentido construtivo, para exercermos uma cidadania conveniente à nós mesmos e atractiva às demais civilizações. Promovendo ainda a tolerância e não a questão de ser justiceiro por alguma razão violenta.
Mais não disse, se não concluir que até então, acho ser uma utopia o conceito que rege um cidadão exemplar, pese embora tentando galgar no que tem sido possível pelo bem do espírito, da mente e do país que amo.
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