O bom do associativismo em detrimento do individualismo nos dias actuais.

Além do Eu: Desvendando os Desafios Comunitários


Num mundo centrado no individualismo, a gestão de problemas comunitários torna-se um quebra-cabeça complexo. O associativismo emerge como a âncora necessária para superar as lacunas deixadas pela intervenção governamental.

Neste cenário, as conexões entre vizinhos, empresas locais e organizações sociais, se revelam como a chave para resolver desafios que transcendem o alcance das autoridades. Aquilo que, por exemplo, os governos locais não conseguem resolver ou não parecem ter interesse em dar soluções espetadas. 

Então, o colectivo, unido pelo associativismo, não apenas preenche as lacunas, que as autoridades competentes não dão conta por alguma incapacidade, mas também cria soluções sustentáveis, proporcionando uma nova esperança para comunidades resilientes e vibrantes.

Uma vez pensado assim, em grupos de pessoas, num bairro ou numa comunidade é possível encontrar mecanismos pacíficos e moderados que permitam pressionar as autoridades competentes e com poderes para agir no sentido de resolver o problema que desconforta aquele grupo de pessoas

Porque o que vemos hoje em dia é apenas o pronunciamento das mídias. Significa que mesmo um determinado grupo de pessoas sofrendo por algo, se as mídias não mencionarem, os governos ignoraram até que haja uma oportunidade política para intervir no caso, mas com intenções alheias a vontade dos necessitados. Em muitos dos casos. 

Menções e notas importantes

O associativismo destaca-se como um catalisador poderoso na resolução de problemas comunitários, oferecendo vantagens inestimáveis. Ao promover a colaboração, permite o aproveitamento de recursos locais, expertise diversificada e sinergias, criando um ambiente propício à inovação. 

Além disso, ao contrário do individualismo, ele fortalece os laços sociais, fomentando um senso de pertencimento e responsabilidade compartilhada. Imagine cidadão um número mais ou menos de 300 pessoas, decidem cuidar do saneamento e limpeza dos seus bairros e quarteirões, resolvem um problema em conjunto que melhoraria o bem-estar deles, antes das situações piores de doenças aparecerem. 

Essa abordagem colectiva não só potencializa a eficácia na resolução de desafios, mas também estabelece a base para comunidades mais coesas e auto suficientes. Então, não pense sozinho enquanto vive em comunidade, entre em contacto e procure colaborações de modo a levar os projectos e soluções dos problemas da sua comunidade à luz do dia. 

É como quem diz, talvez Deus esteja cansado de nos ver lamentando sentados, que tal pôr mãos-à-obra e ver no que vai dar. Essas atitudes cívicas permitem a melhoria do bem-estar colectivo na convivência e interações constantes entre pessoas da mesma comunidade, aumentando a qualidade de vida, uma vez que permite tornar uma comunidade coesa e unida, com um ambiente propício para viver e sentir-se vivo. 

Nós não somos obras do acaso, nem objectos para sermos usados e instrumentalizados, depois descartados. Somos a máquina de quem o desenvolvimento depende e espera para acontecer ou ser implementado. Através do associativismo países e comunidades atingiram patamares invejáveis. 

O associativismo resolve problemas de estigma e sentimentos de abandono por parte das autoridades governamentais. É preocupante o nível de desinteresse que existe em observar esse potencial interventivo que jaz diante das comunidades em prol da resolução de problemas, quando as entidades responsáveis e competentes não dão conta. 
"Se nós começarmos de algum lado, o apoio virá do outro lado!" 
A intenção do associativismo não é tirar ou substituir as funções dos governos e órgãos locais, menosprezar o poder político ou qualquer outro tipo de comportamento e intuito negativo, que a ele pode ser atribuído de modo a torná-lo uma ameaça à tomada de poder político. Mas sim, é de modo a proporcionar medidas que mitiguem problemas sonantes, que quando tolerados e adiados na sua resolução podem piorar e deteriorar a vida das pessoas afectadas. 

Pese embora, às vezes, ser um mecanismo de pressão que se confunda com ameaça de perda de monopólio das estruturas governamentais sobre as comunidades que decidem cuidar de si. Mas sim, é uma forma de ajudarem a si mesmas e dar visão, uma mão aos órgãos competentes ou mesmo despertar-lhes da necessidade urgente para acções necessárias à intervenção concreta do caso. 

Partilhe para mais pessoas do seu círculo. Quanto mais juntos sabemos, mais sustentável e equilibrado é o nosso crescimento. Seria um alívio acordar ouvir que, por exemplo, a população de Moatize acordou unida, discutiu e arranjou uma solução sobre a poeira, para mitigar o problema de qualidade do ar naquela parcela de Tete em Moçambique. 

Tanto que há problemas da criminalidade, saneamento do meio, segurança rodoviária, falta de água, etc que os indivíduos por si só podem não conseguir. Mas em conjunto é só um dia, algumas horas, com alegria de trabalho para sanar problemas que levem órgãos a pedir financiamento do Banco Mundial, e, hipotecar o futuro por algo que se resolve num simples exercício colectivo, e num final de semana. Por exemplo! 

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