UMA LIÇÃO PARA A VIDA INTEIRA
Importa o Nível de Educação na Escolha de um Parceiro?
Há uma pergunta que vi na rede social X que mexe fundo: “Does someone’s level of education matter when choosing a partner?”. E essa questão trouxe-me memórias da maneira mirabolante e até duvidosa de como escolhi a parceira que até hoje caminha comigo, mãe dos meus dois filhos, Aaron e Aayan.
Na altura, eu já tinha feito o nível superior e ela era técnica de nutrição com formação média profissional. Estávamos a namorar, trabalhávamos, e um dia ela perguntou-me se podíamos ter um filho. Mas eu, que ainda nem tinha 30 anos (tinha uns 25 ou 26), disse logo que não estava pronto. E coloquei uma condição que nunca lhe expliquei em detalhe naquele momento: só teríamos filhos se ela fosse fazer o nível superior.
Porquê?
Havia duas razões, que na verdade eram a minha visão estratégica para o futuro e não pura vaidade ou descriminação. Primeiro, queria evitar que, em discussões ou conversas ao longo da relação, viessem frases venenosas do tipo: “ah, só porque não estudei, não…”. A diferença de escolaridade podia virar arma de ressentimento. Segundo, queria garantir que, se um dia por qualquer razão eu não pudesse estar presente ou prover directamente, os meus filhos não ficariam vulneráveis com uma mãe dependente de mim como única fonte de renda. Eu não me via a criar filhos com uma parceira sem pelo menos uma base de autonomia.
Ou seja, a minha exigência não foi arrogância — foi protecção e estratégia. Mesmo que ela não estudasse mais, se tivesse uma fonte de renda segura, já seria um passo. Mas o estudo, para mim, seria um seguro de vida emocional e económico para a família.
Agora, respondendo directamente à pergunta: depende das circunstâncias de cada um.
Na vida, já vi e vivi algumas relações de tipos diferentes. Conheci pessoas incríveis e dentre elas com caneta, cheias de diplomas, mas o que falam é um disparate completo, sem moderação nem educação e rabugentos de boca. Por outro lado, conheci pessoas quase sem escola que, quando abrem a boca, iluminam o ambiente pela sabedoria prática, pela visão clara, pela forma incrível de ser. É uma mistura paradoxal: há cultos que parecem burros, há simples que parecem sábios.
O problema está em achar que a educação formal é sinónimo de inteligência ou carácter. Não é. Um diploma nunca foi e nunca será garantia de dignidade, respeito, visão ou amor verdadeiro. Mas, ao mesmo tempo, não podemos negar que estudar traz oportunidades e garante alguma segurança material.
Se olharmos para o passado, nas comunidades tradicionais, o essencial era ter carácter, força e aceitação social, não títulos académicos. Hoje, no presente, a educação formal pesa porque abre portas no mercado de trabalho. Mas também divide casais quando vira motivo de superioridade de um sobre o outro. No futuro, já vejo que o que vai contar mais é a mentalidade de crescimento, a capacidade de se reinventar e a independência mínima que permita não depender totalmente do parceiro.
No fim das contas, esta vida é uma caixa de surpresas. Às vezes, o que parecia certo dá errado, e o que parecia errado torna-se bênção. Por isso digo: não é o diploma que sustenta uma relação, mas a capacidade de crescerem juntos, de se apoiarem e de construírem algo sólido, com ou sem papel passado da universidade.
👉🏽 Importa o nível de educação na hora de escolher um parceiro? Sim e não. Importa quando garante equilíbrio e segurança. Mas não importa quando o diploma não passa de papel vazio. O que realmente conta é carácter, visão, independência mínima e compatibilidade de valores. Porque diploma não aquece cama, não consola nas noites duras, não paga todas as contas e, muito menos, garante amor nem equilíbrio aos filhos. (Paulino Intepo)
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Tudo dito, não é diploma que sustenta uma relação, mas as N oportunidades ficam mas fácil com diploma , no entanto o carácter é que dita tudo numa relação..., com ou sem diploma, até certo ponto continuo no nível superior em relação ao meu parceiro, mase parece que ele sempre me viu como adversária e não companheira, sempre mostrou ter planos paralelos , parece ter um grau de inferioridade que prefere demostrar sendo totalmente inadequado...., entendeu a minha tentativa de suporte, submissão, companheirismo, como fraqueza e obsessão, achando que podia humilhar o quanto quisesse , que tinha a relação garantida, deu por garantido a situação 😢😢 história de relacionamento é bastante complexo
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