SIM, O ÁLCOOL FAZ MAL, E FAZ MAL EM VÁRIAS FRENTES:
O Álcool: da Ilusão Histórica à Libertação Consciente
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@whatsapp: Homem chora e rebola no chão e na rua devido ao efeito de consumo do álcool. |
O Veneno que Mata "Moderadamente"
O álcool acompanha a humanidade há milhares de anos, quase como uma sombra persistente. A sua descoberta remonta às primeiras civilizações agrícolas, quando a fermentação acidental de frutos e cereais revelou uma substância capaz de alterar a mente, anestesiar a dor e dar uma sensação ilusória de poder. Desde então, o álcool deixou de ser apenas uma curiosidade química para tornar-se uma das drogas mais antigas, difundidas e destrutivas da história humana.
Na esfera espiritual e mística, o álcool teve lugar ambíguo: usado em rituais religiosos como “ponte” para o divino, mas também como instrumento de perdição e descontrolo. Em muitas tradições, o vinho foi exaltado como “sangue dos deuses” ou “símbolo de vida”, mas, em paralelo, sempre carregou a marca de maldição e ruína. Não é por acaso que em textos sagrados, como a Bíblia e o Alcorão, o álcool surge repetidamente como tentação, pecado e causa de destruição da alma. O que parecia ser libertação espiritual transformava-se facilmente em escravidão espiritual.
No campo científico, o álcool foi estudado como anestésico, conservante e solvente. No entanto, cedo se percebeu o seu lado tóxico: destrói o fígado, degenera o cérebro, altera o coração e corrói lentamente o corpo. É uma substância que engana o sistema nervoso, produzindo excitação artificial seguida de depressão profunda. A ciência actual é taxativa: não existe nível seguro de consumo, e cada gole é uma dose de veneno socialmente aceite.
Socialmente, o álcool foi promovido como elo de convívio, símbolo de celebração e até ferramenta política. Impérios coloniais usaram-no como arma de dominação, trocando bebidas por escravos, ouro e poder. Hoje, a indústria do álcool movimenta bilhões, patrocinando festas, desportos e até causas sociais, ao mesmo tempo que destrói famílias, empobrece comunidades e alimenta a violência. O paradoxo é cruel: enquanto a sociedade aplaude o brinde, fecha os olhos às mortes nas estradas, aos lares desfeitos e à juventude perdida no vício.
1. Efeitos negativos no corpo humano
Fígado: O álcool é metabolizado principalmente pelo fígado. O consumo frequente pode causar gordura no fígado (esteatose), hepatite alcoólica e, em casos prolongados, cirrose, que é irreversível.
Cérebro: Ele deprime o sistema nervoso central, afectando raciocínio, memória, coordenação motora e humor. O uso prolongado pode levar a demência alcoólica.
Coração e vasos: Pode causar hipertensão, arritmias, enfraquecimento do músculo cardíaco (miocardiopatia alcoólica) e aumentar o risco de AVC. É um facto que o índice dos problemas cardiovasculares esteja cada vez mais aumentar, infelizmente em pessoas que consomem bebidas alcoólicas independentemente do tipo e nível de refinação. Pese embora alguns indivíduos possuam organismos pouco susceptível.
Sistema digestivo: Irrita estômago e esôfago, causa gastrite, refluxo, úlceras e aumenta muito o risco de câncer gastrointestinal. Pior que para alguns, depois de consumir, traz-lhes a sensação de perda de apetite, o que agrava a situação, pois a falta de alimento no estômago acelera e é a razão para acionar os outros problemas subsequentes.
Sistema imunitário: Enfraquece as defesas do corpo, deixando a pessoa mais vulnerável a infecções.
Outros órgãos: Afecta rins, pâncreas (pancreatite é comum em alcoólicos) e altera hormonas, afectando até a fertilidade. No que tange a fertelidade, não é por acaso que muitos homens que bebem sofrem de disfunção eréctil e nos bairros há reclamações por parte das parceiras, chegando até a acusarem bruxas e feiticeiras de estar por detrás dos problemas. Enquanto alguns são ligados ao consumo do álcool por parte da camada masculina.
2. Efeitos psicológicos e mentais
O álcool é depressor, então pode dar euforia momentânea, mas depois puxa para baixo — ansiedade, depressão e insónia são consequências frequentes.
Aumenta risco de comportamentos impulsivos e agressivos.
O uso crónico pode levar à dependência (alcoolismo), uma doença reconhecida pela OMS. Distorce a mente, perturba a consciência e danifica o cérebro, em todo caso.
3. Impacto social
Está ligado a acidentes de viação, violência doméstica, brigas ou agressões que geralmente partem de discussões até ao envolvimento físico (pancadarias) e crimes.
É responsável por muitas perdas de emprego e quadros brilhantes nas organizações ou instituições e empresas, queda de projectos, falência de negócios e destruição de famílias.
No contexto de pobreza, como em Moçambique, o álcool vira uma “fuga barata” e acessível, mas que agrava ainda mais a miséria.
4. O mito da "dose moderada"
Há quem defenda que pequenas doses (tipo um copo de vinho, um cálice de uma seca ou duas a três cervejas) fazem bem para o coração. A ciência mais recente mostra que não existe nível seguro de consumo de álcool — mesmo em pequenas quantidades aumenta o risco de câncer e outras doenças. A tal “dose moderada” é mais marketing da indústria do álcool do que verdade científica.
5. Resumo duro e cru
O álcool é uma droga legal, culturalmente aceite, mas que mata milhões todos os anos.
Faz mais mal do que bem.
Se for consumido, deve ser com plena consciência dos riscos e, idealmente, raramente.
👉 Em termos de saúde, quanto menos, melhor. Zero é o ideal.
O Mal Que o Álcool Faz à Alma Humana (click e confira).
É por que razão as pessoas continuam a beber, mesmo sabendo de todos estes males?
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@freepik: o alcoolismo |
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