VIVER COM POUCO, MAS SENTIR MUITO
O Valor do Quase Nada
Hoje escrevo feliz e ao mesmo tempo melancólico, com um celular cansado, diriam alguns exactamente podre; com uma conexão de dados para acessar a internet instável, mas que já tivemos uma operadora boa e acessível no passado; e, o bolso vazio, concretamente sem o poder de gastar nem 3 dólares por semana. Mas a mente, a consciência nesse caso — essa ainda pulsa. E o coração, mesmo calejado, insiste em bater com esperança persistente e fé incessante num amanhã melhor que ontem e hoje.
Tenho pouco, se não escassos recursos para uma batalha diária que é tão exigente quanto oportuna. Às vezes, quase nada, aparentemente. Mas aprendi que o “quase” pode ser um lugar fértil onde qualquer coisa pode existir ou simplesmente acontecer. Não que por magia negra ou milagres divinos, não há fórmula mágica para explicar isso de forma simples e significativa. Somente é uma comoção de crenças que sustentam de que: é no quase desistir que descobri força.
Quer dizer, no quase silêncio, encontrei, ou geralmente encontro ideias. No quase nada, percebo que ainda posso sentir o "muito", abundância e a prosperidade que almejo.
Numa dimensão real, não tenho certezas, mas tenho perguntas. E talvez seja isso que me mantém vivo: a vontade de entender, de partilhar, de transformar o pouco em algo que faça sentido — nem que seja só por hoje e por enquanto.
Agora, se você também sente que está vivendo no limite do possível, saiba: você não está só. E talvez, só talvez, esse limite seja o começo de algo novo. E lembre-se que não se trata de mágica ou milagres, é simplesmente a vida no seu verdadeiro sentido.
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