A Guerra ao Terror A “luta contra o terrorismo” que enriqueceu os fabricantes de guerra e empobreceu o mundo Imagine uma cena que congela o estômago: Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, a apertar a mão de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico (EI), num cenário digno do Gabinete Oval. Bandeiras americanas, troféus presidenciais e dois homens de fato escuro e gravata vermelha, sorrindo como velhos aliados. A imagem, partilhada recentemente no X (antigo Twitter) pelo jornalista Clayton Morris, traz a legenda provocadora: “A Guerra ao Terror foi sempre uma vigarice. Aqui está a prova.” Claro: trata-se de uma montagem. Trump nunca se encontrou com Baghdadi, morto em 2019. Mas o impacto simbólico da imagem é inegável. Ela resume o argumento central de Morris — e de muitos críticos da política externa americana: os Estados Unidos, através da CIA, não combatem o terrorismo. Fabricam-no. Da Guerra Fria ao Estado Islâmico - as sementes do caos As acusações de manipulaç...