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CHINA BANE DRAMAS DE CEOs RICOS

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Lição para África ou Ilusão de Controlos Cultural?  A China apertou a regulação sobre micro-dramas que romantizam relações entre CEOs milionários e mulheres pobres. O objectivo oficial é conter o materialismo, a hipergamia e as expectativas irreais criadas entre jovens, sobretudo raparigas, que passam a ver o casamento com um homem rico como via principal de ascensão social. Estas narrativas — populares também nos K-dramas — difundem a figura do “homem poderoso que salva a mulher humilde”, um enredo sedutor, mas profundamente enganador. Para Pequim, trata-se de uma ameaça ideológica aos valores de esforço individual, ambição profissional e independência económica. África: o mesmo sonho, outras raízes Em África, o fenómeno não é novo. Novelas brasileiras, mexicanas e turcas moldaram durante décadas imaginários românticos em países como Moçambique , Angola e Nigéria. Hoje, os K-dramas ocupam esse espaço, amplificados por plataformas digitais . O problema é que estas histórias r...

Actos Sociais, puro patriotismo que marketing

Patriotismo na prática: caso da iniciativa da ILS - Issufo Lambone Serviços e Investimentos - Lda. 

Lino Isabel Mucuebo
(linoisabelmucuebo@gmail.com) 

A iniciativa da ILS - Issufo Lambone Serviços Logística e Investimento Ida Angoche, de oferecer serviços de transporte gratuito de documentos e alimentos, bem como passagem gratuita para idosos que precisam de tratamento médico, é análoga à participação de cidadãos comuns na prestação de serviços que deveriam ser garantidos pelo Estado. 

Assim como o Estado deveria assegurar o direito de locomoção e acesso à saúde e documentação civil básica para todos os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis como idosos e de baixa renda, estamos vendo uma empresa privada tentando suprir algumas dessas necessidades essenciais da população de Angoche.

Isso demonstra que, diante das falhas e limitações do setor público, a sociedade civil está se mobilizando de forma voluntária para garantir direitos e atender necessidades básicas dos cidadãos. Tal como esse exemplo da ILS, diversos outros casos de organizações não governamentais, associações comunitárias e até movimentos informais têm emergido pelo país na tentativa de prover serviços precários de educação, saúde, documentação, mobilidade e outros.

Embora esse engajamento da sociedade seja louvável e muitas vezes essencial, não substitui nem diminui a responsabilidade do Estado em garantir esses direitos universais por meio de políticas e investimentos públicos robustos e universais. 

É um paliativo necessário diante das deficiências estatais, mas o objetivo deve continuar sendo fortalecer políticas públicas que atendam todos os cidadãos de forma digna e qualificada.

Porque se falha esse objectivo, o Governo que gere o tal Estado, onde iniciativas de indivíduos como esta, pode minar a confiança do governo em relação ao povo. Aliás, depois vimos este tipo de cidadãos quando decidem envolver-se na vida política activamente e concorrer como independentes ou filiados em algumas formações políticas, arrastarem massas que obrigam qualquer governo corrupto e incompetente a recorrer fraudes para voltar ou permanecer no poder sobre um povo que antes abandonou por não assumir ou assegurar a disponibilidade de serviços e necessidades básicas como estas que a ILS oferece aos amgocheanos.

Opinião Pessoal

Agora, espero que as autoridades estatais, moçambicanos em diversas instituições do Estado e governo, não dificultem ou atentem sabotar e desencorajar iniciativas do género. Uma vez que parece haver muitas habilidades delas, em dificultar o povo, para depois usar o sofrimento deste povo, como uma oportunidade de enriquecimento (ilícitos por exigir subornos e comissões fraudulentas). 

Bem aja ao pessoal civil, independente e capaz de iniciativas como esta ao benefício do povo moçambicano. Que Deus sempre deia força à quem se preocupe pelo bem-estar comum e o desenvolvimento das suas comunidades, que perfazem o crescimento do país todo!



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