A África no mundo de hoje.


Existe uma série de questões que levantam debates fervorosos e intrigantes a todos níveis cognitivos. Dentre as quais é o posicionamento do povo e o continente africano no mundo. Onde até há reivindicações já elaboradas para a recuperação do que se subentende que pertença a África mas esteja em mãos alheias.

Porém, as opiniões são divididas e o absurdo é que nem todos africanos concordam nessas intervenções, muito menos às de elevar a África para outros patamares. A prova disso, fazem a questão, a porta fechada, entregar continuamente de bandeja, os recursos e riquezas a troca de benefícios individuais fúteis, em detrimento do bem comum ou da maioria e liquidam qualquer possibilidade e esperança das futuras gerações se impor diante das civilizações "dominantes" ou superiores que as de África.

Esta negação e a falta de uma visão ousada de se impor diante dos povos de outros continentes, tem sua razão de ser. O que muitos africanos não estão dispostos a ceder, é a luta pela sua liberdade, autonomia e a crença de que é possível, sair do lixo para luxo, sem precisar se submeter aos outros, mas sim cooperando de forma justa e transparente.

Isso porque, também, a independência, a liberdade assustam e metem medo para qualquer um que tenha uma mente volátil e desprovida de capacidade para assumir suas responsabilidades. 

Os benefícios de uma África livre das correntes externas todos queremos, mas envolver-se no engajamento para alcançar esse objectivo, não nos vemos pela dimensão imaginária das consequências que podem advir nessa busca sacrificante. 

O sentimento de inferioridade perante as outras civilizações 

As tradições africanas são ricas e diversas, e têm contribuído para a cultura mundial em muitas áreas, incluindo arte, música, literatura, religião e filosofia. Isso aparece em todos motores de busca, mas não se envolve directamente a parte da ciência. 

No entanto, ao longo da história, as culturas africanas foram frequentemente subestimadas e desvalorizadas por pessoas de outras partes do mundo. Os quais abocanharam todos feitos científicos por consentimento involuntário dos africanos de pouca ou de fé fragilizada. 

Mas que neste século deve ficar claro que isso pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo o racismo, a ignorância e a falta de compreensão. Principalmente a questão de falta de compreensão, que é um exercício que muito desprezam enquanto africanos. 

Ainda hoje, muitas pessoas têm uma visão estereotipada e preconceituosa das culturas africanas, o que pode levar à marginalização e discriminação. É importante lembrar que todas as culturas têm valor e merecem respeito e apreciação. 

Mas reside uma espécie de medo em alguns africanos de se impor e preferem bancar-se de vítimas e submissos, pois a liberdade os assusta, uma vez que está exige responsabilidade plena. E ser responsável é uma das coisas que muitos africanos temem. 

As nuances da inferioridade perante outros povos. 

A subestimação das tradições africanas no âmbito da civilização global, muitas vezes resulta de uma longa história de estereótipos, preconceitos e desinformação. Mais uma vez ressalvo a questão de falta de compreensão que é aliada a desinformação. Muitos acovardam-se na ignorância e preferem que o seu destino seja decidido por outras figuras em sua representação. 

Abdicando de se envolver activamente nas actividades intelectuais ou de participação cívica e colectiva, sob alegação que questões políticas não são o seu forte e que embrenhar alguma filosofia de vida que envolva autoestima e exercício de autoridade plena sobre o seu destino é coisa de eruditos e estudiosos. Ou melhor há medo de assumir responsabilidades. 

Em alguns casos somos substimados pelos outros povos e na pior situação é quando nos sentimos inferior diante de quem nos vez em pé de igualdade. Questões como racismo, por exemplo, somos mais racista antes dos outros serem para connosco, quando damos espaço à estereotipação da era colonial. 

O eurocentrismo histórico, juntamente com o impacto do colonialismo, contribuiu para a marginalização e subvalorização das ricas culturas e contribuições africanas. Valorizar e reconhecer adequadamente essas tradições é essencial para promover uma compreensão mais completa e justa da diversidade cultural global.

Talvez o erro tenha sido não termos percebido a tempo que no mundo, a sobrevivência, baseia-se sem disputa e tentativas de domínio e resistência. Pois tanto os africanos assim como os outros povos, sempre gozamos das mesmas oportunidades. E isso tem se revelado nos africanos mais ousados e corajosos que lideram movimentos e mobilizaram realizações de grande envergadura histórica e em diferentes áreas humanas e científicas. 

O lugar da África na ciência

Em alguns fóruns de discussão sobre africanicidade, meus amigos querem se apuderar de tudo e trazer para a África por acreditarem que é o nosso legado. Pelo que não seria preciso afirmar que toda a ciência global nasceu exclusivamente na África. 

Uma vez que, a contribuição para o desenvolvimento científico é um esforço global ao longo da história. No entanto, é importante reconhecer que a África tem uma rica história científica e intelectual. Isso é inegável. Se há o que também se aceita que aprendemos com os outros, é a corrupção, a marginalização do pensamento crítico construtivo. 

Civilizações antigas africanas, como no Egipto, fizeram contribuições significativas para a matemática, arquitetura, medicina e outras áreas do conhecimento. Mas que fique claro que a ciência é um esforço humano global, e várias regiões do mundo desempenharam papéis cruciais em seu desenvolvimento.

O que temos a fazer é se auto valorizar antes nunca de mendigar reconhecimento dos outros. Não precisamos nem devemos depender da aceitação dos outros para nos amar, se impor e expor o nosso desejo de afirmação como um continente capaz de cooperar e negociar, além de ser explorado. Para tal, há que haver coragem! 





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