Um acadêmico vai ser representado por um analfabeto?


No dia 07 de Fevereiro de 2024, quarta-feira, havia sido marcada a cerimónia de investidura e tomada de posse dos partidos vencedores das eleições autárquicas de 11 de Outubro de 2023, marcadas por fraudes e outras situações polémicas e de muita vergonha para uma democracia ideal.


Mas o descalabro não pára por aí. As polémicas foram ainda mais além do perfil das figuras e personalidades, nomeadas para compor a máquina governativa dos vencedores e até dos "vencidos com glórias", que a luz de manobras fraudulentas e ao sabor da fragilidade da justiça moçambicana, bem como o passivismo do próprio povo impotente, venceram contra todas as expectativas as eleições municipais, manchando todo o processo eleitoral.


E finalmente aconteceu contra e a favor dos quem lhes interessa o poder. Que presumivelmente é uma minoria nos centros urbanos. Pois, a maioria dos moçambicanos impotentes, pouco interesse tem em participar na vida política do seu país. O interesse de ir votar está baixando cada vez mais. 


Uma vez que, do jeito como é conduzido o processo eleitoral, deixa a desejar e muitas entidades e instituições perderam credibilidade e confiança do povo, não só por essa questão de eleições, como também na gestão de outras situações sociais, económicas, etc. Já quais os critérios usados para seleccionar os membros das bancandas, vereadores e outros cargos, é uma lástima.


Isso como prova da inaptidão dos formados e dos afortunados infelizes letrados que passaram por diversas instituições de ensino médio e superior, não satisfazerem o mínimo exigido dos padrões esperados pelos níveis feitos, resultado da má qualidade da educação em Moçambique. Culminando desse jeito com o que testemunhamos amargurados e incrédulos.


Estamos a falar de pessoas formadas em diversas áreas, que chegam a ser tão inúteis na sua área de formação, nem como cidadãos normais servem. Uma vez que são desprovidos de qualquer essência que justifique a sua existência como pessoas. A questão é, são esses acadêmicos que não deviam ser conduzidos por analfabetos? Se a maioria deles foram formados pelo esforços e boa vontade dos tais analfabetos, como não obedecer eles.


Há que pararmos com substimação generalizada, desprezo e qualquer tipo de discriminação e estereotipação de pessoas que fazem mais do que qualquer bando de letrados embrutecidos, vindo dos institutos e renomadas universidades, porém não podem fazer sem que os tais analfabetos lhes guiem.


Porque parecendo que não, a história reza que este país, foi forjado por pessoas que não tinham estudado tanto quanto os que destruíram ele. Mas eram inteligentes, criativos, habilidosos e corajosos o suficiente para enfrentar todas as adversidades impostas, para que tornasse possível este estado de independência e liberdade que os académicos não conseguem gerir.


Que académicos que não são governados por analfabetos que vivem, alimentam famílias, produzem a economia do país e movem massas, enquanto os tais académicos doutrinados sobrevivem de artimanhas corruptivas através de comissões? Esses acadêmicos que fizeram níveis subornando ou passaram por amnistia? Por exigências políticas? Não merecem também estar diante do povo.


Comissões essas que mal entendidas e praticadas puseram à falência grandes empresas de valor estratégico nacional e que colocavam Moçambique no mapa dos interesses internacionais. Se em 30 anos os tais académicos não puderam equilibrar as modalidades de gestão, quem lá sabe se por acidentes ou milagres, estes analfabetos nos tragam de volta a realização dos anseios do povo moçambicano: justiça, paz e liberdade sobre a prosperidade comum e colectiva.


O perfil dos tais académicos

Assim como se pede que o processo da Inteligência Artificial pare por um tempo, também podíamos parar com o ensino no geral e reformularmos o sistema nacional de educação, tornando o em mais adequado e útil para o desenvolvimento nacional e não como uma ferramenta de cumprimento de agenda dos doadores contra a independência e a soberania nacional.


Os nossos académicos são tão pobres intelectual e espiritualmente, que vale a pena ter burros (animais quadrúpede) nos representado em todos aspectos. Não sabem criar, inventar, produzir, gerir, etc, soluções dos nossos problemas. Se não eles mesmos serem o problema a ser resolvido,por exemplo manobras para enquadrá-los e acomodá-los. 


São desprovidos de habilidades, capacidades e competências básicas e essenciais para qualquer coisa. Quando melhor, são reprodutores de informações mal intencionadas para retardar qualquer processo que ameaça romper condicionalismos que nos enfraquecem. 


Os nossos académicos são chorões, bajuladores, providos de quaisquer tipos de limitações que não se pode imaginar. Independentemente dos níveis e graus académicos que ostentam. Sabem patavina de algo para se sustentar. Ainda precisam da boa vontade dos analfabetos, iletrados para sobreviverem. É um exército robotizado sem norte, nem inspiração alguma. 


São uma espécie de cidadãos condicionados a desempenharem alguma função mediante o nível de manipulação e lavagem cerebral a que foram programados e submetidos a pensar. É como se o diploma e o certificado que portam fosse uma espécie de bloqueador mental para não pensarem em nada fora da caixa, fora do contexto a que foram programados.


Em fim qualquer descrição pejorativa se encaixa até que muitos dos tais afectados e propositadamente endereçados nesta publicação tomem a consciência humana de resgatar o termo "académico", arregacem as mangas e ponham as mãos na massa. Não para provar a ninguém que são formados, mas sim para desempenharem suas funções em prol de fazer do mundo um lugar melhor para a humanidade.


Não somos obras do acaso,

Estamos cá por um prazo,

Façamos valer a nossa presença,

E chega de se agarrar e depender da crença.

Esperar por milagres é uma doença.

Despertar é a cura da tal desgraça.


Se realmente existem os tais acadêmicos a serem dirigidos por analfabetos, lamentamos o facto. Mas a parte boa é que, o autor desta reflexão ou crítica, seja como for, sente que se vos ataca, é porque estão fazendo mais do que ele. Tanto os académicos quanto os analfabetos, estão fazendo mais que o autor desta crítica. Pois, se não estivessem, não teriam chamado atenção do autor. Você entendeu? Nem nós, mas Denzel Washington disse:

Você nunca vai ser criticado por alguém que está fazendo mais que você. Você sempre vai ser criticado por alguém que está fazendo menos. Se lembre disso."


Ora, esta! Então estão de parabéns os académicos que terão que aturar nos próximos anos os analfabetos à sua frente. Aliás, terão que se submeter até aprenderem o necessário para não se dar mal. Porque a obediência é a disciplina que os académicos têm dificuldades de assimilar para não morrer de fome. 

Mas contudo, depois desta infeliz exposição, a resposta da pergunta: um acadêmico será representante por um analfabeto? A resposta é: sim, se o académico for nabo e o analfabeto estratega.


Abraços!


Por: Paulino Intepo




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