REAÇÃO: Expectativas face ao tema da Cimeira da União África em 2024.

O que esperamos da Cimeira da União Africana na Etiópia neste 2024. 

Diferente de muitos, tem sido difícil para nós ignorarmos factos pertinentes que mexem e condicionam a realização de outras acções fundamentais para a concretização dos anseios de povos africanos. 

Certamente, deixar de lado acontecimentos importantes como a realização do encontro de grande magnitude como este dos chefes de Estados africanos, não é benéfico à nós mesmos. É a partir destes encontros, que só pela presença, antes da intervenção e o tipo de abordagem que cada estadista manifesta, que se vê quem está representar o seu povo e os interesses do mesmo, em relação aos que estão aos interesses dos imperialistas. 

É a partir destes fóruns do continente que distinguimos os verdadeiros dos falsos presidentes ou impostores. Razão pela qual em jeito de reflexão, partimos da análise do tema numa vertente ampla desde as expectativas favoráveis e negativas a concretização dos objectivos pretendidos patentes no tema/lema deste ano. 

Assim é o nosso argumento que justifica a reação sobre algumas expectativas positivas e negativas à luz do tema da União Africana para 2024 - EDUCAR O AFRICANO PARA OS DESAFIOS DO SÉCULO XXI. De referir que está expressão é com base nas informações tidas a partir dos fóruns de debate sobre africanidade em grupos de jovens inspirados na liberdade da mente africana, na actualidade. 

Salientar que são movimentos sutis, mas ferverosos que se constituem dia a pós dia em busca da conscientização de um africano vocacionado para defesa, conquista e segurança dos seus anseios, longe da dominação imperialistas. Reivindicando o alegado legado usurpado e protestando contra qualquer outra forma da possível reocolonização da África. Igual ao Burquina Faso, Níger e Mali, podem ser libertos mais. 


EXPECTATIVAS POSITIVAS 

Mesmo com escândalos claros das eleições fraudulentas, actos de corrupção generalizada no governo, terrorismo, desvio de fundos e falência das empresas públicas, desilusão da França, etc, pela esperança e optimismo, espera-se que com este tema haja uma visão que dê oportunidades para o aumento do acesso à educação de qualidade para todas as crianças africanas, independentemente de gênero, etnia ou status socioeconômico. Uma vez que isso reduziria as desigualdades e permitirá que mais africanos alcancem seu potencial.

Possível dispertar para a melhoria dos currículos escolares, para serem mais relevantes para o contexto africano contemporâneo. Observando que por essa vertente pode-se preparar melhor os estudantes para os desafios do século XXI. 

Este tema pode despertar a necessidade de se direcionar maior investimento em tecnologia educacional, que será para aumentar o acesso à aprendizagem em áreas remotas e marginalizadas. No sentido de ajudar a superar barreiras geográficas ao aprendizado. Desde que esse financiamento seja do fundo suberano das nações para evitar distorções das intenções fundamentais do país para com seu sistema de educação pretendido. 

Permitirá desta feita, mobilização de recursos para a construção de sistemas educacionais mais resilientes, que possam resistir a crises como pandemias, conflitos, etc. Bem como garantir a continuidade da educação fora da assistência das mãos externas que distorcem os interesses nacionais promovendo suas agendas maléficas de autodestruição das nações africanas para continuarem a reinar e dominar o povo africano e seus governos. 

Apesar da interferência externa, espera-se que esteja dentro da agenda a discussão das modalidades de acção para aquisição de liberdades para propriedade intelectual. Algo que garantirá que sejam reconhecidas as invenções africanas e a possibilidade de as industrializar e ter aceitação adequada e igual ao resto do mundo. 


EXPECTATIVAS NEGATIVAS

Como sempre parece, não nos inspira tanta confiança, ainda que se renove a esperança de algo melhorar. Uma vez que dentro deste encontro, estão lá alguns olheiros fora do continente, que participam para controlar que seus interesses não estejam a correr riscos e os seus lacaios não os traiam. 

Nesse contexto suspeitamos que com os sistemas educacionais deficientes e a falta de recursos autónomos das nações, podem limitar a implementação efectiva das reformas em muitos países africanos. Pois, o forte compromisso que alguns governos têm com os imperialistas, não permitirá que seja concretizada essa vontade. 

Deste modo, as visões tradicionais sobre o papel das mulheres e meninas podem continuar limitando o acesso igualitário à educação em algumas regiões do continente africano. Pois, alguns estadistas agem de má fé para com as boas intenções dos seus povos e de boa fé para com as forças dominadoras estrangeiras, pela proteção da ganância individual em detrimento de manter o controlo os seus povos de modo a não se desenvolverem intelecto e socialmente. 

Assim, com os conflitos em curso em algumas partes da África, podem continuar desestabilizando os sistemas educacionais e limitando o acesso para muitas crianças, jovens e até adultos no processo da formação do africano capaz de gerir as independências e promover o espírito de tomar responsabilidade sobre seus interesses colectivos para o bem-estar comum dos seus povos. 

Por outro lado, vemos estadistas que não conseguem de modo algum erradicar ou simplesmente reduzir o índice da corrupção e má gestão nos seus governos. Questões que podem desviar recursos destinados a melhorar a educação em alguns contextos.

Contando ainda com as fachadas políticas retardatorias e de controlo do desenvolvimento endógenos da África sob alegada preocupação nas mudanças climáticas e desastres naturais, este dois, principalmente o primeiro, juntos representam uma ameaça contínua à provisão educacional em partes vulneráveis ​​da África. Para o nosso caso em Moçambique, imagine se aqueles rios é esforços de financiamento dados ao INGD fossem para a construção das infraestruturas da educação, quantas crianças não correriam riscos de estudar por baixo das sombras de árvores velhas!

Infelizmente, o potencial para progredir existe, mas também persistem muitos obstáculos sistêmicos e contextuais, de que falaremos a seguir. Porém, um compromisso sustentado e abrangente será necessário para educar com sucesso a próxima geração de africanos para os desafios à sua frente.

Aliás, até então, a Cimeira segue perdendo pontos, uma vez que há vislumbres de casos de chefes de Estados mendigam implorando os EUA a retornarem apoio para as causas de HIV/SIDA. Estes tipos de chefes de Estados são o grupo dos impostores e destraidores dos nossos interesses fundamentais. Um dos sinais de desapontamento. 


PRINCIPAIS OBSTÁCULOS SISTÊMICOS E CONTEXTUAIS. 

Esta parte está reservada ao resumo dos obstáculos que chamam atenção ao reflectir sobre o tema deste ano, face à melhoria da educação na África. Se as pessoas presentes na cimeira da União Africana em Adis Abeba, Etiópia forem realmente representantes dos povos africanos ou mandatários dos imperialistas para garantir que continue se sofrendo em África. 


O primeiro obstáculo é a:

Infraestruturas educacional precária

Observa-se que muitas escolas carecem de instalações, materiais e recursos básicos necessários para o ensino eficaz. Isso inclui salas de aula superlotadas, falta de livros didáticos, eletricidade, água encanada, etc. Questões que podem ser resolvidas mobilizando recursos e condições locais. 

Existência e acomodação de professores despreparados

Pelo nepotismo e outras formas de contratação fraudulentas, bem como o devido treinamento docente deficiente, muitos professores carecem das habilidades e conhecimentos necessários, para proporcionar as futuras gerações um ensino de qualidade à todos níveis.

Sem mencionar os salários baixos, também, desestimulam a atração de professores qualificados e desmoralizam os melhores, existentes nas escolas públicas, principalmente e de ensino especial. 

Endémica Governança fraca

Sistemas educacionais com frequência sofrem de corrupção, falta de financiamento adequado, política instável e falta de responsabilização. Impostores nunca souberam lidar com questões fundamentais para o desenvolvimento como a educação de um país. Aliás, até que muitos sabem que é o ponto fulcral para aniquilar o sonho de qualquer povo e aí fazem as investidas para subjugar o sector de modo a não permitir avanços nos outros processos de progresso e desenvolvimento. 

Pobreza generalizada

Naturalmente sabido, a pobreza limita o acesso de muitas crianças à educação, especialmente meninas e deficientes ou portadores de deficiências. Muitas são forçadas a trabalhar ou casar cedo e estar expostas na rua como mendigos, respectivamente. 

Conflitos

Oremos pelo Cabo Delgado, Congo, Somália, etc. Guerras e conflitos em algumas regiões destroem infraestrutura, fecham escolas e deslocam populações, retraem qualquer região onde elas ocorrem, desinsentivando funcionários e outros provedores de serviços de educação, saúde e entre outros a entrarem nas tais zonas. 

Normas culturais

Em algumas áreas, visões tradicionais sobre o papel das mulheres e meninas na sociedade limitam a participação igualitária na educação. Nas outras, a interferência desenfreada da globalização desistabiliza a ordem social da estrutura original que estavaza valores que deviam catapultar o patriotismo das nações africanas. 

Desastres naturais

Enquanto sofrimento, ainda é fonte de enriquecimento de indivíduos, dirigentes e governantes de má fé. Secas, inundações e outros eventos climáticos extremos prejudicam severamente a provisão educacional em algumas regiões.

Entretanto, superar esses desafios requer investimentos sustentados, boa governança e abordar causas fundamentais como pobreza e desigualdade de gênero. Questões que deviam estar na ordem das discussões e que parece não terem relevância nos estadistas em Adis Abeba. 

Porém, não há soluções rápidas, mas um compromisso a longo prazo pode gradualmente melhorar o acesso à educação de qualidade na África. Assim sendo, não gostaríamos da próxima oportunidade manifestar o desagrado da cimeira depois de montantes gastos para o efeito. Ademais, esses e mais outros obstáculos, podem ser superados em conjunto através de contacto abertos entre nações, longe dos olhos do exterior do continente. Pois a educação é a chave para fazer África crescer. 




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