AS CASAS DE COLMO: UM SÍMBOLO DE HERANÇA CULTURAL E SUSTENTABILIDADE EM ÁFRICA
Nas últimas semanas, milhares de utilizadores do X (antigo Twitter) no mundo inteiro têm despertado para a mesma perturbação digital: mensagens directas idênticas, enviadas por contas que nunca viram, todas com a mesma narrativa ensaiada.
«Hi, Brother Senny, it’s your sister Lisa. I still can’t accept my husband’s sudden passing…»
A história continua, sempre igual: um suposto marido que faleceu subitamente, milhões em criptomoedas e acções que ficaram “presos”, uma viúva perdida nos Estados Unidos que não sabe como levantar o dinheiro — e tu, um estranho total, és a “única pessoa” em quem ela confia.
No fim, chega sempre o mesmo veneno: login, senha e um link duvidoso.
Irmão, isto não é drama familiar. É engenharia social na sua forma mais agressiva. É um dos maiores golpes cibernéticos de 2025, e está a atacar com força utilizadores em todo o mundo, incluindo em Portugal, Brasil e parte de África lusófona.
1. Criminosos criam centenas de contas falsas por dia — nomes aleatórios cheios de números.
2. Bots enviam a mesma mensagem a milhões de perfis com DMs abertas.
3. Quando alguém responde, pedem mudança para WhatsApp ou Telegram.
4. Lá, exibem supostas “capturas de ecrã” de lucros astronómicos e pedem depósitos: “taxas de desbloqueio” ou “gas fee”.
5. Após receberem o dinheiro… evaporam-se.
Segundo o relatório State of Scams USA 2025, da Global Anti-Scam Alliance (GASA), golpes deste género causaram 64 mil milhões de dólares em prejuízos só em 2025, afectando 7 em cada 10 adultos.
Nos EUA, 20% das vítimas perderam, em média, 1086 dólares por caso, e 80% das fraudes começaram em mensagens directas. Utilizadores do X relatam receber 5 a 10 mensagens idênticas por dia, confirmando que é um script global automatizado.
A mensagem vem de contas novas, com foto cinzenta (padrão).
O texto é exactamente igual em todas as contas.
Pedem para sair do X e continuar no WhatsApp ou Telegram.
Oferecem login e senha — algo que nenhuma entidade legítima faz.
O site tem domínio estranho e recém-criado.
Usam histórias emocionais: “viúva desesperada”, “irmã aflita”, “confio só em ti”.
O FBI classificou fraudes em redes sociais como a ameaça online mais cara, fenómeno que se manteve em 2025.
No Reddit, vítimas relatam perdas imediatas só por clicarem no link.
1. Não respondas e não cliques em absolutamente nada.
2. Abre a conversa → três pontinhos → “Denunciar conversa” → “Spam” ou “Tentativa de burla”.
3. Bloqueia a conta.
4. Repete o processo para todas as contas que enviaram a mesma mensagem.
5. Vai a Definições → Privacidade e segurança → Mensagens directas → desactiva “Permitir mensagens de qualquer pessoa”.
6. Activa a autenticação de dois factores (2FA).
Nunca envies dinheiro para “taxas” ou “desbloqueios” online.
Nenhum familiar verdadeiro te contacta por DM a partir de contas estranhas.
Antes de ajudar alguém, confirma por chamada ou áudio no número habitual.
Usa apenas plataformas fidedignas (Binance, Coinbase) para cripto.
Nunca acedas a sites enviados por desconhecidos.
A GASA recomenda denunciar sempre — mesmo quando parece inútil. O X é lento a agir, mas responde a volume.
O golpe da “Irmã Lisa” já roubou milhões e continua a espalhar-se como uma praga digital silenciosa.
A boa notícia? É totalmente evitável.
Não respondes, denuncias e partilhas este alerta. É assim que se quebra a cadeia da burla.
Copia, publica no teu X, envia para os grupos no WhatsApp e protege a tua gente.
A informação ainda é a arma mais eficaz contra a fraude.
Juntos paramos esta onda.
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