Os motivos de roubo e furto da corrente eléctrica.

Depois de redigir a publicação que dava conta dos contornos por detrás das vandalizações, roubos ou furtos dacorrente eléctrica, para completar o raciocínio achei melhor responder o que exactamente perpetuava todos esses transtornos. Bem, na tal publicação chamava atenção sobre as boas praticas cobradas ao clientes enquanto faltava uma postura honesta e exemplar dos patrões, que se recusam a assumir o título, mas fazem o uso dele ao rubro sem dó nem piedade.

Foi assim que cheguei a conclusão preliminar que existem várias razões que podem levar parte da população em Tete, por exclusivo, assim como em outras regiões, a se envolver em roubo ou furto de corrente eléctrica. Diferente da outra publicação, nesta tentei no máximo clarificar de acordo com a magnitude do problema. Algumas dessas razões são:

1.      Acesso limitado à electricidade legalizada:

Em algumas áreas, há falta de acesso adequado à electricidade legalizada devido à infra-estrutura limitada ou à falta de recursos para expandir a rede eléctrica. Isso tem levado as pessoas a recorrerem a métodos alternativos, como o furto de energia, para obter electricidade.

Ao passo que nas outras áreas, as infra-estruturas eléctrica podem estar em precárias condições por falta de manutenção para atender à demanda da população, uma vez que pode falhar uma revisão ou actualização do número de habitantes designados para um determinado ramal. Isso pode levar as pessoas a buscar soluções alternativas, mesmo que ilegais, para obter electricidade.

Assim como acontece em áreas mais recondidas,  o acesso à electricidade pode ser limitado. O que leva as pessoas a tomarem medidas desesperadas para obter electricidade, como a conexão ilegal a redes existentes, afim de superar o sentimento de estarem isolados da atenção das autoridades da EDM ou outras empresas fornecedoras de corrente eléctrica.

2.      Dificuldade em pagar as contas de electricidade ou simplesmente a pobreza.

O custo da electricidade é cada vez mais caro e não vai de acordo com a renda dos cidadão nessa região. Ou melhor, em certos casos, os custos da electricidade podem ser muito altos, o que torna difícil para algumas famílias arcarem com essas despesas.  Acabando a se tornar num autêntico desafio para algumas famílias de baixa renda.

Quando as contas de electricidade são definidas nos gabinetes sem ter em conta a realidade da população, se tornam inacessíveis na realidade, chegando a se pensar que na verdade os destinatários não são os moçambicanos. Razão que leva algumas pessoas optarem por roubar ou fazer ligações clandestinas para evitar os altos custos.

Eu sempre digo o que os outros cantam, senhores “a pobreza dói”. E ela é um denominador comum se não um factor significativo que leva as pessoas a recorrerem meios ilegais para obter electricidade. Alguns indivíduos nessas zonas e outras semelhantes em Moçambique, não tem condições financeiras mínimas para pagar as contas de energia eléctrica e, portanto, procuram alternativas mais baratas e arriscadas, ainda que ilegais.

3.      Necessidade de sobrevivência:

Por outro lado em algumas situações, o roubo de electricidade pode ser motivado por uma necessidade básica de sobrevivência. Alguns indivíduos podem usar a electricidade para iluminar suas casas, alimentar electrodomésticos ou até mesmo fornecer energia para pequenos negócios, na tentativa de melhorar sua qualidade de vida. Imitando dessa forma aos que desviam os fundos que serviriam para melhorar a qualidade dos serviços fornecidos, com a subtileza mania de atribuir a culpa à esses roubos e furtos.

4.      Consciência limitada sobre as consequências:

Umas das melhores formas seria a consciencialização das consequências que podem advir no processo. Pois algumas pessoas podem não estar plenamente conscientes das consequências legais e dos riscos associados ao roubo de electricidade. A falta de conhecimento sobre as implicações legais que podem levar algumas pessoas a cometer esse tipo de crime.

Apesar da pobreza assolar e dar nervos ver cabos atravessarem o seu tecto sem poder ter condições para ter acesso a ela, é importante ressaltar que o roubo ou furto de energia é uma actividade ilegal e pode ter consequências legais graves. É fundamental buscar soluções sustentáveis e legais para garantir o acesso à electricidade para todos os cidadãos.

Além disso, essa prática pode causar danos à infraestrutura eléctrica, colocar vidas em risco e afectar a qualidade e a confiabilidade do serviço para outros consumidores. Algumas pessoas ainda não estão cientes que já houveram mortes e incêndios por conta das ligações clandestinas e sem o mínimo de verificação e autorização legal das autoridades competentes.

Sugestões à empresa (EDM)

É importante continuar a ressaltar os apelos que o roubo ou furto de corrente eléctrica é uma actividade ilegal e têm consequências legais graves. Porque mesmo com as sanções exemplares que fazem e são expostas nos órgãos de comunicação social, não bastam. A não ser que os gestores não queiram investir nisso para tirar proveito.

Além disso, essas práticas podem ser perigosas e representar riscos à segurança pessoal e colectiva, assim como aos equipamentos eléctricos. É fundamental que as autoridades trabalhem para fornecer acesso seguro e acessível à electricidade, ao mesmo tempo em que educam a população sobre a importância de usar a electricidade de forma legal e segura.

O melhor de tudo é reduzir a burocracia e o tempo de espera que os cidadãos são sujeitos quando estão para abrir o primeiro contrato. Sem mencionar a corrupção (refrescos e molha de mãos) necessária para flexibilizar os processos para ter acesso a ligação da rede eléctrica nacional nas casas dos novos clientes. 

Opinião pessoal

Caso contrário, fica claro que as dificultardes que vem do lado da empresa sobre às populações, são propositadamente orquestradas para dar vida aos contornos que proporcionam todas essas praticas tidas como prejudiciais, malévolas, criminosas, ilegais e perigosas a segurança humana, que de certo modo comprometem investimentos em outras áreas que alavancariam o desenvolvimento deste país, teoricamente pobre.

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