Reflexões sobre a Declaração do Representante da OJM em Moçambique
A Voz do Povo Não Pode Ser Ignorada
A recente declaração do representante máximo da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), sugerindo que o próximo candidato presidencial da Frelimo nas eleições de 2024 deve ter um perfil semelhante ao do actual Presidente Filipe Nyusi, levantou sérias preocupações sobre a verdadeira representatividade dos interesses da população moçambicana.
Não se trata de ser uma ordem o qual não se pode recusar, mas sim, uma declaração conclusiva, talvez discutida por cunhado de bajuladores no seio da OJM e não por todos membros nem em nome de toda juventude moçambicana como tal. Pois, a declaração vai contra muitos princípios democráticos e acima de tudo faz questionar o modelo de participação política que se adotou em Moçambique.
Uma vez que durante os dois mandatos de Nyusi, foram amplamente documentados casos de má governação, falta de transparência e responsabilização, bem como a perpetuação de desigualdades e o não atendimento das necessidades mais prementes dos cidadãos. Desta forma, promover um candidato com um perfil similar é um sinal preocupante de que a voz do povo possa continuar a ser ignorada em favor de interesses particulares ou de elites no poder.
Por outra, é um sinal evidente de que não importa a opinião dos outros, se não apenas criar ruídos que favoreçam a continuidade do autoritarismo militado dentro do partido onde reside o medo de ouvir algo diferente, com risco de ser considerado como sendo da oposição ou alguém infiltrado para desestabilizar o partido.
É fundamental lembrar que a essência da democracia representativa reside na capacidade dos eleitos de expressarem e defenderem fielmente os anseios e preocupações daqueles que os elegeram. Quando os representantes se distanciam desta missão fundamental, traindo a confiança depositada neles pelo eleitorado, instala-se um grave déficit de legitimidade democrática.
Ainda assim, a desconexão entre representantes e representados é um caminho perigoso que pode minar a credibilidade das instituições e entidades, alimentar o descontentamento social e, em casos extremos, desencadear movimentos de protesto. Além disso, cria-se um terreno fértil para a captura do poder por grupos de interesse específicos, perpetuando desigualdades e negligenciando as vozes das minorias e dos mais vulneráveis.
Talvez seja por isso que saiu uma matéria de um dos jornais, referenciado as divisões de pretensão entre duas ou mais alas, dizendo: trabalharam, expuseram-se tanto e uns nada "comeram". Então na tentativa de encaixar uma eventual migalha, tenha surgido a ideia de querer padronizar a imagem do próximo presidente.
Cada figura é uma única remessa
É imperativo que os líderes políticos reconheçam que o seu mandato emana do povo e que devem pautar as suas acções e decisões pelos interesses colectivos, e não por agendas particulares ou imposições de hierarquias superiores. Tentar agradarem-se e esquecer que o objectivo central é a satisfação do povo é que grande erro, mesmo em palavras, ainda que no terreno seja o contrário.
A legitimidade de um governo democrático reside na sua capacidade de ouvir e responder às necessidades e aspirações dos cidadãos. Deixemos de bajulação barata como a do camarada. Tratemos com seriedade os assuntos que importam para desenvolver Moçambique, antes que desapareçamos do mapa sem algum marco relevante na construção de um Moçambique forte e sustentável em todos âmbitos.
Neste contexto, a declaração atribuída a todos membros e simpatizantes da OJM, quase que dá espaço da imaginação de alterar a organização, ao invés de Moçambique passar a ser somente da Frelimo ou ao invés de OJM passar a ser OJF (Organização da Juventude da Frelimo). Aquelas palavras não representam nem 05% dos anseios da juventude moçambicana.
Seria bom deixar o curso natural da situação fluir e necessariamente forçar a vontade de um cunhado desesperado, anti-patrióta e idiotas.
A declaração ou o discurso do camarada, além de que é um lembrete oportuno de que a boa governação e a representatividade genuína devem ser priorizadas acima de quaisquer interesses políticos ou pessoais. O futuro de Moçambique depende da construção de um sistema político verdadeiramente responsivo e responsável perante o seu povo.
Esta é só uma opinião em relação à declaração do perfil do próximo candidato. Os moçambicanos merecem o melhor do perfil que exista por aí com ou independente do nível da sua escolaridade, mas tenha maior compreensão e compromisso com as reais necessidades desse povo e se encaixe nos desafios actuais, ainda que suicite reformas profundas e mudanças radicais.
Mas Moçambique precisa de algo melhor que anteriores duas figuras, ainda que distante da actual, desde que compatível a dinâmica da realidade do mundo. Nada de bajuladores, idiotas, tolos, criminosos, etc cuidando os destinos desta bela e rica nação. Existem entidades com menos ou sem cadastros e antecentes negativos, dentro nem fora do país, lúcidos e patriotas que possam governar este país ao bom bordo.
Sinto muito, assim o perfil do presidente Nyusi é fantástico? Esse nível de bajulação da medo. Pelo menos uma vez caírem na real , até quando? Seraque vocês não sabem que o presidente é tipo Robô que faz tudo a controlo remoto, assim tas a dizer que precisa de um outro Robô para os pleitos que se avizinham?
ResponderEliminarTriste 😭😭😭😭
Máquina criada pelo Presidente...
ResponderEliminarQue exemplo o Nyusi deixa para os jovens?... Que exemplo de governação Nyusi deixa?... O momento de Nyusi é o único que não dá para ser lembrado....
É um idiota esse, quando um jovem é analfabeto e tem medo de perder o pão, acho que nesses casos não custa nada ficar calado. Do que sair e se manchar, Porque a governação de Nyussi foi a pior governação que já presenciamos em Moçambique, eu acho que até crianças de menos de 10 anos percebem que as coisas não andam bem….
ResponderEliminarSinceramente
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ResponderEliminarEm boa verdade, a declaração busca destacar e valorizar as melhores qualidades do nosso líder Presidente. O Futuro Presidente deve ser como o actual Presidente da República nos aspectos mais construtivos, e certamente não nos aspectos negativos, se existirem (mas como humanos, não somos certos à todo momento). Provavelmente o maior desafio que motiva declarações e críticas analíticas como esta, é não fazer parte dos órgãos para compreender internamente a ideologia e os desafios do nosso tempo. Nós, como organização política certamente que, somos independentes da volta individual e de alguns grupos que pretendem que determinadas situações sejam geridas de um ou outro modo, ou seja, as opiniões podem ser válidas, mas pecam por estar fora do espaço formal de contribuições de melhoria. Então recomendo sempre que possamos nos inteirar da realidade e visão interna da organização sob o risco de buscar populismos com inverdades.
Quando a estupidez e a burrice andam de mãos dadas, confunde os argumentos lógicos da sua interpretação contextual, este é uma amostra física de humano desprovido de discernimento.
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