Uma Abordagem Inclusiva para Lidar com a Intolerância.

Construindo Pontes de Diálogo

Introdução

Em um mundo cada vez mais diverso e complexo, a intolerância surge como um desafio persistente que ameaça a coesão social e o progresso colectivo. Seja no âmbito político, social ou cultural, grupos e indivíduos intolerantes frequentemente rejeitam críticas, opiniões diferentes das suas visões e percepções, e até mesmo não acolhem observações construtivas, criando um ambiente de hostilidade e divisão inútil. 

Isso acontece em muitos fóruns que dos quais, actualmente, nos deparamos em grupos de Whatsapp da Frelimo, Renamo, MDM, a CAD e a posterior PODEMOS, etc. Neste contexto, torna-se imperativo desenvolver estratégias eficazes para lidar com a intolerância de maneira pacífica e construtiva, promovendo o diálogo, o entendimento mútuo e o respeito pela diversidade.

Agora que nasce a frente do Albino Forquilha com boosting da popularidade do VM7, é pacífico abordar assuntos em torno disso que fora desse contexto. Mas há tantos assuntos que seriam úteis também abordá-los sem directamente focar-se na campanha e propaganda das nossas preferências políticas, que dos quais reforçam ou indigam as nossas opiniões consolidando uma visão acertada daquilo que nos fariam bem individualmente quanto colectivamente, que deve ser abordado nesses fóruns dedicados a objectivos pré-definidos. 

Infelizmente, encontrar um pessoal de mente aberta e emancipada é difícil. Apesar de estarmos expostos de ferramentas que permitiriam uma auto educação sobre vários aspectos que nos rodeia e nos envolvem. Não fácil encontrar seres humanos emancipados e de nacionalidade ou nativos de Moçambique, mesmo estando em Moçambique. 

Compreendendo as Raízes da Intolerância

Mas em todos casos, a intolerância pode ter várias causas subjacentes, desde preconceitos enraizados até a falta de exposição a diferentes perspectivas. Muitas vezes, ela surge de medos e inseguranças, levando indivíduos e grupos a adoptarem posturas defensivas e inflexíveis

É importante reconhecer que a intolerância não é um fenômeno isolado, mas sim um sintoma de problemas mais profundos que precisam ser abordados, porém esquivados por indivíduos e grupos, anteriormente mencionados e incluindo os religiosos. 

Ou melhor, muitos de nós moçambicanos não fomos instruídos a ter a capacidade de formular raciocínios ainda que superficiais ou profundos para ter uma opinião sólida resultante das respostas de pequenas dúvidas. Tanto que somos desposados da curiosidade e satisfação da inquietação sobre o que nos é dito. Talvez seja resultado do ensino dogmático. Por isso ao se envolvermos em certos grupos ou abordá-los, é necessário ser-se cauteloso e calculista para não ser mal interpretado e rotulado até banido do seio. 

Cultivando a Empatia e a Compreensão Mútua

Um dos pilares fundamentais para lidar com a intolerância é o cultivo da empatia e da compreensão mútua. Isso envolve a disposição de ouvir atentamente, procurar entender as perspectivas e experiências dos outros, e reconhecer que todos nós temos nossas próprias narrativas e percepções. 

Isso porque nós moçambicanos não somos muito de olhar as coisas em diferentes ângulos e nem pensar fora da caixa. Há um padrão que até parece ser já moldado geneticamente que devemos obedecer à risca. 

Independentemente do nível académico que ostente um indivíduo ou grupo de moçambicanos, há essas particularidades por observar. Entender as origens do sujeito, sua religião ou crenças, sua posição social, os seus objectivos e aspirações entre outros aspectos e se pôr no lugar dela sem abertamente revelar-lhe que tens esse domínio de compreender a situação dele, ajuda muito encarar e entender até manipular ao seu belo prazer. O que não é o nosso objectivo.

Mas sim, é uma das formas de criar espaços seguros para um diálogo respeitoso, onde até podemos superar barreiras e construir pontes de entendimento sólidos e acertivos.

Promovendo a Educação e o Engajamento Construtivo

A educação desempenha um papel crucial na superação da intolerância. Através de programas educacionais abrangentes, podemos promover a conscientização sobre a diversidade, o respeito mútuo e a importância do pensamento crítico. Além disso, é essencial encorajar o engajamento construtivo, permitindo que todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas, independentemente de suas origens ou crenças.

Fortalecendo a Liderança Inclusiva e Responsável

Líderes políticos, sociais e comunitários até os religiosos, têm a responsabilidade de promover a tolerância e a inclusão nas sociedades onde se encontram. Através de discursos e acções positivas, eles podem inspirar a aceitação da diversidade e a construção de sociedades mais resilientes e coesas. 

É fundamental que esses líderes e moderadores em vários fóruns, reconheçam a importância do diálogo aberto, da transparência e do compromisso em abordar as preocupações e aspirações de todos os sectores da sociedade.

Conclusão

Prontos, lidar com a intolerância exige uma abordagem multifacetada que combine empatia, educação, engajamento construtivo e liderança responsável. Ao abraçarmos essas estratégias, podemos criar um ambiente propício ao entendimento mútuo, promover a coesão social e trabalhar em direção a um futuro mais inclusivo e harmonioso. 

É muito importante que não se deixe de fora a diversidade, pois é uma força que nos enriquece e apenas através do diálogo e do respeito mútuo poderemos superar os desafios da intolerância e construir uma sociedade verdadeiramente próspera e justa para todos nós. 

Paulino Intepo
paulino.arcanjo@yahoo.com

Mitande, 18 de Junho de 2024. (Réédition 23.08.24) 

Como lidar com intolerantes políticos. 2024


Comentários

  1. Outro nível.
    Grande respeito e admiração.

    Um nível de sabedoria que choca com muitas convicções.
    Digamos, o conhecimento é saber que o tomate é uma fruta e não legume como todos pensam. Sabedoria é nunca usar o tomate na salada de frutas.

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  2. Sim senhor! Grande respeito.

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  3. Sim senhor! Grande respeito.

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