Questão do Seniorage em Moçambique: Quem Realmente se Beneficia?

Moçambique, uma nação de distraídos?

Queria muito acreditar que não, mas depois dos várias acções perpetradas para salvaguardar a opulência luxuosa dos dirigentes deste país, depois de cessarem funções, antes disso, me deixa a desejar. É só olhar pelos contratos malfeitos das multinacionais e megaprojectos de extração dos recursos não renováveis, que só trazem problemas ambientais ao povo; a subida de peços dos combustíveis, Transporte aéreo e vedação da entrada de concorrentes; subida das tarifas de telecomunicações, etc. É parte dessa manobra. 

Já, o Rogério Zandemela, Governador do Banco de Moçambique não quis ficar de fora. Depois de tentar algo com os bancos comerciais, não ficou satisfeito, agora rumou a mudanças que de exaltação do que se refere não se sente haver relevância prática na vida dos moçambicanos, que na sua maioria analfabetos, independentemente dos seus graus académicos, pois nada muda com uma educação fraca e debilitada. 

O anúncio recente do Banco de Moçambique sobre a introdução de novas notas de maior valor suscita preocupações legítimas sobre o fenômeno do "seniorage" e seus verdadeiros beneficiários. 

O seniorage, ou receita de senhoriagem, refere-se à receita obtida pelos bancos centrais através da emissão de moeda, uma vez que o custo de produção de notas e moedas é inferior ao seu valor facial. E na semana que passa de Maio 2024, circulam informações que em Junho de 2024 irão já entrar em circulação a nova série de metical. Qual é a necessidade disso? Houve alguma auscultação? Se o problema está nas dificuldades de transação (...)

Embora o seniorage possa ser uma fonte de renda para o governo, é crucial examinar cuidadosamente suas motivações e possíveis consequências. Em um país como Moçambique, onde a pobreza e a desigualdade são endêmicas, é essencial garantir que tais medidas não sejam tomadas unilateralmente por elites políticas e econômicas, sem o devido escrutínio público e a participação das partes interessadas.

A falta de transparência e o debate aberto sobre essa decisão suscitam preocupações sobre os reais beneficiários do seniorage. Enquanto a população luta para sobreviver, existe o risco de que essa receita seja canalizada para interesses particulares, em vez de beneficiar a sociedade como um todo. 

É imperativo que o Banco Central e o governo prestem contas sobre como essa receita será utilizada e como ela contribuirá para o desenvolvimento econômico e o bem-estar da população. E essa prestação de conta deve ser em uma linguagem que o analfabeto perceba, caso não, meia e volta essa decisão. Ou já é tarde, se é, há que haver alternativas que satisfação as dúvidas desta publicação. 

Outro porém à essa decisão

Além disso, é crucial avaliar se existem motivos legítimos por trás do seniorage, como a necessidade de renovar a moeda em circulação ou responder a mudanças econômicas fundamentais. Se essas justificativas não forem convincentes, é possível que o seniorage seja simplesmente uma manobra para encobrir práticas financeiras questionáveis ou até mesmo corrupção.

Opinião Pessoal (Verbalyzando o raciocínio na dúvida) 

Embora o seniorage possa ser uma fonte de receita relevante, noutros países sérios, é essencial que seja implementado de maneira transparente, responsável e em benefício do povo moçambicano. 

A falta de debate público e escrutínio sobre essa decisão levanta sérias dúvidas sobre quem realmente se beneficia dessa prática. 

É fundamental que os cidadãos, especialistas econômicos e instituições democráticas questionem e monitorem de perto tais medidas, a fim de garantir que o interesse público seja verdadeiramente servido.

Moçambicanos, vamos nos informar e formar-se. Esse país é nosso e os que nos dirigem não são deuses, são nossos empregados e nós não somos escravos deles.

Por: Lino TEBULO
linoisabelmucuebo@gmail.com



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