Qual das noivas não teremos visto suas partes íntimas expostas até ao momento de casamento?

A Proliferação da Pornografia "Amadora" e seus Impactos Sociais em Moçambique

A algumas semanas, expressamos um pensamento sobre a quantidade de imagens de rostos e corpos nus de mulheres em nossas comunidades, exibidas em vídeos e fotos de actos sexuais que alimentam o mundo do entretenimento pornográfico. 

Fomos censurados pelo WhatsApp. Porém, já houve sondagens sobre o quão lucrativa era a indústria pornográfica como alternativa de negócio. O que parece passar despercebido é a questão da moralidade diante das nossas tradições e culturas, que já estão se fragmentando.

Não somos totalmente contra, mas assim como a venda e o consumo de certas drogas são expressamente proibidos, acreditamos que algo deveria ser feito acerca da proliferação desse negócio. É aceito, embora com receio, que a prostituição, sendo uma das profissões mais antigas, ainda seja bem remunerada em alguns lugares.

Nossa preocupação está na integridade das pessoas envolvidas nos vídeos e fotos casuais de actos sexuais compartilhados em grupos de pornografia ou chats sem censura ou moderação.

Recentemente, um jovem estava em dúvida sobre prosseguir ou não em um relacionamento com uma moça aparentemente inocente, bonita e com muitos atributos visuais ideais para uma mulher ao gosto de muitos jovens e adultos. 

O problema era a existência de vídeos e fotos dela em cenas pornográficas, compartilhados sem seu conhecimento por um ex-parceiro de um relacionamento ocasional. O jovem recebeu essas imagens quando pediu opinião aos seus próximos sobre se deveria casar com ela ou não.

Outro ponto relevante é o constrangimento para os pais e responsáveis das mulheres envolvidas nas cenas onde o homem não mostra o rosto, mas expõe o resto do corpo da parceira, incluindo seu rosto, com todos os sons captados. 

Às vezes, surgem dúvidas sobre o consentimento. Em certas situações, não há consentimento, e as mulheres participam nessas cenas confiando que o assunto ficará em segredo entre ela e o parceiro mal-intencionado.

Porém, logo depois, somos notificados com novos vídeos e fotos de "...fazendo de ... Acaba de fazer na internet". Exceto no caso das chamadas influenciadoras digitais que usam essa técnica para chamar a atenção.

Nos casos em que há consentimento, é preciso reflectir sobre até onde nossa estupidez chegou e o quanto a moralidade importa. Uma vez que se normalizam banalidades, até pessoas consideradas cultas e tementes a Deus conseguem vender o sonho de um povo, violar a justiça eleitoral e ignorar as vontades populares em troca de luxo e conforto às custas dos pobres. Semelhante aos piratas e outros flibusteiros e larápios, podem até mentir depois de sair da igreja ou mesquita numa artimanha de esperteza. Que diferença faz?

Mas nos casos das inocentes que depositam confiança nos parceiros e têm seus segredos expostos, a situação é complicada.

Algumas correm o risco de perder ou perdem lares e casamentos com parceiros dos sonhos, por ter esse passado guardado em alguns smartphones e plataformas. Para os homens, as consequências são escassas no futuro. Mas para as mulheres, principalmente as mais jovens, é complicado.

Não há muito a fazer quando a ignorância é ensinada e proliferada de forma mais intensa que o ensino do pensamento crítico. 

Mas sempre que possível, devemos apelar à moderação dos contatos para fins fisiológicos, bem como à prática de outros actos em relações amorosas ou por prazer, necessidade e troca de favores e benefícios que não se queira que cheguem ao público. 

Ver irmãs com o destino comprometido só porque o passado caiu por acidente num grupo pornográfico mal-intencionado, onde nem ela consegue recursos para recorrer e ter sua dignidade restituída, é doloroso.

Contudo, são essas imagens em vídeos e fotos que, quando exibidas como publicidade em capas de grupos nas redes sociais, atraem internautas curiosos para ver as novidades de rostos, corpos e posições nas cenas compartilhadas. Infelizmente, depois das atrizes mais famosas, ultimamente são as nossas mulheres dos bairros que aparecem, aquelas com as quais sonhamos em casar até que suas imagens cheguem aos nossos celulares e dificultem ainda mais a decisão, além do pensamento sobre em que banco, qual valor e onde realizaremos nossos casamentos.

Um pequeno conselho às mulheres e moças que acham que já têm idade para actos sexuais e ocasionalmente "pulam a cerca", querendo manter seus pecados em segredo: 

"...não aceitem usar a luz dos smartphones como lanterna ou iluminação, uma vez que alguns registros e provas dos seus actos nos chegam por essa via."

A não proliferação dessas imagens poupa muitos responsáveis e casados de tensão, trombose e desgosto pelo resto da vida depois de se deparar com isso.

Não sabemos se durante a idealização, reflexão, redação, revisão e publicação deste artigo não estávamos sendo vítimas do que retratamos. O mundo está criando mais aventureiros extremistas e rancorosos que se dedicam a causar caos em relacionamentos promissores ou mesmo estragar sonhos dos outros. 

Por isso, dá medo abrir fotos e vídeos em alguns grupos e deparar-se com imagens da sua avó, mãe, irmã, filha, sobrinha, prima ou vizinha em situações anômalas.

Artigos e conteúdos como este são difíceis de compartilhar, assim como oportunidades de emprego e negócio, excepto as consequências do que chamamos atenção, vírus, links de fraudes eletrônicas e outros males do ramo digital.

Abraços e que Deus abençoe Moçambique 🇲🇿

A proliferação da Pornografia e seus Impactos Sociais em Moçambique. 


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