Será que vale esta opinião como proposta face a crise dos sequestros no Maputo e em Moçambique no geral?
Sequestros em Maputo - Uma Crise de Segurança e a Proposta de Investigação Privada
Introdução
Nos últimos dias, a cidade de Maputo tem sido palco de uma série alarmante de sequestros, focados principalmente em empresários de origem estrangeira. Esta onda de criminalidade, ocorrendo, às vezes, sob o nariz das autoridades, levanta sérias questões sobre a segurança pública e a capacidade de resposta das forças policiais.
Diante deste cenário, surge uma proposta inovadora: a criação de empresas de investigação privada como uma possível solução para este problema crescente. Em paralelo semelhante às empresas de segurança e protecção privada já existentes. É praticamente uma oportunidade, apesar do contexto actual.
A Situação Actual
Em menos de 72 horas, Maputo testemunhou dois sequestros de empresários. Um terceiro incidente, ocorrido na semana anterior, dizem que resultou na morte de um dos sequestradores. Além disso, um roubo audacioso de quase 6 milhões de Meticais das receitas da Igreja Universal aconteceu em plena luz do dia.
O mais preocupante é a tardia ou falta de esclarecimentos sobre estes casos e a aparente ineficácia das operações policiais em resgatar as vítimas ou desmantelar as quadrilhas têm gerado um clima de medo e insegurança entre os empresários. Alguns já consideram paralisar suas actividades e abandonar o país.
Uma Proposta Inovadora
Diante deste cenário desafiador, surge uma proposta: a criação de empresas ou firmas de detectives particulares. Esta ideia visa não apenas confortar as famílias das vítimas, mas também buscar resultados mais efectivos na resolução destes crimes.
Vantagens Potenciais
1. Abertura para envolvimento de recursos especializados, onde as empresas privadas poderiam investir em tecnologia e pessoal altamente treinado.
2. Sem queixas de sobre carga, com serviço no sector privado, talvez haja mais foco dedicado. Ao contrário da polícia, que lida com diversos tipos de crime, estas empresas poderiam se especializar em desvendar os sequestros.
3. Talvez com elas, haveria flexibilidade operacional. Uma vez que as empresas privadas podem, potencialmente, operar com menos restrições burocráticas.
4. Possibilidade deliberada de haver incentivo econômico aos bons resultados. Quer dizer, a recompensa financeira poderia motivar investigações mais intensivas e eficazes.
Desafios e Riscos
1. Definição, adopção ou legislação de alguma regulamentação seria necessário. Pois, um marco legal claro para regular a actuação destas empresas é fundamental antes de se confundirem com outro tipo de célula criminosa.
2. Será necessário alguma cooperação com autoridades de modo a se estabelecer protocolos de colaboração com a polícia. O que seria crucial para suas operações.
3. Deverá se garantir a ética e transparência para que estas empresas operem dentro de padrões éticos rigorosos.
4. Pode haver o risco de oportunismo, como mencionado, existe o perigo de criminosos se infiltrarem neste negócio para lucrar com recompensas em forma de ganho invertido.
5. Terá que se acautelar medidas restritivas de modo a não se incentivar o surgimento de super-heróis e justiceiros clandestinos longe das vagens das autoridades competentes a fazerem justiça pelas próprias mãos. Pois, os resultados de captura/detenção e descoberta dos criminosos sempre deve terminar nas contas da polícia.
Conclusão
A criação de empresas de investigação privada especializadas em sequestros apresenta-se como uma possível solução inovadora para um problema grave e persistente em Maputo. Embora existam desafios significativos, esta abordagem poderia complementar os esforços das autoridades e trazer esperança para uma comunidade aterrorizada por estes crimes.
Para que esta proposta seja bem-sucedida, será necessário um esforço conjunto entre o sector privado, as autoridades e a sociedade civil. É fundamental estabelecer um marco regulatório robusto, garantir a transparência das operações e manter uma colaboração estreita com as forças de segurança oficiais.
Ao considerar esta proposta, Moçambique tem a oportunidade de desenvolver um modelo único de combate ao crime que poderia não apenas resolver a crise actual, mas também servir de exemplo para outras nações que enfrentam desafios semelhantes.
O caminho à frente não será fácil, mas com criatividade, determinação e um compromisso com a segurança de todos os cidadãos, Maputo e Moçambique podem superar esta crise e emergir mais fortes e seguros.
Saudações!
Maputo, 22 de Julho de 2024.
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Não resultara em nada, primeiro é preciso eliminar is ghettos e modernizar a cidade, equipar com as tecnologias e câmeras, tem que se criar uma base de dados de cada registo de facil acesso na busca de cada informações de cada indivíduo ou objeto, segundo eliminar a polícia sernic não estão a trazer nenhum resultado para o país e volte a ser pib e depois pode se criar as empresas privadas.
ResponderEliminarVerdade sernic é do Game, uma vez que eles fazem e desfazem quando querem e como querem
EliminarOs sequestradores estão enter ligados com os melhores homens existentes no mesmo sistema
OS TAIS VÃO SEQUESTRAR OS PROPRIOS DONOS DAS EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA.
ResponderEliminarParece cómico, mas tem muita profundidade no que disseste. Então, ficamos assistir apenas ?
EliminarCom a situaçao actual do nosso país.
ResponderEliminarEm que vivemos ameaças, nao sera fácil.
Porque assim que ha essa proposta , é muito possível que ja existe ameaçantes contra a criação das empresas de investigação privada sobre os raptos e sequestros.
Em que uma das ameaças pode ser:
Se voce nao colaborar connosco, entao vamos chumbar os projectos.
Assim pose se criar, mas nao tera força maior e bravura nas matérias, porque estarão a trabalhar com medo.
Mas é preciso que haja vontade de se começar por algum lado. O paradoxo dos raptos é a comunidade em geral não olhar que o impacto de se raptar os empresários vai afectar ate a vida dos que sao pobres. Então, é importante que todos repudiamos e comecemos a forçar para que haja soluções difinitivas
EliminarQualquer proposta para solucao deste problema deve existir uma vontade politica de estancar o problema, para depois desenhar as varias estrategias com vista a parar os sequestros.
ResponderEliminarSugeres que voltemos a envolver a comunidade moçambicana no geral. Uma vez que os dirigentes representam o povo se o povo se pronunciar contra eles terão que aceitar e fazer a vontade do povo. Logo política reside aí
EliminarSobre a lei que te referes há uma generalidade na deficiência comum em perceber enunciados como leis e regulamentos ou coisas de gênero. O nosso nível de educação não nos ajuda de forma simples em perceber o que a Assembleia da República e outros órgãos aprovam. O mais grave nem os proponentes sabem explicar ao povo quais os benefícios e para que servem.
EliminarTendo em consideração a invalidez de nossas FDS (PP, SERNIC e UIR) trata-se de invalidez em um leque de pontos (moral, profissional, operacional, inteligência) é falhado, moluenes viraram polícias, não tem ética profissional, não tem capacidade física, intelectual, moral e cívica para cuidar da segurança pública, Investigação pior ainda, há muito envolvimento dos próprios membros de segurança nos crimes, corrupção etc etc. Enriquecimento ilícito que tem sido ignorado por dezenas de décadas, pegue alguns agentes da SERNIC e veja a dimensão de suas fortunas, veículos e mansões, os alfandegários. Isto está infestada. É necessário um scanner, injectar um antivírus de última geração. Demitir todos que comandam essas forças e de facto apostar em gente honesta que valoriza a vida humana acima dos ganhos financeiros. Porque na pirâmide actual o que está no topo é o dinheiro. Certo dia meus pais sofreram roubo de dois telemóveis e eu pedi apoio a um conhecido da SERNIC para a recuperação desses telemóveis e ele me perguntou quanto ele ganharia com isso. O pessoal está lá para facturar e não para cuidar da segurança ou da investigação. Existem pessoas íntegras mas estas ficam agastadas. Essa teoria vale para todos os outros sectores, educação, saúde, em tudo. Precisamos de um scanner geral, de ponta a ponta. Neste país tudo está fora do lugar. Água não sobe montanha, então precisamos mesmo de uns tipos a moda Correia do Norte, Rússia, Burquina Fasso, tipos que conseguem dar ordens e serem obedecido, não tipos que dão ordem e fica tipo não falaram com ninguém. É um pesadelo isto.
ResponderEliminarProfunda observação e crua, realista e difícil de consumar. Mas haverá algures a salvação. É só olharmos fora da caixa e longe das narrativas habituais. Está tudo entre nós 😌
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