A Revolução Digital da Juventude Moçambicana: Catalisadora de Mudança na Véspera das Eleições de 2024
Terminam a 1ª semana de Julho de 2024, o que é que aprendemos com ela na política moçambicana?
Introdução
À medida que Moçambique se aproxima das eleições presidenciais e de governadores em 9 de outubro de 2024, uma transformação silenciosa, porém poderosa, está ocorrendo no cenário político e social do país. No centro desta mudança está a juventude moçambicana, armada com smartphones e conectividade, redefinindo o engajamento cívico e político através das tecnologias digitais.
Queiramos ou não, em conversas de café, nos bares, transportes semi-colectivos ou chapas, intervalos das sessões administrativas nas instituições e nas igrejas, nos escritórios, bairros, etc, há conversas sobre o quão está ter impacto a presença de uma figura aí e como certos cidadãos preferem votar nele em detrimento daquele que por conveniência tradicional e medo de perder pão, o apoiam publicamente. São nuances, mas vamos ao fórum que mais assusta.
O Poder das Redes Sociais
As plataformas de mídia social, como WhatsApp e Facebook, tornaram-se ferramentas essenciais para a disseminação de informações e a expressão do descontentamento popular. Vídeos e mensagens denunciando corrupção, má gestão e práticas antiéticas de figuras políticas circulam rapidamente, desafiando narrativas oficiais e expondo realidades antes ocultas nunca antes imaginadas que seriam expostas assim.
Gravações e filmagens discretas e voluntárias estão ganhando terreno limitando a censura. Denúncias se espalham desafiando as autoridades ganharem outra postura e chamando atenção aos altos dirigentes e outros responsáveis a reconhecer e mudar de atitude face a má índole e acções ou comportamentos antiéticos e imorais.
A Juventude como Agente de Mudança
Muitos jovens com o smartphones nas mãos, por intuição e espontaneidade ainda que sem alguma formatação específica, estão se envolvendo em:
1. Jornalismo Cidadão
Onde notabiliza-se jovens, às vezes até outras idades nativas do mundo digital, moçambicanos estão documentando e compartilhando eventos que poderiam passar despercebidos pela mídia tradicional.
2. Pressão Política
Está uma onde irreversível, se a Internet continuar assim, travar a rápida disseminação de informações. O qual torna difícil para os partidos políticos e autoridades com poder competentes controlar a narrativas, exigindo maior responsabilidade e dignidade em tudo que fazem.
3. Mobilização
As redes sociais são utilizadas não apenas para expor problemas, mas também para organizar e divulgar acções, propagandas, sensacionalismos e protestos que antes, só podiam ter lugar nas rádios e televisões nacionais.
Hoje, muita coisa corre nas redes sociais e só se vê na rua a sua efectivação. Obrigando uma flexibilidade e prontidão inenterruptaem casos de necessidade de controlo e vigilância ou repressão.
Contudo, esse paradigma pode nos impor desafios em que as soluções podem ser partilhadas por todos cidadãos moçambicanos, independentemente das suas posições e inclinações cívicas e outras.
Desafios do Activismo Digital
1. Como descortinar que se está perante uma desinformação? Pois a rapidez na propagação de notícias falsas pode polarizar ainda mais o eleitorado ou enga-lo.
2. Como gerir o "Slacktivism"? Uma vez que alguns até questionam os debates nos fóruns qual é a finalidade! Porque não partir para acção! Isso tudo porque existe o risco de que o activismo online não se traduza em acção concreta offline.
Impacto nas Eleições de 2024
Porém, o activismo digital da juventude moçambicana, provavelmente se intensificará à medida que as eleições se aproximam. Partidos políticos e candidatos terão que se adaptar a uma realidade onde cada acção pode ser imediatamente escrutinada por milhões, desde que logo exposta.
Estamos perante a nova era e gozando do fruto ao sabor dos ventos da mudança na revolução das ciências e particularmente da tecnologia. Apostamos que muitos não estávamos preparados para essa conjuntura. Mas acompanhamos pelas mídias como as coisas estão mudando.
A Nova Era do Engajamento Político
A juventude moçambicana está usando ao rubro e ao máximo que pode as tecnologias digitais não só como instrumentos, mas como uma dádiva para:
1. Mudança social;
2. Transparência;
3. Responsabilização política.
E, provavelmente não parem por aí. Existem outros eventos, porém deslocados do foque político que é meramente económico, longe das práticas tradicionais e que o nosso ensino formal ainda não captou. O qual, seria urgente embrenhar-se a entender e adequar aos moçambicanos. Pois, isso está mais forte que a ignorância de escusar-se reflectir e aceitar essa realidade concreta diante de todos sentidos do nosso organismo.
Conclusão
O sucesso deste movimento em provocar mudanças significativas dependerá da capacidade dos jovens e da sociedade em geral, particularmente em Moçambique de:
1. Traduzir o activismo online em acção concreta e como uma coisa séria;
2. Navegar pelos desafios da era da informação digital e integrar efectivamente nas agenda das propagandas e educação.
3. Manter o engajamento além do ciclo eleitoral, como o contexto obriga.
Pois, as eleições de 2024 serão um teste crucial para medir o impacto real deste novo paradigma de engajamento político liderado pela juventude moçambicana, aliás, assim sempre foi. Independentemente do resultado, é claro que a revolução digital está reformulando o landscape político de Moçambique, prometendo um futuro onde a voz da juventude não pode mais ser ignorada.
Por um Moçambique cada vez mais melhor para nós e para as futuras gerações (o Verbalyzador).
A Revolução Digital da Juventude Moçambicana: Catalisadora de Mudança na Véspera das Eleições de 2024. |
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