ATENÇÃO AO GOLPE DISFARÇADO DE BENÇÃO
Parece ser précoce abordar preocupações com a situação política, econômica e social de Moçambique neste momento. O mais fácil e moderado é concordar com os optimistas que está tudo bem e é só um momento, que isso passa. Pois, foi assim que chegamos até aqui vindo dos 30 anos para os jovens e a 49 anos aos antigos combatentes.
Esta é uma opinião pessoal, pois é preciso ser perspicaz para perceber como é que a situação está em Moçambique, se paira algum amor sobre esse país, antes de rotulá-lo como deplorável, grave ou de crise pela conjuntura actual.
Quer dizer, enquanto o FMI anuncia o desembolso de alguns valores e o governo aceita todas as obrigações e imposições num sinal de desespero e tudo faz para conseguir o financiamento, que se pode subentender que será para financiar a campanha eleitoral e não os propósitos previstos, ao mesmo tempo, em poucas semanas estão sendo feitos e assinados dezenas de contratos de cooperação, mais do que em quatro anos de governação. Assustador ou animador?
Por outro lado, enquanto a CNE cria a confusão de aceitação e rejeição de listas de candidaturas para as eleições provinciais e presidenciais de 9 de Outubro de 2024, Lil Wayne de Nampula distrai o pessoal, se fosse só em Chimoio, mas à nível nacional, sendo repreendido em público num acto embaraçoso, se vergonha alguma coubesse nele.
O mais grave para o futuro do país acontece enquanto poucos percebem que as nossas FADM, através do seu próprio governo, são completamente excluídas da sua função de defesa, proteção e segurança da soberania em alguma parte do seu próprio país, onde serão desalojadas, e 20 bilhões de dólares ganha o Ruanda sobre o nosso gás natural em Cabo Delgado.
Perdemos homens valiosos, filhos desta nação, para nada naquelas terras de rubis e gás. Mas no entanto, sem alarmismos e no mansinho, as nossas mentes ficam ocupadas entre o entretenimento do Fred Jossias e Lil Wayne de Nampula, futebol europeu, novelas mexicanas e turcas dubladas no Brasil, sensacionalismo do Gabriel Junior e companhia, enquanto os grandes negócios correm. E meia volta, onde estaremos quando 15 de Janeiro de 2024 chegar? O que terá sobrado deste país mesmo para o próximo governo em benefício do povo?
Lamentações agora giram em torno das pré-campanhas. O sonho dos mais atentos e sonhadores cai por terra e, ao invés de se ocupar em divulgar mais sua imagem, o VM7 terá que se juntar às orações dos seus seguidores para tentar ver outro coelho na cartola e manter alguma esperança da maioria excluída internamente e na diáspora.
Um cenário avassalador e desesperador corre na juventude, que será obrigada a retornar aos vícios entre acesso à pornografias para a prostituição e consumo desenfreado de drogas e álcool para consolidar a pobreza que pouco importa a quem tem ou espera benefício algum ao se infiltrar nos partidos existentes que muito falharam para com a maioria dos pobres em serventia à minoria da elite.
Momentos difíceis virão e trarão mais dor que nenhum analgésico, até mesmo as palavras da Bíblia terão dificuldades para apaziguar o sofrimento. Pois, o presente está movendo nosso fardo ao abismo e, em jeito de falta ou medo de assumir responsabilidades prioritárias, fingimos que nada nos atinge.
A conta virá, em breve ou tarde, mas não mais que 160 dias para frente. Alguns pais e encarregados estão se precavendo ao tirar seus queridos educandos das escolinhas privadas ou pensando nisso. Algumas medidas de austeridade nas famílias e indivíduos mais atentos e com bons espíritos já se fazem sentir em vários sentidos.
Além da fome que poderá assolar devido ao fenômeno El Niño, o cenário político nacional revelará mais sinais de crise que estes actuais, onde através das caixas a cores (TV) e telinhas aos palmos (smartphones) disfarçam toda tragédia a caminho. É assustador pelo que vem na frente e se medidas no seio do povo moçambicano não forem tomadas com urgência, só Deus saberá por onde sobreviveremos.
Contudo, o país tem oportunidades incríveis e possibilidades tangíveis para reverter cenários temidos nessa publicação. Para tal, basta uma vontade popular, a qual se hesita tomar, desencadear para uma rápida mudança do quadro deste panorama que não deposita nem transmite confiança.
Antes que o futuro nos cobre a dobrar pelo nosso medo, distração e ignorância em tomar conta da nossa vida através de acções colectivas e concretas para o bem-estar comum e realístico ao nível nacional, é necessário agir com calma mas de forma extremamente inteligente e sábia. Tranquilidade e pacifissidade sem nenhum plano é pura futilidade e fatal para coexistir no meio dos abutres.
Mais não disse, salve-se Moçambique!
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| Momentos de incerteza para cenários difíceis futuramente. |
Salve-nos senhor vm7 Moçambique
ResponderEliminarÉ a esperança de muitos jovens pelo que se entende num olhar superficial do cenário actual
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