Reflexões sobre Liberdade de Imprensa e Ética Jornalística em Moçambique.

A Censura Velada ao Rubro

O incidente envolvendo o jornalista Marcelo Mosse, removido abruptamente de um grupo de WhatsApp de Jornalistas Moçambicanos, levantou questões importantes sobre a liberdade de expressão e a ética jornalística no país. Este episódio, ocorrido em agosto de 2024, mereceu uma análise mais aprofundada, considerando suas implicações para o jornalismo e a democracia em Moçambique.

E de que jornalista se trata, Marcelo Mosse, um dos poucos jornalistas investigativos que temos com mais de 25 anos de carreira. 

Na escrita de Marcelo Mosse, foi possível notar um tom de indignação e surpresa. Ele expressou o desapontamento com a falta de comunicação por parte dos administradores do grupo e questionava os critérios utilizados para sua remoção. 

O jornalista enfatizou que continuará exercendo seu ofício com "irreverência e inconformismo", demonstrando resiliência diante do ocorrido.

Este incidente pode ser interpretado como um reflexo de tensões mais amplas no cenário midiático moçambicano. Havia indícios de que a cobertura jornalística das eleições em curso estava desequilibrada, com menor visibilidade para certos partidos, como o PODEMOS e seu candidato Venâncio Mondlane, em comparação com os partidos tradicionais (Frelimo, Renamo e MDM). Algo parece estar ultrapassado e repassa-se com algumas peças onde há dinamismo no relato das matérias de outros partidos e frieza monótona quando se fala dos uns. 

Segundo a sensibilidade colhida na tarde de 26 de Agosto de 2024 através do programa Casos do Dia da TV Sucesso, tanto quanto posteriormente noutros programas de outras televisões, notava-se indignação de cidadãos sobre a exclusão. Onde através do Facebook, os telespectadores manifestavam o seu sentimento de havar favoritismo ao se passar matérias ligadas à campanha que já vai no seu 14º dia. 

No geral, a situação tem levantado questionamentos sobre possíveis pressões ou autocensura no meio jornalístico. Se confirmada a parcialidade na cobertura eleitoral, isso poderia indicar a existência de interesses velados ou alianças tácitas entre certos sectores da mídia e determinadas forças políticas.

É importante ressaltar que a diversidade de vozes e a imparcialidade são pilares fundamentais do jornalismo ético. 

A exclusão de um profissional de um grupo de discussão, aparentemente motivada por suas opiniões ou reportagens, é um sinal preocupante que pode indicar uma tendência à uniformização do discurso jornalístico. 

Este episódio significa que o país enfrenta desafios significativos no que diz respeito à consolidação de uma imprensa verdadeiramente livre e plural. A saúde da democracia moçambicana depende, em grande parte, da capacidade dos meios de comunicação de oferecer uma cobertura equilibrada e crítica dos acontecimentos políticos e sociais.

É fundamental que a classe jornalística reflicta sobre seu papel na sociedade moçambicana e resista a pressões que possam comprometer sua integridade profissional. 

O incidente com Marcelo Mosse deve servir como um alerta para a necessidade de maior transparência, diálogo e respeito à diversidade de opiniões dentro da comunidade jornalística.

Em conclusão, este episódio revela a urgência de um debate aberto sobre a liberdade de imprensa e a ética jornalística em Moçambique. Mesmo havendo Indícios de haver tendências de favoritismos, a imparcialidade devia ser a característica imponente do nosso jornalismo. 

Uma vez que, somente através de uma mídia livre, diversificada e comprometida com a verdade é possível fortalecer os alicerces democráticos do país e garantir o direito dos cidadãos à informação de qualidade. Algo que mesmo a mídia internacional falha, mas podemos ser o modelo dos outros seguirem. Não PODEMOS? verbo ou expressão que também está nos arranjar problemas com os camaradas.

Vénia ao Mercelo Mosse! 

Comentários

  1. Não é fácil todos lutarem pela mesma causa enquanto o niver de entendimento sobre a luta for diferente. Uns lutam pela fome e outros já saíram dessa luta. Os que lutam pela fome, sempre serao os mais previlegiados porque são os mais fracos e pelas suas manifestações dá para ser confiado por aquele que impede que a luta seja a mesma por todos.

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