Tudo dito no informe à nação, aparentemente pouco feito ao cuidado na exploração vs poluição.

Negligência Ambiental de Moçambique: O Caso Alarmante do Barco Central Elétrica e outras Explorações Poluentes além de Moatize.

Às vezes parece sempre que há um evento de grande magnitude promovido pelo governo, escondendo um acontecimento pior. É como se o informe a nação fosse uma cortina de fumaça, assim como a greve das mãos pretas de luto à justiça moçambicana, escondessem a entrada triunfal do navio Central Eléctrica da bilionária empresa turca Karadeniz Holdings, intermediada pela Eskom a EDM

O Navio Central Eléctrica da Karadeniz Holdings que estava na África do Sul. 

A ser verdade pelas especulações em torno dele, temos mais problemas sem soluções que criamos em detrimento de salvar lucros de uma minoria que pouco se importa por esta nação degradada de todos valores soberanos. É como se os governantes e dirigentes seniores estivessem com magoas dos moçambicanos e se determinassem nos castigar até a 10ª geração. 

Isso porque "parece" que governo moçambicano demonstra uma alarmante falta de preocupação com a saúde ambiental e pública ao permitir a instalação de um barco central elétrica turco em Maputo, após este ter sido banido da África do Sul devido aos seus níveis extremos de poluição. 

Seja verdade ou não, aliás, porque um empreendimento vasculoso como ele não foi anunciado como o habitual. Esta decisão, juntamente com a contínua exploração descontrolada de recursos naturais em Moatize e outros locais que tentaremos mencionar nesta publicação, evidencia um padrão perturbador de negligência ambiental e desrespeito pelo bem-estar dos cidadãos.

O caso do barco central elétrica é particularmente preocupante. Será que o governo ignora deliberadamente os riscos associados ao uso de óleo combustível pesado (HFO), um combustível extremamente tóxico e poluente?

Ao fazê-lo, desafia as proibições das Nações Unidas, expondo a população de Maputo e Matola a vapores tóxicos e substâncias cancerígenas. Esta acção demonstra uma clara priorização de ganhos econômicos de curto prazo sobre a saúde pública e a sustentabilidade ambiental a longo prazo. E logo o desenvolvimento sustentável patente no informe tornasse mais uma clara falácia. 

O navio juntar-se-a às outras dezenas fontes poluentes negligenciadas

A situação em Moatize não é menos alarmante. O distrito sofre com a exploração desenfreada de carvão, causando danos irreparáveis ao meio ambiente e às comunidades locais. Falhámos em implementar regulações efectivas para mitigar os impactos negativos da mineração e ignora-se os apelos das comunidades afectadas e das organizações ambientais, priorizando interesses corporativos.

Um cenário comum de poluição do ar na cidade de Moatize.

Outras (algumas) fontes de 'exploração vs poluição' ignoradas 

Além dos casos mencionados em Maputo (com o barco central elétrica) e Moatize (com a exploração de carvão), várias outras regiões de Moçambique enfrentam desafios ambientais significativos devido a actividades industriais e extractivas. Tais como, por exemplo:

1. Província de Cabo Delgado: A exploração de gás natural offshore na Bacia do Rovuma. Impactos ambientais incluem perturbação de ecossistemas marinhos e riscos de poluição. 

2. Tete (além de Moatize): Outras minas de carvão na província, como Benga e Chirodzi. Desafios similares aos de Moatize, incluindo poluição do ar e da água. 

3. Manica: Mineração de ouro, muitas vezes informal e sem controles ambientais adequados. Parecendo que não, mas há problemas de contaminação de água por mercúrio. 

4. Nampula: Exploração de areias pesadas em Moma. Há anos que nos brinda com impactos na costa e nos ecossistemas marinhos. 

5. Inhambane: Exploração de gás natural em Pande e Temane. Trás-nos preocupações com impactos severos nos ecossistemas locais e comunidades. 

6. Gaza: Projectos de mineração de areias pesadas. Negligência-se potenciais impactos negativos na biodiversidade costeira. 

7. Zambézia: Exploração florestal, muitas vezes não sustentável. Há riscos de desmatamento e a consequente perda de biodiversidade. 

8. Sofala: Actividades portuárias intensivas na Beira. Onde de forma despercebida há riscos de poluição marinha e impactos nos manguezais. 

É importante notar que, embora estas actividades possam trazer benefícios econômicos, elas também apresentam desafios significativos em termos de gestão ambiental e sustentabilidade.

Estas decisões reflectem uma política ambiental fraca e inconsistente, demonstrando uma falta de visão de longo prazo para o desenvolvimento sustentável do país. Além disso, sugerem possível corrupção ou influência indevida de interesses econômicos sobre as políticas governamentais.

Os impactos são mais negativos que o contrário

As consequências destas acções são graves e multifacetadas. Incluem a degradação ambiental acelerada em áreas urbanas e rurais, o aumento dos riscos à saúde pública (especialmente doenças respiratórias e câncer), danos à reputação internacional de Moçambique como destino de investimento responsável e o potencial para conflitos sociais e instabilidade devido à insatisfação das comunidades afectadas. 

Mas o que se pode fazer face a isso? 

Diante deste cenário, é urgente uma chamada à acção. O governo ou todos moçambicanos devem reavaliar urgentemente suas políticas ambientais e energéticas, implementando regulações mais rigorosas e fiscalização efectiva das actividades industriais e extrativas. 

É crucial investir em fontes de energia limpa e renovável, alinhando-se com os objectivos globais de sustentabilidade. Acima de tudo, é necessário priorizar a saúde e o bem-estar dos cidadãos sobre ganhos econômicos de curto prazo. Aliás, a actividade turística que o Fikane promoverá nesses dias torna-se inútil com esses desafios. 

Portanto, o posicionamento actual dos moçambicanos em relação às questões ambientais é profundamente preocupante e insustentável. A aceitação do barco central elétrica poluente e a contínua exploração em outras parte do país são sintomas de uma abordagem míope e irresponsável ao desenvolvimento nacional. 

É imperativo que o governo mude drasticamente seu curso, priorizando a protecção ambiental e a saúde pública antes que os danos se tornem irreversíveis. O futuro de Moçambique depende de liderança responsável e visão de longo prazo, não de ganhos efêmeros à custa do bem-estar de seus cidadãos e do meio ambiente. 

Apenas com uma mudança significativa na abordagem governamental às questões ambientais, Moçambique poderá garantir um futuro sustentável e próspero para suas gerações actuais e futuras. Caso contrário, é minar a nós mesmos e perpetuar a punição às futuras gerações pelos erros que nunca cometeram. Por fim, para se ter noção dos aspectos mencionados, os canais de televisão nacional devia também mostrar os níveis de qualidade do ar nas cidades. 

Saudações

Comentários

  1. Isto não e já mais serra governo,bando de bandidos sem coração.

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