Se Não é Feitiço, é Científico ou é Divino
Venâncio Mondlane e a Luta por um Moçambique Justo
Nos últimos momentos, Moçambique tem sido palco de desafios sociais, políticos e econômicos que colocam à prova a resiliência de seus cidadãos. No epicentro dessa realidade complexa está Venâncio Mondlane, uma figura simbólica na luta pela justiça, pela verdade eleitoral e pelo desenvolvimento sustentável.
Se desta vez não der certo, não se sabe quando será a próxima vez. Este artigo busca reflectir sobre a relevância de sua trajectória e propor uma convocação à acção colectiva pacífica dos moçambicanos, tanto física quanto espiritualmente.
O Exílio Simbólico do Moçambicano
Venâncio Mondlane é descrito como um dos últimos baluartes da resistência em Moçambique. Contudo, sua partida ao lugar incerto, física ou simbólica, reflecte uma verdade amarga:
muitos moçambicanos já haviam partido muito antes para o tal lugar incerto, não fisicamente, mas moral, ética e espiritualmente.
Quer dizer, permitimos que o país fosse capturado pela corrupção, pela opressão policial e pela prepotência de incompetentes. Por isso, parece válida a indignação de alguns internautas sobre a questão de só se esperar ser o VM7 a convocar as manifestações.
Essa abdicação da responsabilidade colectiva criou um vazio preenchido por bajuladores e oportunistas, que fortaleceram os alicerces da pilhagem e sabotagem nacional. Assim, surge a ideia de sermos "estrangeiros em nossa própria terra", deixando que ladrões definam os rumos do país.
A Figura de Venâncio Mondlane
Mondlane é um símbolo de esperança em um país onde a desesperança predomina. Sua liderança transcende sua presença física. Quando ele fala, há quem obedeça, mesmo quando outros questionam sua legitimidade como líder.
Sua força não está em cargos ou em armas, posses, materiais e equipamentos, mas na luz de sua consciência, sua sabedoria e na capacidade de mobilizar almas dispersas e ávidas por mudanças e reformas onde o bem-estar comum seja prioridade.
Por isso, sua partida ao lugar incerto, forçada pelas ameaças à sua segurança, não deve ser vista como abandono, mas como um chamado à reflexão.
Venâncio já é descrito como o "último consciente", enquanto muitos permanecem psicologicamente ausentes, vivendo no território moçambicano como corpos sem alma. O caso dos intelectuais moçambicanos.
A Resistência e a Consciência Colectiva
Os manifestantes que hoje enfrentam o regime opressor são aqueles que recuperaram sua consciência. Esses cidadãos, inspirados por Mondlane e outros líderes de consciência lúcida, demonstram que a resistência é possível, mesmo em um cenário de repressão.
Os eventos recentes – desde manifestações reprimidas até narrativas manipuladas pelo regime – mostram que o governo teme a força do despertar popular. No entanto, sua tentativa de rotular líderes e manifestantes como "financiados por forças externas" apenas revela a fragilidade de sua posição.
O Chamado à Acção: Reunindo Corpo e Alma
Se os moçambicanos desejam retomar seu país, é necessário reunir corpo, mente e alma. Isso significa rejeitar a apatia, questionar as narrativas manipuladoras e recuperar o espírito de luta que fez de Moçambique um país livre no passado.
Seja pela via democrática, seja por outras formas legítimas de resistência, é imperativo que os cidadãos se organizem e se unam. É preciso coragem para agir, mas também sabedoria para discernir os passos certos no caminho da reconstrução nacional.
Moçambique é Nosso País!
Este é um chamado para todos os moçambicanos, dentro e fora do país, física ou espiritualmente. Não abandonemos Moçambique, nem mentalmente, nem fisicamente. Resgatemos o espírito de unidade e lutemos pela liberdade, pela justiça e pela dignidade que este país merece.
A luta de Venâncio Mondlane não é apenas dele; é de todos nós. Viva Moçambique e viva a liberdade! Este país é nosso – não o entreguemos aos que o sabotam. Se haver necessidade de uma imagem viva do VM7, é uma questão de transformar o mais parecido com ele e seguir a campanha.
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