Intrigas do Poder e Imaginário Político Actual de Moçambique
Reflexões Sobre a Alternância em Moçambique e Subtil Subversão Partidária
A Frelimo, desde a sua fundação, transcendeu o papel de um simples partido político. Nasceu como um movimento enraizado no povo moçambicano, criado para enfrentar a opressão colonial. Sua origem remonta à fusão de três movimentos durante a luta de libertação, tornando-se, com o tempo, o símbolo do país independente.
No entanto, a transição de movimento para partido, marcada pela exclusão da Renamo no espaço político, resultou em uma hegemonia que moldou o cenário político do país.
Com o passar do tempo, a liderança da Frelimo se acomodou, negligenciando a necessidade de se reinventar. A falta de estratégias para assegurar a alternância no poder perpetuou um monopólio político que, ainda que eficaz no curto prazo, mostrou-se vulnerável.
Não se trata de fraqueza de Afonso Dhlakama ou dos dissidentes da Renamo, mas da ausência de acções estratégicas que reivindicassem mudanças estruturais à nível nacional no Moçambique multipartidário.
Esse contexto convida a uma reflexão imaginativa e realista:
O que aconteceria se um indivíduo, insatisfeito com a decadência interna da Renamo, decidisse vingar-se, infiltrando-se na Frelimo com um plano destrutivo?
Essa pessoa, dotada de alta qualificação acadêmica, integraria a Frelimo e, de forma astuta, passaria a defender publicamente erros do partido, incitando a ira popular. Suas acções seriam sutis e estratégicas, buscando desacreditar a liderança da Frelimo, enquanto ganhava prestígio interno.
A estratégia seria fazer os próprios líderes da Frelimo cometerem equívocos cada vez mais graves, levando à revolta do povo. A partir de dentro, o infiltrado criaria divisões e agitação, até que o partido fosse reduzido ao mesmo estado de desconfiança e rejeição enfrentado pela Renamo.
Esse cenário fictício, inspirado pela narrativa do livro Anjos e Demônios, de Dan Brown, apresenta a ideia de destruição interna como uma arma poderosa.
Vale ressaltar que esta reflexão não é um ataque a figuras políticas específicas, como Gil Aníbal ou Egídio Vaz, nem a Venâncio Mondlane, acusado injustamente em certos contextos. Pelo contrário, trata-se de um convite ao debate sobre os contornos nebulosos do poder, as estratégias de subversão e a linha tênue entre liderança esclarecida e manipulação benevolente.
Que esta "mera imaginação" inspire análises sobre os desafios da governança, a alternância no poder e o papel dos cidadãos na construção de um Moçambique verdadeiramente democrático. Quanto a especulação sobre a presença dos militares ruandeses nas cidades de Nampula, Beira e Maputo é uma penumbra interessante que aguarda desfechos dramáticos no compto mais alto do panorama político nacional.
Esta seria a hora de desejar ter um exército à altura do potencial económico do país. Um exército inteligente e bravo, interventivo e mais além de um conjunto de generais com pessoas fardadas nas suas fileiras.
Que Deus abençoe Moçambique, também.
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Boa reflexão….
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